quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Ensino Superior vai para Ciência e Tecnologia; saiba quais são os 15 ministérios definidos por Bolsonaro

Ensino Superior vai para Ciência e Tecnologia; saiba quais são os 15 ministérios definidos por Bolsonaro

Educação, Esportes e Cultura serão reunidos numa só pasta; Direitos Humanos fica em Desenvolvimento Social
Jussara Soares
31/10/2018 - 14:12 / 31/10/2018 - 15:20
Esplanada dos Ministérios em Brasília Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo
RIO - A estrutura do futuro Ministério do governo Jair Bolsonaro (PSL) já está quase totalmente definida. Até agora, segundo interlocutores da equipe do presidente eleito, já estão definidas 15 pastas, o que significa uma redução de quase 50% das  atuais 29 pastas do governo Michel Temer (MDB). Este número, conforme informações de aliados, ainda pode chegar a até 17.
O 'superministério' de Infraestrutura, englobando Transporte e Minas e Energia, foi descartado nesta quarta-feira pelo vice-presidente eleito General Hamilton Mourão . Segundo ele, Minas e Energia seguirá como uma pasta autônoma.
Seguem como ministérios independentes Defesa, Saúde, Trabalho, Relações Exteriores e o Gabinete de Segurança Institucional.
Confira como devem ser os ministérios de  Bolsonaro:
1) Casa Civil - assumindo funções do Governo        Onix Lorenzoni
2) Economia - fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior  Paulo Guedes
3) Defesa                                 Heleno Nunes
4) Saúde
5) Ciência e Tecnologia  (com ensino superior)     - Astronauta
6) Educação, Esportes e Cultura
7) Trabalho
8) Minas e Energia
9) Justiça e Segurança
10) Integração Nacional ( com Cidades e Turismo)
11) Infraestrutura, englobando Transportes
12) Gabinete de Segurança Institucional
13) Desenvolvimento Social (com Direitos Humanos)
14) Relações Exteriores
15) Agricultura e Meio Ambiente

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Íntegra do discurso de Jair Bolsonaro após eleito presidente do Brasil, 28/10/2018

"Esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade", disse o presidente eleito em discurso lido



Bolsonaro (PSL) faz discurso em vídeo no seu perfil do Facebook após resultado de eleições em segundo turno (Facebook/Jair Messias Bolsonaro/Reprodução)


São Paulo – Jair Bolsonaro (PSL) deu dois tons diferentes às suas primeiras manifestações como presidente eleito.
Em sua primeira fala, ao vivo nas redes sociais e acompanhado da esposa Michelle e de uma intérprete em libras, ele criticou a mídia e opositores.
“Alguém sem um grande partido, sem fundo partidário, com grande parte da grande mídia o tempo todo criticando, colocando-me muitas vezes próximo a uma situação vexatória”, disse Bolsonaro.
“Não poderíamos mais continuar flertando com o socialismo, com o comunismo, com o populismo e com o extremismo da esquerda”, continuou.
Em seu discurso posterior em rede nacional, ele prometeu que seu governo será constitucional, fez várias referências religiosas e enfatizou o conceito de “liberdade”.
Em relação à economia, ele prometeu quebrar “o ciclo vicioso do crescimento da dívida, substituindo-o pelo ciclo virtuoso de menores déficits, dívida decrescente e juros mais baixos.”
Em seu discurso, Bolsonaro também citou “um Brasil de diversas opiniões, cores e orientações”, enfatizou o direito à propriedade e prometeu recuperar o “respeito internacional” pelo país.
Ele repetiu lemas de campanha, como “mais Brasil e menos Brasília”, prometendo que recursos irão para estados e municípios, e encerrou com “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”
Veja a íntegra do discurso:
Conhecereis a verdade e a verdade os 

libertará. 
Nunca estive sozinho, sempre senti a presença de Deus e a força do povo brasileiro, orações de homens, mulheres, crianças, famílias inteiras que, diante da ameaça de seguirmos por um caminho que não é o que os brasileiros desejam e merecem, colocaram o Brasil acima de tudo. 
Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade
Isso é uma promessa não de um partido, não é a palavra de homem, é um juramento a Deus. 
A verdade vai liberar esse grande país e vai nos transformar em uma grande nação. A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e vai seguir iluminando nosso caminho.
O que ocorreu hoje nas urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade. 
O compromisso que assumimos com os brasileiros foi de fazer um governo decente,

comprometido exclusivamente com o país e o nosso povo e eu garanto que assim o será. 
Nosso governo será formado por pessoas que tenham o mesmo propósito de cada um que me ouve nesse momento, o propósito de transformar o Brasil em uma grande, livre e próspera nação. Podem ter certeza de que nós trabalharemos dia e noite para isso.
  • Liberdade é um princípio fundamental. 
  • Liberdade de ir e vir, andar nas ruas em todos os lugares desse país, 
  • liberdade de empreender, 
  • liberdade política e religiosa, 
  • liberdade de fazer, formar e ter opinião, 
  • liberdade de escolhas e ser respeitado por elas. 

