quarta-feira, 2 de novembro de 2022

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022 

 IBGE passará a notificar condomínios e cogita recorrer a medidas judiciais 


1º.nov.2022 às 14h43  Bruna Fantti 
RIO DE JANEIRO 

 São Paulo é o estado que tem a maior taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022. 

A informação nesta terça (1º), durante o terceiro balanço da coleta de dados feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 

A média nacional de recusa está em 2,33%; a paulistana em 4,03%. Com a dificuldade, o órgão passará a notificar condomínios com o alerta de que devem permitir a entrada dos recenseadores. 

Caso a proibição se mantenha, medidas judiciais poderão ser tomadas.


Recenseadores do IBGE na Vila Clementino, em São Paulo, tentam coletar dados em residência - Rubens Cavallari - 18.agosto.2022/Folhapress 

"Vamos entregar cartas de notificação a esses condomínios. Elaboramos um ofício de aviso que o síndico é obrigado a permitir a entrada do recenseador para a realização do censo. Caso insistam na recusa, o artigo 330 do Código Penal estará sendo descumprido", disse Cimar Azeredo, diretor de pesquisas do IBGE. 

O artigo 330 do Código Penal versa sobre "desobedecer a ordem legal de funcionário público", cuja pena pode ser a detenção, de 15 dias a 6 meses, e multa. 

É também em São Paulo que há a maior necessidade de recenseadores, com 3.874 vagas somente na capital. Em todo o país, são 90.552 recenseadores em campo —apenas 49,5% do total de vagas disponíveis. 

Confira aqui as vagas em aberto Os trabalhadores temporários enfrentam recusas de parte da população a responder aos questionários. Fake news sobre o censo e até ameaças contra os profissionais adicionam obstáculos ao avanço da coleta. 

"A dificuldade ocorre onde o trabalho é mais competitivo. Também enfrentamos dificuldades com o período eleitoral, em que houve maior número de pessoas contratadas para trabalho em panfletagem e com bandeiras nas ruas", analisou Azeredo. 

Segundo Bruno Malheiros, diretor de recursos humanos do IBGE, não há atrasos de salários. Um recenseador em São Paulo pode receber até R$ 3.000, de 10 a 15 dias de trabalho. Mas há casos de trabalhadores que conseguiram receber R$ 12 mil devido à produtividade. 

Além de São Paulo, seis das 27 unidades da Federação têm índice de recusa acima média nacional. Roraima, com 3,72%, e Rio de Janeiro, com 3,5%, vêm em seguida com os maiores índices. Já Paraíba (0,92%) e Piauí (1,08%) são os estados com a menor taxa de recusa. 

Desde o início da operação, em 1º de agosto, até o dia 31 de outubro, foram recenseadas 136.022.192 pessoas, em 47.740.071 domicílios no país. Os trabalhos devem se estender até meados de dezembro, segundo o órgão, com os primeiros resultados previstos para serem divulgados em 28 de dezembro. 

 Azeredo também frisou que ainda não há necessidade do aumento do orçamento, no entanto, se não conseguirem contratar mais recenseadores, verbas destinadas para transportar funcionários entre cidades serão necessárias. 

Até 31 de outubro, 66% da população já havia sido recenseada, o que representa cerca de 136 milhões de pessoas.
Fonte: MSN

O estado mais adiantado, ou seja, com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada é o Piauí (86,08%), seguido por Sergipe (83,19%) e Rio Grande do Norte (80,48%). 

Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).ão Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).

Veja o gráfico:



Número de Recenseadores:


Fonte: G1

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Atuação discreta da Procuradoria Geral Eleitoral é criticada até na PGR

 

Atuação discreta da Procuradoria Geral Eleitoral é criticada até na PGR

ACESSIBILIDADE:
Paulo Gustavo Gonet Branco, vice-procurador geral Eleitoral - Foto: IDP.

O vice-procurador geral eleitoral Paulo Gonet vem sendo criticado por colegas, em razão de suas atitudes ou da falta delas, em momentos críticos para o Ministério Público. Gonet é delegatário do procurador-geral da República e procurador geral Eleitoral, Augusto Aras, junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas com total autonomia. Aras por sinal, não fala sobre críticas. “A atuação do colega tão discreta, mas tão discreta, que ninguém vê”, ironiza outro veterano integrante da carreira.

Espera em vão

Os colegas de Gonet esperam uma reação dele à resolução do TSE que prevê a dispensa da manifestação do Ministério Público em decisões.

