segunda-feira, 27 de junho de 2016

EXCLUSIVO: CUSTO BRASIL SE APROXIMA DE DILMA

EXCLUSIVO: CUSTO BRASIL SE APROXIMA DE DILMA


Em 2012, a imprensa noticiou que Dilma Rousseff queria implementar um sistema de gestão online para acompanhamento das obras no país. "É revolucionário", dizia-se.
Testes já estavam sendo feitos pela Casa Civil sob comando de Gleisi Hoffmann. A ideia propagandeada por Dilma havia partido de Carlos Gabas, seu motoqueiro.
Os investigadores agora suspeitam de que Dilma, Gabas e Gleisi atuavam coordenados para beneficiar a Consist num contrato bilionário.
Em e-mail apreendido pela Policia Federal, Pablo Kipersmit, sócio da Consist, fala com Emmanuel Dantas, da Consucred, sobre a necessidade de marcarem uma reunião com "G" -- que a PF suspeita ser Gabas.
Emmanuel diz: "A pessoa dele 'G' quer ter uma reunião com você a agente (sic), aí em SP". Kipersmit responde: "Se ele vem (sic) próximo do horário do almoço prepararemos um serviço especial (vip), ok?"
No e-mail, segue anexa notícia do Valor de 22 de fevereiro sobre o projeto "Big Brother" de Dilma para obras do PAC.
O Antagonista sabe que a Operação Custo Brasil tem o potencial de uma bomba atômica. É só o começo.

DELATOR INCLUI PMDB NA CUSTO BRASIL


Na mesma delação, Alexandre Romano também fala da relação da Consucred com o PMDB. A Consucred teria perdido espaço nos contratos de crédito consignado para a Consist, ligada ao PT.
Apesar da disputa, os empresários acabaram chegando a um acordo para a distribuição da propina.
Joaquim Maranhão e Emanuel Dantas do Nascimento, sócios da Consucred, foram presos na Operação Custo Brasil.

A ORIGEM DO ESQUEMA DA CUSTO BRASIL

Em sua delação premiada, Alexandre Romano detalhou a origem do esquema Consist no Ministério do Planejamento e a participação do ex-ministro Carlos Gabas e do ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira.
Romano relata uma reunião na sede do PT em Brasília, na sala de Ferreira. Foi na reunião que ficaram acertados os percentuais de 5% para Gabas e 5% para Duvanier Paiva, então secretário de Paulo Bernardo e já falecido.

Em organograma do crime, Gleisi é 'GH'

Gleisi Hoffmann é identificada em organograma montado pela Polícia Federal com base nas investigações da Operação Custo Brasil. A senadora petista é GH e seu marido Paulo Bernardo, claro, o PB.
A estrela vermelha está lá. É bastante ilustrativo em relação ao que O Antagonista já publicou ao longo da tarde com exclusividade.

O faz-tudo de PB e Gleisi

Em diversas planilhas de pagamentos de despesas de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, aparece o nome do petista Hernany Bruno Mascarenhas.
Em e-mail a Marcelo Maran, o advogado-lobista Guilherme Gonçalves trata do pagamento do 13o de Hernany, uma espécie de faz-tudo de Gleisi e Paulo Bernardo, quando ambos eram ministros de Dilma Rousseff.
“Ele é meio mala, mas está me dando uma PUTA tranquilidade em relação a Manuela, e está sendo eficiente quando os ministros precisam – e isso não tem o que pague!.”
A eficiência deve ser recompensada.

A CONTABILIDADE ILEGAL DE GLEISI

Em e-mail de Marcelo Maran ao advogado-lobista Guilherme Gonçalves, outra planilha com o detalhamento da contabilidade ilegal de Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo.
Maran, homem de confiança de Guilherme, repassa instruções sobre a aplicação da propina. "Segunda parcela da Consist já coloquei num fundo de investimentos, como conversamos. A primeira deve ser honorário do ELEITORAL Gleisi."