Esse é um país de todos nós, brasileiros natos ou de coração. Um Brasil de diversas opiniões, cores e orientações.
Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda, proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis. 
Elas são para todos, assim será o nosso governo constitucional e democrático: acredito na capacidade do povo brasileiro que trabalha de forma honesta, de que podemos juntos, governo e sociedade, construir um futuro melhor. 
Esse futuro de que falo e acredito passa por um governo que crie condições para que todos cresçam. 
Isso significa que o governo dará um passo atrás
  1. reduzindo sua estrutura e a burocracia, 
  2. cortando desperdícios e 
  3. privilégios para que as pessoas possam dar muitos passos à frente. 

  • Nosso governo vai quebrar paradigmas, 
  • vamos confiar nas pessoas, 
  • vamos desburocratizar, 
  • simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor, tenha menos dificuldades para criar e construir o seu futuro. 

Vamos desamarrar o Brasil. Outro paradigma que vamos quebrar: o governo respeitará de verdade a federação
As pessoas vivem nos municípios, portanto os recursos irão para os estados e municípios. 
Colocaremos de pé a federação brasileira. Nesse sentido, repetimos que precisamos de mais Brasil e menos Brasília. 
Muito do que estamos fundando no presente trará conquistas no futuro. 
As sementes serão lançadas e regadas para que a prosperidade seja o desígnio dos brasileiros do presente e do futuro.
Esse não será um governo de resposta apenas às necessidades imediatas, as reformas que nos propomos são para criar um novo futuro para os brasileiros. 
E quando digo isso, falo 
  1. com uma mão voltada ao seringueiro no coração da selva amazônica e 
  2. a outra para o empreendedor suando para criar e desenvolver sua empresa. 

Porque não existem brasileiros do sul e do norte, somos todos um só país, uma só nação, uma nação democrática.
O Estado democrático de direito tem como um dos seus pilares o direito à propriedade. 
Reafirmamos aqui o respeito e a defesa desse princípio constitucional e fundador das principais nações democráticas do mundo. 
Emprego, renda e equilíbrio fiscal é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos. 
Quebraremos o ciclo vicioso do crescimento da dívida, substituindo-o pelo ciclo virtuoso de menores déficits, dívida decrescente e juros mais baixos. 
Isso estimulará os investimentos, o crescimento e a consequente geração de empregos. 
O déficit público primário precisa ser eliminado o mais rápido possível e convertido em superávit, esse é o nosso propósito.
Aos jovens, palavra do fundo do meu coração: 
  • vocês têm vivido um período de incerteza e estagnação econômica, 
  • vocês foram e estão sendo testados a provar sua capacidade de resistir. 

Prometo que isso vai mudar, essa é a nossa missão. Governaremos com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição.
Libertaremos o Brasil e o Itamaraty (Bragança?) das relações internacionais com viés ideológico a que fomos submetidos nos últimos anos. 
O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas, buscaremos relações bilaterais com países que possam agregar valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros. 
Recuperaremos o respeito internacional pelo nosso amado Brasil. Durante a nossa caminhada de quatro anos pelo Brasil, uma frase se repetiu muitas vezes: “Bolsonaro, você é a nossa esperança”. 
Cada abraço, cada aperto de mão, cada palavra ou manifestação de estímulo que recebemos nessa caminhada fortaleceram o nosso propósito de colocar o Brasil no lugar que merece. 
Nesse projeto que construímos, cabem todos aqueles que têm o mesmo objetivo que o nosso.
Mesmo no momento mais difícil dessa caminhada, quando, por obra de Deus ( e seus propósitos) e da equipe médica de Juiz de Fora e do Albert Einstein, ganhei uma nova certidão de nascimento. 
Não perdemos a convicção de que juntos poderíamos chegar à vitória. É com essa mesma convicção que afirmo: ofereceremos a vocês um governo decente, que trabalhará verdadeiramente por todos os brasileiros. 
Somos um grande país e agora vamos, juntos, transformar esse país em uma grande nação, uma nação livre, democrática e próspera. 
Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”

Pronunciamento do presidente eleito | Análise comentada - Brasil Paralelo



AO VIVO: Jair Bolsonaro faz pronunciamento oficial


segunda-feira, 29 de outubro de 2018

TRECHO DO ULTIMO SHOW AO VIVO DE FRANCISCO ALVES Audio

TRECHO DO ULTIMO SHOW AO VIVO DE FRANCISCO ALVES  Audio





Publicado em 19 de set de 2014

Francisco Alves lançou vários clássicos de nosso cancioneiro, bem como foi o cantor que mais gravou discos no período da cera. Ele gravou praticamente todos os ritmos de seu tempo, se saindo bem em todos os estilos. Também era compositor.

