sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Saiba como será cada etapa do julgamento de Dilma no Senado

Saiba como será cada etapa do 


julgamento de Dilma no Senado

Sessão de depoimentos das testemunhas terá início nesta quinta-feira (25).
Previsão é de que definição sobre afastamento saia na próxima semana.

Do G1, em Brasília



















A sessão de julgamento da presidente afastada, Dilma Rousseff (PT), no processo de impeachment, que terá início às 9h desta quinta-feira (25), deve se estender até a próxima semana, segundo cronograma definido pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O CRONOGRAMA DO JULGAMENTO
DE DILMA ROUSSEFF NO SENADO *
Quinta-feira (25)
- Depoimentos de testemunhas
Sexta-feira (26)
- Depoimentos de testemunhas
Sábado (27) e domingo (28)
- Depoimentos de testemunhas (se necessário)
Segunda-feira (29)
- Depoimento de Dilma Rousseff (30 minutos)
- Interrogatório de Dilma Rousseff (cinco minutos para cada pergunta; sem prazo determinado para respostas)
- Debate entre advogados de acusação e defesa (uma hora e meia para a acusação, outra uma hora e meia para a defesa, mais uma hora para réplicas e outra uma hora para tréplicas)
Terça-feira (30)
- Pronunciamentos de senadores (dez minutos para cada senador inscrito)
- Encaminhamento da votação (dois senadores falam a favor e dois contra o impeachment, com cinco minutos para cada um)
- Votação no painel eletrônico
Conforme previsão divulgada pela assessoria do Supremo. O julgamento poderá se alongar caso as atividades previstas para um dia invadam o dia seguinte.
Segundo o rito definido, o julgamento terá início com os depoimentos das duas testemunhas de acusação e das seis testemunhas de defesa no plenário do Senado.
Os depoimentos terão início nesta quinta e pode haver trabalhos no fim de semana, se necessário, para a conclusão de depoimentos de testemunhas. Hoje, apenas as duas testemunhas de acusação foram ouvidas.
Está previsto que na segunda-feira (29) a presidente afastada irá pessoalmente ao Senado apresentar sua defesa e participar do julgamento.
Pelo rito estabelecido, Dilma terá direito a uma manifestação inicial de 30 minutos antes de ser interrogada.
Nos dias de julgamento, os trabalhos começarão às 9h e não têm previsão de término (a depender do consenso dos senadores), com intervalos de 30 a 60 minutos a cada quatro horas.
Enquanto não forem ouvidas, as testemunhas ficarão isoladas em quartos de hotéis em Brasília.
As regras do julgamento
>> Na quinta-feira (25), questionamentos ao andamento do processo (questões de ordem) deverão ser formulados em cinco minutos. Haverá o mesmo tempo para manifestações contrárias à questão de ordem antes da resposta de Lewandowski, sem possibilidade de recurso ao plenário do Senado;
>> Depois das questões de ordem, serão ouvidas as testemunhas. Os depoimentos serão tomados individualmente e senadores farão perguntas diretamente às testemunhas. Serão três minutos para perguntas e três para respostas, com direito a réplica e tréplica em igual tempo, somando seis minutos para cada pessoa.
>> Acusação e defesa têm direito a seis minutos cada para fazer perguntas às testemunhas, que também devem responder em seis minutos, com direito a réplica e tréplica de quatro minutos.
>>
























Os depoimentos das testemunhas deveriam acabar na sexta-feira (26), mas provavelmente se estenderão pela madrugada de sábado (27).
>> Dilma terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial antes de ser interrogada. Sua defesa está marcada para segunda-feira (29).
>> O presidente do STF, senadores, acusação e defesa terão cinco minutos cada um para fazer perguntas a Dilma. Não há limite de tempo para resposta da presidente afastada e ela terá o direito de, se quiser, permanecer calada.
>> Depois da participação de Dilma, acusação e defesa terão uma hora e meia para debater o processo. Serão permitidas ainda réplica e tréplica de uma hora. Se a acusação não utilizar a réplica, não haverá tempo para a tréplica da defesa.
>> Depois disso, senadores inscritos também poderão se manifestar sobre o processo. Cada um terá dez minutos. A lista de inscrição só poderá ser preenchida antes da discussão.
>> Encerrada a discussão entre senadores, Lewandowski lerá um resumo do processo, com as fundamentações da acusação e da defesa.
>> Dois senadores favoráveis ao impeachment de Dilma e dois contrários terão cinco minutos cada um para encaminhamento de votação.
>> Após o encaminhamento, Lewandowski perguntará aos senadores o seguinte: “Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vanna Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto a instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?”
>> A votação será nominal, via painel eletrônico. Depois o resultado será proclamado.
>> Se ao menos 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma será definitivamente afastada da Presidência e ficará inelegível por oito anos a partir do fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato.
>>Se o placar de 54 votos favoráveis ao impedimento não for atingido, o processo será arquivado e Dilma reassumirá a Presidência da República.

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