Liberdade suspensa

Polêmicas como a relativização do direito constitucional à liberdade de expressão, na resolução do TSE, tampouco fizeram Gonet se mexer.

Apenas nos autos

Por sua assessoria, a Procuradoria Geral Eleitoral alegou que Gonet se manifesta nos autos. Quando lhe são facultados, faltou dizer.

Pedala, Gonet

Coube a Augusto Aras a iniciativa de recorrer ao STF da draconaiana resolução do TSE, já que seu delegatário permaneceu em silêncio.

Kon Wang, desembargador do TRE do Amazonas - Foto: reprodução das redes sociais.

No TRE-AM, xingamento é considerado ‘elogio’

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) viu nesta quarta (27) um julgamento bizarro sobre direito de resposta a um ataque ofensivo do candidato Eduardo Braga (MDB) ao adversário. Para beneficiar o candidato dedicado ao “vale-tudo” de fim de campanha, um dos juízes do TRE-AM, Kon Wang, disse que a expressão “fuleiro”, depreciativa inclusive em línguas exóticas, pode ser até “elogio”. Difícil saber como ele reagiria se fosse insultado de “desembargador fuleiro”.

Não é gíria

Wang deixou colegas boquiabertos dizendo que “fuleiro” seria uma “gíria do amazonês”, ignorando seu uso para depreciar, ofender, humilhar.

Dicionário ajudaria

Consultando o dicionário, o desembargador saberia que se usa “fuleiro” para acusar outra pessoa de “irresponsável”, reles ou chula.

Usos e costumes

Kon Wang afirmou no julgamento ele próprio se utiliza desses termos em sua vida pessoal, quando pretende “elogiar” alguém.

Poder sem Pudor

Mentirinha de político


Indicado governador de Minas Gerais em 1977, Francelino Pereira foi muito assediado para nomear correligionários. D. Bilica era das mais insistentes. Ele prometeu atender, mas, nada. O tempo foi passando e meses depois encontrou-a instalada logo na primeira fila, numa solenidade. Saudou-a: “Olá, dona Bilica! Tenho uma boa notícia para a senhora: acabei de nomeá-la. 

Sai amanhã no “Minas Gerais”, o diário oficial do Estado. Ela respondeu, em voz alta: “Como o senhor assinou a nomeação se só me conhece pelo apelido?” Ele ficou envergonhado. Pediu desculpas e a nomeou dois dias depois.

Tucano de troia

A declaração de apoio de FHC ao candidato petista Lula, que ele derrotou duas vezes, não caiu bem no PT. Para petistas que lembram do governo tucano, esse apoio é, no mínimo, tragicômico.

Detalhe importante

Um dos denunciantes do escândalo das inserções, Fábio Wajngarten desfez confusão criada por “tecnicamente incompetentes” e confirmou que a auditoria das inserções foi feita em radiodifusão e via internet.

Fim da patrulha

Novo dono do Twitter, Elon Musk deixou claro que seu objetivo é que a rede social volte a ser espaço que respeita a liberdade de expressão, sem a patrulha ideológica inaugurada para demonizar Donald Trump.

Fantasiada a caráter

Rebaixada à posição de candidata a ministra, a ex-presidenciável Simone Tebet (MDB) largou as cores neutras que defendia dias atrás: vestiu vermelho ontem para um minicomício do PT, em Minas Gerais.

Frase do dia

População se solidariza com a vítima do sistema

Senador Flávio Bolsonaro sobre 

ações do TSE terem “ajudado” campanha do presidente

Fake promises

Impossível de levar a sério carta endereçada a brasileiros a três dias da votação prometendo “equilíbrio fiscal”, que serve só a empresários, após meses de ameaças ao teto de gastos públicos e à reforma trabalhista.

Paranoia lulista

A campanha de Lula chamou de “promoção anti-PT” piada de desconto de 25% dado pelo Beto Carreiro World a quem usar vermelho no parque domingo. Para o PT, o objetivo é aumentar abstenção dos seus eleitores.

Parceria firme

Associação de energia solar criticou contas da Aneel sobre a geração distribuída. Para a Absolar, elas são “incompletas e subsidiam lucros das distribuidoras” e ignoram benefícios de usar sol em vez de termelétricas.

Pandemia, tudo bem

As eleições municipais em 2020 tiveram as datas do primeiro e do segundo turno adiadas como medida de contornar efeitos da pandemia da covid. O segundo turno só foi resolvido em novembro.

Pensando bem...

...o negócio é censurar; “fiscalizar”, que é bom

Fonte: Diário do Poder - Coluna: Claudio Humberto


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