Em 27 de setembro de 1952, ao voltar de São Paulo, onde no dia anterior havia feito uma apresentação no Largo da Concórdia, Francisco Alves faleceu vitima de um acidente automobilístico, na Via Dutra, na altura da cidade de Pindamonhangaba. 

Seu velório e enterro foi um dos mais concorridos do Brasil, se igualando somente aos de Getúlio Vargas e Carmen Miranda.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

DEPUTADA FEDERAL ELEITA DO GRUPO DE BOLSONARO ALERTA PARA TENTATIVA DE FRAUDE ELEITORAL E DEFLAGRA MOBILIZAÇAO NACIONAL NA VÉSPERA DO 2º TURNO.

DEPUTADA FEDERAL ELEITA DO GRUPO DE BOLSONARO ALERTA PARA TENTATIVA DE FRAUDE ELEITORAL E DEFLAGRA MOBILIZAÇAO NACIONAL NA VÉSPERA DO 2º TURNO.


Bia Kicis, do grupo de Jair Bolsonaro, eleita Deputada Federal, gravou na noite desta quinta-feira um vídeo em que comenta a pesquisa do instituto Data Folha e concita os bolsonaristas a irem às ruas de todo o Brasil neste sábado, véspera da eleição presidencial em segundo turno.

Ainda que a pesquisa do Data Folha confira uma larga margem de votos em favor do presidenciável Jair Bolsonaro, Bia Kicis considera imprescindível que os eleitores de Jair Bolsonaro se mobilizem em todo o Brasil de forma a impedir qualquer tentativa de fraude nas urnas eletrônicas que, como todos sabem, são inauditáveis. Até porque o TSE simplesmente fez tábula rasa da Lei do Voto Impresso que permitiria cotejar o resultado do voto eletrônico com o voto impresso que permaneceria em urna lacrada junto à cabine de votação.

Ainda que de acordo com todas as pesquisas de intenção de voto que conferem a Jair Bolsonaro folgada margem acima de seu contendor, Bia Kicis teme um "ajuste" de intenções voto por institutos de pesquisa de forma a deixar o resultado do pleito nivelando os dois candidatos na véspera da eleição deste 2º turno.

Portanto, vale a pena ver este vídeo e compartilhar nas redes sociais o que pode ser feito aqui no blog mesmo logo abaixo onde estão os ícones das principais redes sociais.

A esquerda "tem de avaliar sua atuação", de Fernando Gabeira

A ESQUERDA ‘TEM DE AVALIAR SUA ATUAÇÃO’

JOSÉ PATRICIO/ESTADÃO
Em entrevista ao podcast Rio Bravo, a ser publicada hoje, Fernando Gabeira dá aula de bom senso sobre a necessidade de o Brasil se acostumar a brigas e aprender a separar as brigas das pessoas. “Isso vai ser um avanço político muito grande, que só se alcança com o tempo”, resume. E manda um recado à esquerda para que “faça uma avaliação” e procure falar com “esse eleitorado” – o de Bolsonaro.
Militante contra o regime militar nos anos 60 e um dos sequestradores do embaixador americano Charles Elbrick no Rio – que resultou na libertação de 15 presos políticos, entre eles José Dirceu –, Gabeira recorda, na conversa, seus 16 anos de convivência política com o Bolsonaro. “Estou acostumado a discutir com ele em muitas circunstâncias”, diz o ex-deputado, enfatizando que tem uma tática para lidar com o presidenciável. “A de tentar entendê-lo, não só por ele ou pela amizade que possa existir entre nós, mas pelo fato de ele representar uma parte considerável da população.”
Gabeira lembra que, mesmo antes de ser um candidato bem-sucedido, Bolsonaro já dizia “coisas que quem anda pelas ruas do Brasil sabe que outras pessoas pensam também”. Daí ele considerar necessário ter, com o candidato, o que chama de uma visão construtiva. “Se você parte pra ideia de que é ele um fascista, nazista, você perde o contato com a possibilidade não só de falar com ele mas com os eleitores dele também. E os eleitores dele não são as pessoas descritas nessas visões alarmistas, entende?”
Nessas andanças pelo Brasil, Gabeira diz ter percebido que Bolsonaro falava muito contra a corrupção e que isso o fortalecia. Notou como crescia o prestígio dele, “algo que as redes sociais também confirmavam”.
Gabeira sugere, ainda, “que a esquerda faça uma avaliação de sua atuação e do próprio comportamento do eleitorado”, procurando uma maneira de falar com essas pessoas, modificando “algumas propostas que surgiram no auge da polarização”.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

