Cerveró deixará a prisão
A Folha informa que Nestor Cerveró devolverá aos cofres públicos cerca de R$ 18 milhões por sua participação no petrolão. Ele passará ao regime domiciliar no próximo dia 24 de junho.
Cerveró terá que usar tornozeleira eletrônica até dezembro de 2018.
Dilma disse que "cuidaria dos meninos"
Nestor Cerveró também afirmou, em seu acordo de colaboração, que ouviu do advogado Edson Ribeiro que Delcídio do Amaral teria lhe dito que Dilma Rousseff agiria para tirá-lo da prisão, assim como o ex-diretor da estatal Renato Duque.
Segundo Cerveró, Dilma teria dito a Delcídio que "cuidaria dos meninos".
Filho de FHC ganhou contrato na Petrobras
Em sua delação, Nestor Cerveró comentou também sobre negociatas na Petrobrás durante o governo Fernando Henrique Cardoso, citando especificamente a contratação de uma empresa ligada ao filho do ex-presidente, Paulo Henrique Cardoso.
O negócio ocorreu, segundo Cerveró, "por orientação do então presidente da Petrobrás Philipe Reichstul, por volta de 2000". A PRS Energia, que pertenceria ao filho de FHC, se associou à Petrobrás para gerir a Termorio, construída pela Alstom.
Cerveró: "Ideli recebia propina"
Em sua delação, Nestor Cerveró também citou a ex-senadora Ideli Salvati. Ele disse que, em 2011 ou 2012, a petista lhe telefonou convidando-o para um almoço em seu gabinete.
Chegando lá, Ideli disse: "Nestor, nós temos que ajudar o Dalçoquio".
Segundo Cerveró, a Dalçoquio devia R$ 95 milhões à BR Distribuidora. Para atender a petista, o ex-diretor conseguiu renegociar a dívida da empresa, reduzindo-a para R$ 40 milhões.
Aos investidores, ele disse que "Ideli recebia propina", assim como João Pizzolatti e Delcídio do Amaral, e que a Dalçoquio era uma patrocinadora "contumaz" da classe política.
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