EXCLUSIVO: ESQUEMA CONSIST BANCOU ELEIÇÃO DE GLEISI

Planilhas obtidas pela Polícia Federal no computador do advogado Guilherme Gonçalves indicam que, além de despesas pessoais de Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, o esquema de propina da Consist bancou a campanha da petista ao Senado, em 2010.
Já se sabia do pagamento de funcionários do casal e repasses a Zeno Minuzzo, então tesoureiro do PT paranaense. Agora, surgem evidências de que o dinheiro também pagou despesas eleitorais de Gleisi.
Segundo a PF, 20% do líquido pago pela Consist ao escritório de Guilherme Gonçalves foi repassado mensalmente ao "eleitoral".
A planilha consta do inquérito da Operação Custo Brasil, obtido com exclusividade por O Antagonista. Os investigadores, porém, não puderam aprofundar a investigação por causa do foro privilegiado da petista.

O CONSIGNADO DE REQUIÃO

O Antagonista sabe que Roberto Requião foi responsável por implementar o empréstimo consignado para os servidores públicos do Paraná, em 2007.
O responsável por operacionalizar o sistema foi Guilherme Gonçalves, preso na Operação Custo Brasil pelo esquema da Consist de... empréstimo consignado.

Janaína x Lindbergh

Lindinho havia afirmadoque estranhava o fato de o juiz que decretou a prisão de Paulo Bernardo ser orientado por Janaína Paschoal em uma pesquisa na USP.
A advogada respondeu há pouco, na comissão do impeachment, dizendo o óbvio: o juiz pensa com a própria cabeça.
“Como os petistas têm vassalos, e não orientandos, eles exigem que os outros se ajoelhem diante deles.”

Exclusivo: PB levou esquema para as Comunicações

Em outro termo de depoimento de Alexandre Romano, o delator revelou que contratou o advogado Guilherme Gonçalves para elaborar uma minuta de portaria do Ministério das Comunicações, já na gestão de Paulo Bernardo.
Segundo a PF, a iniciativa "indica claramente a tentativa de prática de novos negócios com pagamentos ilícitos em outro ministério".
Chambinho disse que o objetivo era "agilizar o pedido de autorização de transmissão digital pela Jovem Pan em Brasília, para que não ficasse uma transmissão pirata".
"A minuta de decreto sobre implementação de sistema de rádio digital, apreendida em poder de Guilherme Gonçalves, é a minuta que o depoente queria aprovar junto ao Ministério das Comunicações no negócio envolvendo a rádio digital; que a minuta foi escrita por Guilherme Gonçalves; que o depoente tinha interesse na Jovem Pan porque esta empresa usava a tecnologia de uma empresa do depoente."

Delator pagou advogado, motorista e assessor de PB

Em outro trecho da colaboração de Alexandre Romano, o delator reforça o papel de Paulo Bernardo na aprovação do 'acordo de cooperação técnica' com a Consist.
Ele diz que João Vaccari lhe contou sobre os percentuais devidos a PB que deveriam ser pagos por meio do advogado Guilherme Gonçalves -- que, por sua vez, remunerava o motorista do ministro e um assessor chamado "Zeno". No caso, Zeno Minuzo, ex-tesoureiro do PT do Paraná.
"QUE GUILHERME GONÇALVES disse ao depoente que 80% do valor que recebia da CONSIST repassava a PAULO BERNARDO e que ficava com os 20% restantes; QUE dentro destes 80%, GUILHERME GONÇALVES também pagava duas pessoas: um motorista e também um assessor de PAULO BERNARDO chamado "ZENO"; QUE não sabe di/.er o nome do motorista; QUE GUILHERME recebia valores da CONSIST pela GUILHERME GONÇALVES ADVOGADOS ASSOCIADOS; QUE GUILHERME comentou que tinha outros sócios no escritório, mas que esse valor não entrava na divisão do escritório."