LULA SECRETO: PARTE 1

LULA SECRETO: PARTE 1
Mário Garnero, testa de ferro do Barão Rothschild no Brasil conta sobre o “Lula Secreto”
Mistério (e suspeita) na gênese desse líder politico
“Um dos grandes mistérios da história politica brasileira é compreender por que, afinal, os próceres do regime militar deixaram um jovem e desconhecido metalúrgico Luís Inácio da Silva, sem origem partidária e sem referência, sem grandes articulações, de repente se transformar em grande líder. Lula tem estrela? Sorte? É um predestinado? Ou teria sido construído, meticulosamente, nos arquivos secretos da ditadura? Fala-se inclusive, entre os militares da repressão, que Lula seria invenção do general Golbery do Couto e Silva, em armação com o empresário Mario Garnero. Será? Esta última possibilidade, a de haver um “Lula Secreto”, sempre foi aventada, mas nunca provada.
Recebi tempos atrás (de Alfredo Pereira dos Santos) cópia do capitulo de um livro de autoria do próprio Mário Garnero, “JOGO DURO”, relatando sua relação com Lula nos anos 70. O livro, já esgotado, foi editado pela Best Seller em 1988. O depoimento em questão vai da página 130 à 135. “Alguém já estranhou o fato do Lula jamais ter contestado o que o Garnero disse no livro nem tê-lo processado?”, indaga Alfredo Pereira Santos, autor da digitalização do trecho. Seria essa recusa decorrente da afirmação do próprio Garnero, segundo a qual…
“Longe de mim querer acusá-lo de ser o Cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre com o próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito de achar estranho” (…) “Lula foi a peça sindical na estratégia de distensão tramada pelo Golbery – o que não sei dizer é se Lula sabia ou não sabia que estava desempenhando esse papel”, escreve ainda Garnero.
Procurei o próprio Mário Garnero para conversar sobre o assunto. Ele me recebeu com toda deferência, na sede do Brazilinvest, na av. Faria Lima, São Paulo. Em almoço com talheres de prata. “Não quero mais falar sobre isso”, desconversou Garnero. Sobre o livro, ele disse que já passou, que os tempos são outros (escreveu-o depois de ser preso, quando ainda guardava muitas mágoas), e que hoje não tem qualquer intenção de ressuscitar o assunto. Insisti daqui, perguntei das mais diversas formas. Sempre muito gentil, nada de novo informou. Mas o essencial está registrado em livro. Fiquem com o depoimento do Garnero, vale à pena ler até o fim e a fim de tirar as próprias conclusões.”
Hugo Studart
Um dos motivos para a recusa de Garnero em comentar o assunto pode se dar ao fato de que quase 20 anos depois de ter sido banido do mercado financeiro, Mário Garnero voltou ao centro do poder abraçado ao governo Lula. À frente dos presidentes do Senado, José Sarney, e do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, dos ministros Dilma Rousseff e Ciro Gomes e de sete governadores, foi anfitrião das autoridades e dos 300 empresários presentes em seminário no ano de 2004.
Foi em 2002 que Garnero entrou em ação e ofereceu seus serviços para aproximar o PT e os banqueiros internacionais. Uma resposta ao tal “lulometro”, um índice de desconfiança do capital estrangeiro com a possível eleição de Lula a presidência.
Garnero até articulou uma viagem de José Dirceu aos Estados Unidos que incluiu desde palestras para investidores no banco Morgan Stanley até visitas a gabinetes de altos funcionários em plena Casa Branca.
Eis a transcrição de seu livro de 1988:
“Eu me vi obrigado, no final do ano passado, a enviar um bilhetinho pessoal a um velho conhecido, dos tempos das jornadas sindicais do ABC. Esse meu conhecido tinha ido a um programa de tevê e, de passagem, fez comentários a meu respeito e sobre o Brasilinvest que não correspondem à verdade e não fazem jus à sua inteligência.
Sentei e escrevi: “Lula…” Achei que tinha suficiente intimidade para chamá-lo assim, embora, no envelope, dirigido ao Congresso Nacional, em Brasília, eu tenha endereçado, solenemente: “A Sua Excelência, Sr. Luiz Ignácio Lula da Silva”. Espero que o portador o tenha reconhecido, por trás daquelas barbas.
