terça-feira, 27 de novembro de 2018

Programa de Parceria de Investimentos deve ficar com Santos Cruz na Secretaria de Governo

Programa de Parceria de Investimentos deve ficar com Santos Cruz na Secretaria de Governo

Gustavo Bebianno, na Secretaria-Geral, era cotado para ser o responsável pelo programa de concessões e privatizações

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Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
27 Novembro 2018 | 15h02
BRASÍLIA- Na primeira rodada de reuniões da manhã desta terça-feira, 27, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, decidiu que o Programa de Parceria de Investimentos (PPI), responsável pelas concessões e privatizações, deve ficar vinculado à Secretaria de Governo, a ser comandada pelo general Carlos Alberto dos Santos Cruz.
O futuro ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, ficará com a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), que deverá ter no comando o general Maynard Marques de Santa Rosa. A Empresa de Planejamento Logístico (EPL) ficará subordinada à SAE.
Santa Rosa chegou a ser cotado para ir comandar o PPI. A saída dele da área de concessões deverá provocar reações de Bebianno e sua equipe. Um general poderá ser o braço direito de Santos Cruz para comandar o PPI. Com Santos Cruz poderá ficar também a área de coordenação de governo, hoje na Casa Civil, que até agora, estava definido que ficaria nas mãos do vice-presidente eleito, Hamilton Mourão.
General Carlos Alberto dos Santos Cruz, anunciado para a Secretaria de Governo do governo de Jair Bolsonaro  Foto: (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Já está decidido que Secretaria de Governo vai manter o status de ministério e também terá como atribuição o relacionamento com o Congresso e os partidos políticos, além da interlocução com os Estados e municípios e articulação com as entidades da sociedade civil. O presidente eleito, que só fica dois dias em Brasília esta semana, quer adiantar ao máximo a definição da sua equipe e até mesmo finalizá-la antes de voltar para o Rio de Janeiro. Não há definição ainda em relação aos desenhos dos ministérios da área social e desenvolvimento regional.
A área de comunicação do governo, hoje vinculada à Secretaria Geral, poderá ir para a Vice-Presidência, depois da disputa que houve entre o futuro ministro da Secretaria Geral, Gustavo Bebianno, e o filho do presidente eleito, Carlos Bolsonaro, que comanda as redes sociais do pai. Mas este desenho não está fechado.
O governo estuda nomear a senadora Ana Amélia para ser a porta-voz do governo, mas não se sabe ainda o que será feito com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom). O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto, que também comandou a missão do Brasil no Haiti, assim como Santos Cruz e outros integrantes do governo Bolsonaro,ajudou nos estudos da área de Comunicação. Ele, quando estava na ativa, integrou a equipe do Centro de Comunicação Social do Exército e poderia ajudar o vice-presidente nessa área, já que, em outro estudo, poderá absorver a Secom. Esta mudança, esvaziaria ainda mais Bebianno.  Bolsonaro, no entanto, não bateu o martelo. Há uma preocupação com a administração das verbas de publicidade dessa área.
Bolsonaro disse que quer manter o Ministério do Turismo como uma pasta independente, pela importância que ela pode ter na geração de emprego e desenvolvimento do País. A pasta, no entanto, seria reformulada e absorveria alguns outros órgãos, mas o desenho deverá ser feito ainda hoje. Também não foi fechado o nome que comandará a pasta.

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