ÍNDICE DE LIBERDADE ECONÔMICA 2022
Os efeitos da pandemia da COVID-19 — e as políticas questionáveis adotadas pelos governos para conter o vírus — continuam deixando suas marcas na economia mundial.
A nova edição do Índice de Liberdade Econômica da Heritage Foundation, lançada em primeira mão no Brasil pelo Instituto Monte Castelo, mostra um retrocesso global. O Brasil não fugiu à regra: o país perdeu 0,1 ponto na classificação, em parte devido à estagnação da agenda das tão necessárias reformas no campo da economia. Ainda assim, por causa da deterioração do cenário global, o país ganhou 10 posições e atingiu a (ainda péssima) 133ª colocação. Ou seja: o Brasil subiu porque piorou menos do que os outros países com pouca liberdade econômica.
Para uma melhoria substancial, entretanto, não há outro caminho senão o da responsabilidade fiscal. É preciso que o governo (em todas as esferas) gaste menos do que arrecada e se torne mais eficiente. Um estado eficaz, transparente e com previsibilidade atrairá mais investidores para o país e permitirá o surgimento de um ciclo virtuoso na economia.
Veja abaixo as principais novidades do Índice 2022, incluindo o capítulo sobre o Brasil e a lista completa com a nota de cada país.
Fonte: INSTITUTO MONTE CASTELO
PRINCIPAIS DESCOBERTAS DO ÍNDICE DE 2022
IMPACTO DA PANDEMIA COVID-19
Desde o início de 2020, a pandemia do COVID-19 e, particularmente, as muitas restrições à atividade econômica e ao movimento de pessoas que os governos impuseram em resposta a ela causaram estragos na economia mundial.
Quase todas as economias incluídas neste Índice tiveram um crescimento negativo em 2020, o que não é surpreendente, uma vez que muitas das ações que os governos tomaram em nome da proteção da saúde pública também tiveram o efeito de reduzir a liberdade econômica.
Essas restrições exigiram um custo em termos de bem-estar humano que deve ser adicionado ao enorme custo do número de mortos pela própria doença. O resultado é uma catástrofe mundial. Muito permanece desconhecido epidemiologicamente sobre o COVID-19 e suas muitas variantes.
A crescente disponibilidade de vacinas e tratamentos e a possível evolução do próprio vírus em variantes menos letais dão esperança de que a crise de saúde possa ser reduzida em gravidade, se não encerrada.
A crise econômica, ao contrário, é facilmente avaliada. Suas causas e efeitos são claros. As restrições do governo à liberdade econômica sufocam o crescimento econômico. Reduzem os rendimentos e aumentam a vulnerabilidade das classes pobres e médias.
As tentativas do governo de mitigar esses efeitos em muitos países envolvem gastos deficitários excessivos que aumentam a inflação e geram enormes dívidas públicas que as gerações futuras terão que pagar.
A renúncia abrupta e míope aos princípios da liberdade econômica não apenas causou grande parte do trabalho econômico que aflige a economia mundial, mas também prejudicará a recuperação econômica muito necessária, se não for revertida.
Um retorno ao “business as usual” não será suficiente porque, além dos impactos da pandemia nas finanças públicas, os países enfrentam muitos desafios estruturais de longo prazo. Especificamente, a crise do COVID-19 amplificou e expôs sérias deficiências estruturais preexistentes nas áreas políticas de transparência, eficiência, abertura e eficácia do governo.
Os formuladores de políticas em Washington e em todo o mundo não podem simplesmente voltar à prosperidade após o preço que os mandatos de saúde pública cobraram das economias locais.
Se quisermos ter uma recuperação econômica significativa, é essencial que a liberdade econômica, em vez de poderes estendidos de emergência do governo, se torne a norma.
Mais do que nunca, precisamos lembrar que a verdadeira capacidade de uma nação de crescer e prosperar de forma duradoura depende da qualidade de suas instituições e sistema econômico.
Muitos países ao redor do mundo estão em uma encruzilhada crítica.
A questão é se eles reconhecerão a necessidade primordial de preservar e melhorar as condições para um crescimento econômico robusto, resiliente e amplo.
A ECONOMIA GLOBAL: UMA PERDA DE 1,6 PONTOS EM LIBERDADE ECONÔMICA MÉDIA, MAS AINDA “MODERADAMENTE LIVRE” •
O Índice 2022, que considera políticas e condições econômicas em 184 países
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