No bilhete, tentei recordar ao constituinte mais votado de São Paulo duas ou três coisas do passado, que dizem respeito ao mais ativo líder metalúrgico de São Bernardo: ele próprio, o Lula. Não sei como o nobre parlamentar, investido de novas preocupações, anda de memória. Não custa, portanto, lembrar-lhe. É uma preocupação justificável, pois o grande líder da esquerda brasileira costuma se esquecer, por exemplo, de que esteve recebendo lições de sindicalismo da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, ali por 1972, 1973, como vim a saber lá, um dia. Na universidade americana até hoje todos se lembram de um certo Lula com enorme carinho
Além dos fatos que passarei a narrar, sinto-me no direito de externar minha estranheza quanto à facilidade com que se procedeu à ascensão irresistível de Lula, nos anos 70, época em que outros adversários do governo, às vezes muito mais inofensivos, foram tratados com impiedade. Lula, não – foi em frente, progrediu. Longe de mim querer acusá-lo de ser o Cabo Anselmo do ABC, mesmo porque, ao contrário do que ocorre com o próprio Lula, eu só acuso com as devidas provas. Só me reservo o direito de achar estranho..
Lembro-me do primeiro Lula, lá por 1976, sendo apresentado por seu patrão Paulo Villares ao Werner Jessen, da Mercedes-Benz, e, de repente, eis que aparece o tal Lula à frente da primeira greve que houve na indústria automobilística durante o regime militar, ele que até então era apenas o amigo do Paulo Villares, seu patrão. Recordo-me de a imprensa cobrir Lula de elogios, estimulando-o, num momento em que a distensão apenas começava, e de um episódio que é capaz de deixar qualquer um, mesmo os desatentos, com um pé atrás.
Foi em 1978, início do mês de maio. Os metalúrgicos tinham cruzado os braços, a indústria automobilística estava parada e nós, em Brasília, em nome da Anfavea , conversando com o governo sobre o que fazer. Era manhã de domingo e estive com o ministro Mário Henrique Simonsen. Ele estivera com o presidente Geisel, que recomendou moderação: tentar negociar com os grevistas, sem alarido. Imagine: era um passo que nenhum governo militar jamais dera, o da negociação com operários em greve. Geisel devia ter alguma coisa a mais na cabeça. Ele e, tenho certeza, o ministro Golbery.
Simonsen apenas comentou, de passagem, que Geisel tinha recomendado que Lula não falasse naquela noite na televisão, como estava programado. Ele era o convidado do programa Vox Populi, que ia ao ar na TV Cultura-o canal semi-oficial do governo de São Paulo. Seria uma situação melindrosa. “Nem ele, nem ninguém mais que fale em greve”, ordenou Geisel.
Saí de Brasília naquela manhã mesmo, reconfortado pela notícia de que ao governo interessava negociar. Desci no Rio com as malas e me preparei para embarcar naquela noite para uma longa viagem de negócios que começava nos Estados Unidos e terminava no Japão. Saí de Brasília também com a informação de que Lula não ia ao ar naquela noite.
Mas foi, e, no auge da conflagração grevista, disse o que queria dizer, numa televisão sustentada pelo governo estadual. Fiquei sabendo da surpreendente reviravolta da história num telefonema que dei dos Estados Unidos, no dia seguinte. Senti, ali, o dedo do general Golbery. Mais tarde, tive condições de reconstituir melhor o episódio e apurei que Lula só foi ao ar naquele domingo porque no vai-não-vai que precedeu o programa, até uma hora e meia antes do horário, prevaleceu a opinião de Golbery, que achava importante, por alguma razão, que Lula aparecesse no vídeo. O general Dilermando Monteiro, comandante do II Exército, aceitou a argumentação, e o governador Paulo Egydio Martins, instrumentado pelo Planalto, deu o nihil obstat final ao Vox Populi.
Lula foi a peça sindical na estratégia de distensão tramada pelo Golbery – o que não sei dizer é se Lula sabia ou não sabia que estava desempenhando esse papel. Só isso pode explicar que, naquele mesmo ano, o governo Geisel tenha cassado o deputado Alencar Furtado, que falou uma ou outra besteira, e uns políticos inofensivos de Santos, e tenha poupado o Lula, que levantava a massa em São Bernardo. É provável que, no ABC, o governo quisesse experimentar, de fato, a distensão. Lula fez a sua parte.
Mais tarde, ele chegou a ser preso, julgado pelo Supremo Tribunal Federal, enfrentou a ameaça de helicópteros do Exército voando rasantes sobre o estádio de Vila Euclides, mas tenho um outro testemunho pessoal que demonstra o tratamento respeitoso, eu diria quase especial, conferido pelo governo Geisel ao Lula- por governo Geisel eu entendo, particularmente, o general Golbery. Dois ex-ministros do Trabalho- Almir Pazzianotto e Murilo Macedo – podem dar fé ao que vou narrar.
