"Entre Rios" - São Paulo, seu crescimento, seus rios e córregos
O documentário conta a história da cidade de São Paulo sob a perspectiva de seus rios e córregos.
Até o final do século XIX esses cursos d’água foram as grandes fontes da cidade.
Hoje, escondidos pelas canalizações, passam despercebidos pela maioria dos paulistanos.
Mas, na época de chuvas, a cidade pára quando as enchentes mostram a face soterrada da natureza local.
Entre Rios fala sobre o processo de transformação sofrido pelos cursos d’água paulistanos e as motivações sociais, políticas e econômicas que orientaram a cidade a se moldar como se eles não existissem. A boa notícia é que a cidade, assim como os rios, está em constante transformação e pode tomar novos rumos dependendo dos valores e anseios de sua sociedade.
O video foi realizado em 2009 como trabalho de conclusão de Caio Silva Ferraz, Luana de Abreu e Joana Scarpelini no curso em Bacharelado em Audiovisual no SENAC-SP, mas contou com a colaboração de várias pessoas que temos muito a agradecer.
Direção:
Caio Silva Ferraz
Produção:
Joana Scarpelini
Edição:
Luana de Abreu
Animações:
Lucas Barreto
Peter Pires Kogl
Heitor Missias
Luis Augusto Corrêa
Gabriel Manussakis
Heloísa Kato
Luana Abreu
Camera:
Paulo Plá
Robert Nakabayashi
Tomas Viana
Gabriel Correia
Danilo Mantovani
Marcos Bruvic
Trilha Sonora:
Aécio de Souza
Mauricio de Oliveira
Luiz Romero Lacerda
Locução:
Caio Silva Ferraz
Edição de Som:
Aécio de Souza
Orientadores:
Nanci Barbosa
Flavio Brito
Orientador de Pesquisa:
Helena Werneck
Entrevistados:
Alexandre Delijaicov
Antônio Cláudio Moreira Lima e Moreira
Nestor Goulart Reis Filho
Odette Seabra
Marco Antonio Sávio
Mario Thadeu Leme de Barros
José Soares da Silva
“A urbanização de São Paulo foi uma coisa tão violenta que ocupou o lugar do rio. Então enchente é coisa que nós inventamos, é produto da urbanização”. A reflexão é da geógrafa Odete Seabra.
Dirigido por Caio Silva Ferraz, o filme mostra o surgimento da Vila de São Paulo de Piratininga a partir da chegada dos jesuítas, que se instalaram entre o Rio Tamanduateí e o Ribeirão Anhangabaú, onde os indígenas já habitavam. O local foi escolhido por ser farto em água para consumo, de um lado, e de fácil acesso ao Rio Tietê, propício para navegação, do outro lado.
Com o passar dos anos, os rios passaram a ser vistos como obstáculos para os projetos de expansão da cidade. Na década de 1920, a região recebeu aterro e foram criados os parques Anhangabaú e Dom Pedro II.
A cidade se desenvolveu a partir de projetos de canalização de rios e córregos e abertura de avenidas, como as marginais Tietê e Pinheiros, com prioridade para o transporte de automóveis. As águas passaram a correr por baixo das grandes rodovias. O Rio Tamanduateí é hoje aquele canal que passa ao lado do Mercado Municipal, no Centro.
Os impactos do modelo de desenvolvimento urbano são sentidos diariamente, seja no frequente congestionamento de veículos que trafegam pela cidade, seja nos alagamentos que tomam conta das ruas em dias de chuva, restando como desafio pensar soluções para o futuro da capital paulista.
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