EXCLUSIVO: REQUIÃO SURGE NA CUSTO BRASIL

Na semana passada, o senador Roberto Requião saiu em defesa do casal Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann. Ele disse que a prisão de PB era uma tentativa de “desmoralizar o Senado”.
Dá para entender a indignação de Requião.
Numa troca de emails, obtida com exclusividade por O Antagonista, um executivo da Consit comenta com um dos sócios da empresa sobre conversas com o advogado Guilherme Gonçalves, preso na Operação Custo Brasil – acusado de receber propina para PB.
Gonçalves é identificado pela turma da Consist como “advogado-lobista” e estaria disposto a ajudar “em algumas negociações” com as estatais paranaenses Celepar, Copel e Sanepar, na gestão Requião.
“O Dr. Guilherme Gonçalves me informou ser muito próximo ao Governador, por ser seu advogado político, e que existe muita confiança entre eles.”
Como tem foro privilegiado, a PF e o MPF não aprofundaram a investigação sobre Requião. Caberá à PGR e ao STF.

Exclusivo: Empresário reclama de divisão da propina

Em outro email anexado ao inquérito da Operação Custo Brasil, o empresário Joaquim Maranhão – também preso na semana passada – reclama de ter que dividir a propina com “mais pessoas”, mantendo a participação de Alexandre Romano.
“O tempo passa e as pessoas vão sendo substituídas e o Alexandre fazendo acordos e nos trazendo mais despesas (…) toda vez que entra mais pessoas, nós dividimos a conta com ele, preservando sempre a sua participação. Não aceito nenhum desconto a mais que combinamos.”
Trato é trato.

Exclusivo: A propina na troca de Paulinho por Vaccari

Em seu termo de colaboração 31, obtido por O Antagonista, o delator Alexandre Romano confirma que operava a propina para o PT.
Ele diz também que Paulo Ferreira, ao deixar o cargo de tesoureiro, lhe disse para procurar João Vaccari, a fim de "acertar os valores referentes ao contrato da Consist".
Alexandre Romano, o Chambinho, também conta que lhe impuseram o seguinte:
"Em relação a tudo que o depoente recebesse, um 1/3 seria destinado para o advogado que representava Paulo Bernardo, e que quanto aos 2/3 restantes, 90% seriam para o PT e 10% para o depoente".

Exclusivo: A propina na troca de Paulinho por Vaccari

Em seu termo de colaboração 31, obtido por O Antagonista, o delator Alexandre Romano confirma que operava a propina para o PT.
Ele diz também que Paulo Ferreira, ao deixar o cargo de tesoureiro, lhe disse para procurar João Vaccari, a fim de “acertar os valores referentes ao contrato da Consist”.
Alexandre Romano, o Chambinho, também conta que lhe impuseram o seguinte:
“Em relação a tudo que o depoente recebesse, um 1/3 seria destinado para o advogado que representava Paulo Bernardo, e que quanto aos 2/3 restantes, 90% seriam para o PT e 10% para o depoente”.
Acabou a acareação entre Bumlai e Delúbio Soares.
Delúbio será preso novamente.
Ele disse que não se lembrava do encontro em que foi acertado o empréstimo forjado de 12 milhões de reais do Banco Schahin a Bumlai.
Bumlai respondeu:
"Sinto muito, Delúbio. Você diz que não, mas você estava lá e não houve dúvida de que o dinheiro era para o PT."
No relatório policial da Operação Custo Brasil, obtido com exclusividade por O Antagonista, a PF destaca outro email em que Paulo Kipersmit, da Consist, recomenda a seu sócio Natalio S. Friedman que conheça Alexandre Romano, por suas "ligações com o PT"...
No relatório policial da Operação Custo Brasil, obtido com exclusividade por O Antagonista, há um email para o presidente da Consist, Pablo Kipersmit, indicando que a propina desviada do contrato com o Planejamento era dividida em dois grupos...
O Antagonista teve acesso exclusivo ao inquérito da Operação Custo Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido de Gleisi Hoffmann...

Gleisi vai ser canonizada

Pela primeira vez desde a prisão de Paulo Bernardo, Gleisi Hoffmann sobe à tribuna do Senado.
Os companheiros apresentam uma longa lista de elogios à mulher de PB…
“Combativa, disciplinada, estudiosa…”, disse Lindbergh.
Talvez ela seja canonizada até o fim da sessão.

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