Aí, já estávamos na greve de 1979, que foi especialmente tumultuada. O movimento se prolongava, a indústria estava parada havia quinze dias, e todos nós, exaustos, empresários e trabalhadores, tentávamos uma solução. Marcamos, no fim de semana, uma reunião na casa do ministro do Trabalho, Murilo Macedo, aqui em São Paulo.
Domingo , 8 da noite. O ministro, mais o Theobaldo de Nigris, presidente da Fiesp, dois ou três representantes de sindicatos patronais, eu, pela indústria automobilística, e a diretoria dos três sindicatos operários, o de São Bernardo, o de São Caetano e o de Santo André. Reunião sigilosa. Coisas do Brasil: como era um encontro reservado, a imprensa ficou sabendo. Chegou antes de nós.
Muita tensão, muito cansaço. E como o uísque do ministro era generoso, por volta das 2 da manhã tivemos a primeira queda. Literalmente, desabou sobre a mesa de negociações o deputado federal Benedito Marcílio, presidente do Sindicato de São Caetano, continuamos sem ele. Por volta das 4 e meia da madrugada , fechamos o acordo com Lula e com o outro (Pazzianotto servia como assessor jurídico do Sindicato de São Bernardo). Saem todos. Lula assume o compromisso de ir direto para a assembléia permanente em Vila Euclides, e desmobilizar a greve. O ministro do Trabalho, aliviado, ainda teve tempo de confidenciar: “Olha, se não saísse esse acordo, teria intervenção nos sindicatos”. Fomos dormir.
Quando acordei, disposto a saborear os frutos do trabalhoso entendimento, sou informado de que, de fato, Lula tinha ido direto para a assembléia. Como prometera. Chegou lá e botou fogo na massa. A greve iria continuar. Acho difícil que ele tenha feito de má fé. Sujeito maleável, sensível, ele deve ter percebido que o seu poder de persuasão sobre a assembléia não era tão amplo assim. Cedeu. Mesmo sabendo que as conseqüências se voltariam contra ele, como havia dito o ministro Murilo Macedo: intervenção no sindicato, ele afastado. Foi o que se deu.
Gostaria de lembrar ao Lula – que me trata como um desafeto – que sua volta ao sindicato, em 1979, começou a acontecer num escritório da Avenida Faria Lima, número 888, um dia depois da intervenção decretada. Ocorre que esse escritório era o meu e que ainda guardo uma imagem bastante nítida do Lula e do Almir Pazzianotto, sentadinhos nesse mesmo sofá que eu ainda tenho sob meus olhos, enquanto eu ligava alternadamente para o Murilo Macedo e para o Mário Henrique Simonsen, em Brasília.
- Se a intervenção acabar no ato, eu paro a greve – dizia Lula.
Eu transmitia o recado aos dois ministros que negociavam em nome do governo.
- Não é possível, o governo não pode fazer isso. Pára a greve que, em quinze, vinte dias, o sindicato estará livre – me respondiam, de Brasília.
Lula foi cedendo, aconselhado pelo Pazzianotto. Mas o acordo empacou num ponto:
- Como é que vou lá propor isso à peãozada, se não tenho nenhuma garantia de que o governo vai cumprir a promessa de acabar com a intervenção? – observou ele, cauteloso.
Confesso que também empaquei. Mas decidi arriscar:
- E se for eu o fiador? – perguntei. Era a única garantia que poderia oferecer.
- Como assim? – quis saber Pazzianotto.
- O seguinte: se o Lula não voltar ao sindicato, eu, na qualidade de presidente da Anfavea, vou ao público e conto esta história, dizendo que eu também fui ludibriado. Entro nisso com vocês.
Lula pensou um minuto:
- Aceito.
Liguei para o ministro Simonsen, para o Murilo Macedo, e, depois, para o Golbery, que prometeu: “Nós suspendemos a intervenção dentro de um mês e ele volta”.
A greve terminou. A intervenção foi suspensa em dez dias. Lula voltou à presidência do Sindicato de Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, para se preparar para vôos mais ambiciosos, que eu ainda acompanho, à distância, com bastante interesse.
No programa de tevê que citei, Lula reclamava de o Brasilinvest não ter pago seus débitos. O Brasilinvest nunca deveu aos trabalhadores, nem aos contribuintes brasileiros. Naquele momento em que Lula falava, os únicos credores com os quais os Brasilinvest ainda não tinha resolvido todas as suas pendências eram uns poucos bancos estrangeiros. Curioso que o presidente do Partido dos Trabalhadores tomasse as dores de banqueiros internacionais.“

