quinta-feira, 23 de julho de 2015

Após recesso, CPI deve convocar Dirceu, Palocci, Mercadante e Edinho

Painel

Após recesso, CPI deve convocar Dirceu, Palocci, Mercadante e Edinho

PAINEL
23/07/15   

NATUZA NERY (interina)
A vingança começa Na volta do recesso, a CPI da Petrobras foi instruída a votar todos os requerimentos que estão na gaveta. As convocações dos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secom) são dadas como certas pela cúpula da comissão. Na mesma leva estão os depoimentos dos ex-ministros Antonio Palocci e José Dirceu. Na avaliação de setores do governo, será uma missão quase impossível barrar a articulação costurada para constranger o Palácio do Planalto e o PT.
Data venia 1 Integrantes do Supremo dizem acompanhar com preocupação as ameaças de convocação dos advogados de investigados da Lava Jato à CPI. A saída de Beatriz Catta Preta do caso acendeu o sinal de alerta.
Data venia 2 Ministros afirmam que a ação debilita o direito de defesa e que os gestos apontam confusão entre advogados e investigados.
Ajuste Na madrugada de terça-feira, horas antes da deflagração da Politeia, procuradores precisaram procurar Ricardo Lewandowski para pedir um mandado de busca de última hora. A força-tarefa havia descoberto o endereço de um escritório vinculado a Fernando Collor em Maceió.
Cadê? Relator do processo sobre as pedaladas fiscais no TCU, Augusto Nardes fechou-se em copas e não tem conversado com outros ministros. Até os favoráveis ao governo dizem que só ele “pode mudar o curso da história”. Ou seja: mesmo dividida, a corte deve votar de forma unânime com Nardes.
Holofote Internamente, há muito incômodo com as movimentações de Nardes, que concedeu diversas entrevistas nas últimas semanas. A avaliação nos bastidores é que ele politizou o processo.
Eu não O governo pediu uma reunião com todos os ministros do TCU para apresentar sua defesa. Alguns integrantes ameaçam boicote e querem cancelar o encontro.
Rigor da lei O secretário paulistano de Relações Governamentais, Alexandre Padilha, decidiu ir à Justiça contra o homem que o hostilizou e atacou o programa Mais Médicos em um restaurante na capital, há dois meses.
Ombro amigo O ex-ministro Guido Mantega (Fazenda), que também foi alvo de insultos, receberá um ato de desagravo de petistas.
Sinal cruzado A equipe econômica ficou irritada com alas do governo que defendiam a redução da meta do superavit primário, mas conseguiu assegurar um corte extra no Orçamento.
Zero a zero Na avaliação de petistas que torciam pela revisão da meta para aumentar investimentos na área social, o resultado das mudanças não ajudará a diminuir a crise política, alimentada pelas dificuldades econômicas.
Negócios Antes de anunciar a redução, Joaquim Levy (Fazenda) pediu apoio à aprovação da medida no Congresso a Renan Calheiros (PMDB-AL) que no fim de semana chamou o ajuste fiscal de tacanho. Romero Jucá (PMDB-RR) deve relatar proposta de mudança.
Otimismo Levy procurou colegas de governo para convencê-los de que há sinais de reação da arrecadação pela recuperação da atividade econômica neste terceiro trimestre. Disse a eles que o governo pode vir a descontingenciar parte do Orçamento.
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Micro Dilma Rousseff arranjou tempo para organizar o aniversário de cinco anos de seu neto Gabriel, em setembro. Quem acompanhou os preparativos da avó coruja notou que ela chegou até mesmo a cobrar a lista dos animadores da festa infantil.
Visita à Folha Jaime Abello Banfi, diretor-geral da FNPI (Fundación Gabriel García Márquez para el Nuevo Periodismo Iberoamericano), e Ricardo Corredor Cure, diretor-executivo, visitaram ontem a Folha.

TIROTEIO
A redução mostra que o governo Dilma está sempre atrasado… Mas o pior deficit é o real, que cresce sem parar por causa dos juros.
DO SENADOR JOSÉ SERRA (PSDB-SP), sobre decisão do governo federal de reduzir a meta do superavit primário em 2015 de 1,1% para 0,15% do PIB.

CONTRAPONTO
A confissão do presidente
Na sessão do início de junho em que a Câmara votou a reforma política, um dos temas em pauta foi a coincidência das eleições. Pela proposta, prefeitos e vereadores passariam a ser eleitos no mesmo ano da disputa presidencial. Para argumentar contra o projeto, Mendes Thame (PSDB-SP), nascido em 1946, apelou à experiência:
—Senhor presidente Eduardo Cunha, em 1982, houve coincidência de eleições. Possivelmente, V. Exa., tão jovem, ainda não fosse candidato, mas em 1982…
Cunha, 12 anos mais novo, interrompeu o tucano:
—Até tentei, mas não tive legenda… —confessou, arrancando risos do plenário.

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