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

2/3 dos reeleitos para a Câmara Federal têm votação menor nesta eleição

Os deputados apequenados

Brasil 11.10.18 07:29
O G1 mostra que 159 dos 240 deputados federais reeleitos no domingo tiveram um desempenho pior do que em 2014.
Os resultados mais desastrosos foram de Clarissa Garotinho, Jean Wyllys e Paulinho, que perderam respectivamente 89,5%, 83,2% e 66,7% de seus eleitores.

A onda renovadora não derrubou apenas os parlamentares que não foram eleitos, portanto. Ela derrubou também aqueles que se reelegeram, apequenando seus mandatos.



2/3 dos reeleitos para a Câmara Federal têm votação menor nesta eleição

Clarissa Garotinho (PROS-RJ) registrou a maior redução de votos. Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) teve o maior crescimento de votos.

Por Gabriela Caesar, G1

11/10/2018 05h00  Atualizado há 3 horas

Levantamento feito pelo G1 mostra que 159 dos 240 deputados federais reeleitos neste ano – o equivalente a 66% – tiveram um desempenho nas urnas pior que nas eleições de 2014. Isso significa, portanto, que dois a cada três deputados tiveram menos votos, apesar de terem renovado o mandato na Câmara dos Deputados. Os números são da Câmara dos Deputados e do Tribunal Superior Eleitoral.
Menos da metade dos políticos que tentou a reeleição conseguiu. E os dados mostram que, para a maioria dos que conseguiram, o resultado nas urnas não foi tão bom.
Percentualmente, a deputada federal Clarissa Garotinho (PROS-RJ) teve a maior redução de votos. Em 2014, a filha do ex-governador Anthony Garotinho conquistou 335.061 votos. Desta vez, Clarissa contabilizou apenas 10,5% dos votos do pleito anterior: 35.131. Ainda assim ela foi eleita.
O candidato do PSOL Jean Wyllys (RJ) aparece logo depois. Ele registrou uma brusca queda em seus votos. Em quatro anos, o ex-BBB passou de 144.700 para 24.295 votos. Os votos recebidos pelos demais candidatos do PSOL ajudaram a manter a cadeira de Wyllys na Câmara. Seu colega de partido Marcelo Freixo foi o segundo mais bem votado no Rio de Janeiro, com 342.491 votos.
Deputados reeleitos com pior desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1Deputados reeleitos com pior desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1
Deputados reeleitos com pior desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1
O deputado Paulinho da Força (SP), fundador do Solidariedade e presidente da Força Sindical, ficou com a terceira maior queda na votação. O número de votos caiu de 227.186 para 75.613 votos na comparação de 2014 com 2018. Eleita por Roraima, Shéridan (PSDB) tinha 35.555 votos há quatro anos e, agora, registrou 12.129 votos.
Em números absolutos, o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) teve a maior perda de votos. Em 2014, ele saiu vitorioso com 1.524.361 votos. Agora, ficou com quase 1/3 daquele número: 521.728 votos. Ou seja, Russomanno perdeu mais de 1 milhão de votos.

Bem sucedidos nas urnas

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato a presidente Jair Bolsonaro, teve o maior aumento no número de votos na comparação dos resultados de 2014 e 2018. Na estreia eleitoral, em 2014, Eduardo conseguiu 82.224 votos e foi o 61º deputado mais votado no estado. Na época, ele concorria pelo PSC. Neste ano, foram 1.843.735 votos – a maior votação da história para o cargo.
Nas eleições de 2014, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) foi "puxado" pela sigla em que concorria na época, o PRB. Agora, disputando pelo PP, ele conquistou 118.684 votos. Esse número é cinco vezes maior que o resultado de Pinato em 2014: 22.097 votos.
Deputados reeleitos com melhor desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1Deputados reeleitos com melhor desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1
Deputados reeleitos com melhor desempenho: comparação do número de votos nas eleições de 2014 e 2018 — Foto: Igor Estrella / G1
Também eleito por São Paulo, o deputado Capitão Augusto (PR) estará na bancada de policiais e militares da Câmara. Os votos do deputado saltaram de 46.905 para 242.327. Outro deputado do PR ficou em 4º lugar no ranking dos deputados reeleitos com melhor desempenho nas urnas: Miguel Lombardi (PR-SP). Conquistou 93.093 votos nestas eleições ante 32.080 em 2014.
O deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) também conseguiu melhorar seu desempenho nas urnas e ficou no 5º lugar no ranking. Em 2014, quando estava filiado ao PT, Molon teve 87.003 votos. Agora, o parlamentar ficou com 227.914 votos.

Líderes na Câmara

O levantamento do G1 também identificou que 20 dos 25 líderes de partido disputaram a reeleição para a Câmara dos Deputados. Desse grupo, 14 deputados tiveram menos votos nestas eleições em comparação com 2014. Seis registraram números superiores ao pleito anterior.
Apenas 3 dos 14 deputados que tentavam a reeleição não conseguiram renovar o mandato: Felipe Bornier (PROS-RJ), João Derly (Rede-RS) e Jovair Arantes (PTB-GO). Os líderes de PSL, Patriota, DEM e Solidariedade não disputaram a reeleição para a Câmara. Já o líder do PSDB, Nilson Leitão, tentou uma vaga ao Senado.
Veja abaixo o número de votos dos líderes de partido que concorreram à reeleição:
Nº de votos dos líderes de partido
PartidoLíderEleito?20142018Diferença
PROSFelipe BornierNão105.51718.775-82,2%
PRBCelso RussomannoSim1.524.361521.728-65,8%
AvanteLuis TibéSim114.94850.474-56,1%
RedeJoão DerlyNão106.99152.040-51,4%
PSBTadeu AlencarSim102.66953.597-47,8%
PSDDomingos NetoSim185.226111.154-40,0%
PTBJovair ArantesNão92.94556.705-39,0%
PCdoBOrlando SilvaSim90.64164.822-28,5%
PSCGilberto NascimentoSim120.04491.797-23,5%
PPSAlex ManenteSim164.760127.366-22,7%
PDTAndré FigueiredoSim125.360103.385-17,5%
PRJosé RochaSim101.66384.016-17,4%
PSOLIvan ValenteSim168.928155.334-8,0%
PTPaulo PimentaSim140.868133.086-5,5%
MDBBaleia RossiSim208.352214.0422,7%
PHSMarcelo AroSim87.113107.21923,1%
PPArthur LiraSim98.231143.85846,4%
PVLeandreSim81.181123.95852,7%
PPLUldurico JuniorSim39.90466.34366,3%
PODEDiego GarciaSim61.063103.15468,9%

Fracasso nas urnas

Entre os deputados que buscavam a reeleição, mas não conseguiram ser eleitos, a redução de votos foi profunda para os deputados Roberto Sales (DEM-RJ), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e George Hilton (PSC-MG). Eles tiveram as maiores quedas considerando apenas os deputados que não conseguiram a reeleição. Filha de Roberto Jefferson, Cristiane Brasil chegou a ser anunciada ministra do Trabalho, mas não pôde tomar posse por ter condenações na Justiça Trabalhista.
Já o deputado George Hilton chegou a ser ministro dos Esportes no governo Dilma Rousseff, em 2015 e 2016, mas seu lugar na Câmara não foi mantido ao alcançar 23.091 votos (15% do montante que tinha angariado em 2014). Os herdeiros de Cabral e Picciani, Marco Antônio Cabral e Leonardo Picciani, ambos do MDB-RJ, também registraram alto percentual de diferença de votos.
Irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso na ala de segurança máxima na Papuda, o deputado Lucio Vieira Lima também ficará de fora da próxima legislatura. Seus votos caíram de 222.164 para 55.743, o que não foi suficiente para garantir uma vaga na Câmara.
Veja abaixo o número de votos dos maiores derrotados entre os deputados que disputavam a reeleição:
Nº de votos dos maiores derrotados nas urnas
Deputado20142018Diferença
Roberto Sales (DEM-RJ)124.08714.293-88,5%
Cristiane Brasil (PTB-RJ)81.81710.002-87,8%
George Hilton (PSC-MG)146.79223.091-84,3%
Marco Antônio Cabral (MDB-RJ)119.58419.659-83,6%
Felipe Bornier (PROS-RJ)105.51718.775-82,2%
Adelson Barreto (PR-SE)131.23623.369-82,2%
Betinho Gomes (PSDB-PE)97.26920.026-79,4%
Leonardo Picciani (MDB-RJ)180.74138.665-78,6%
Lucio Vieira Lima (MDB-BA)222.16455.743-74,9%
Celso Pansera (PT-RJ)58.53415.287-73,9%

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