De propina a bordo do avião presidencial a acertos nebulosos para bancar o filme de Lula, o ex-ministro reescreve a era petista com o olhar de quem participou de quase tudo
25.01.19
Em abril de 2018, a Polícia Federal resolveu comprar uma dupla briga. De um lado, criou rusgas dentro do time da Lava Jato, em especial com os procuradores do Ministério Público. De outro, inflamou o previsível discurso do PT e do ex-presidente Lula contra os delatores que poderiam dar origem a novos escândalos envolvendo o partido em pleno ano eleitoral. No centro da confusão estava o acordo de delação premiada de Antonio Palocci, ministro da Fazenda da era Lula e chefe da Casa Civil do governo Dilma. O potencial era explosivo. Os procuradores, porém, torciam o nariz porque já haviam rejeitado a proposta de Palocci – eles avaliavam que o ex-grão-petista não tinha grandes novidades para contar. Os delegados federais discordaram e decidiram fechar eles mesmos o acordo, mais tarde homologado pela Justiça. A aposta estava certa.
Os testemunhos do antigo membro da cúpula do PT que se mostrava disposto a relatar o que viu revelam facetas surpreendentes até para quem acompanhou de mais perto as escabrosas histórias reveladas pela Lava Jato. As minúcias dos depoimentos de Palocci vêm sendo reveladas aos poucos, à medida que os investigadores vão anexando cópias dos relatos nos processos que correm no Judiciário, de acordo com o tema de cada um. O material até aqui revelado permite duas conclusões. A primeira é que, com Palocci, as apurações sobre Lula chegam a um novo patamar. Não se trata de um empreiteiro ou doleiro falando, mas de um ex-colega de Planalto do ex-presidente, ora recolhido à cadeia em Curitiba. A segunda conclusão é que, sim, os depoimentos de Palocci, somados aos arquivos que ele entregou aos investigadores, serão suficientes para alimentar novas e animadas fases da Lava Jato, tanto em Curitiba quanto em Brasília.
Vale dizer desde já que, a despeito das críticas dos atingidos, a colaboração de Palocci foi considerada efetiva pelo Tribunal Regional Federal a 4ª Região, que o colocou em prisão domiciliar. Uma segunda parte da delação também foi considerada útil pelo núcleo de investigação que, perante o Supremo Tribunal Federal, mira autoridades com foro privilegiado. Há no pacote revelações de diferentes grandezas. E que alvejam personagens de diferentes searas. Na terça-feira, o Diário de Crusoé trouxe à luz uma delas. No terceiro depoimento de sua delação, Palocci contou ter sido procurado pelo jornalista Roberto D’Ávila, a pedido do staff de Lula, para um negócio que muito interessava ao ex-presidente: levantar recursos, especialmente junto a grandes empreiteiros que mais tarde se veriam enrolados na Lava Jato, para financiar o filme “Lula, o filho do Brasil”. O ex-ministro conta que o jornalista, que era produtor do filme, sugeriu emitir nota fiscal em seu nome para os empresários que não quisessem aparecer como patrocinadores do projeto. D´Ávila nega e diz que Palocci está mentindo.
Outrora homem de confiança de Lula, o delator contou que, em pelo menos um caso, conseguiu 1 milhão de reais para o filme que, de alguma forma, estavam atrelados a benesses concedidas pelo governo. Segundo ele, o dinheiro saiu das contas da empreiteira Schahin, que tinha acabado de conseguir um tento: havia obtido a renovação de um contrato milionário com a Petrobras, graças aos préstimos de Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. Quando ainda tentava a renovação, o dono da empreiteira, Milton Schahin, havia procurado Palocci em busca de ajuda. Palocci procurou Dilma. Deu certo. O empresário quis retribuir. Se ofereceu para pagar uma bolada para Palocci. Convidado a ajudar também o PT, aceitou a sugestão de dar 1 milhão para o projeto do filme destinado a propagandear a história do grande chefe do partido. Palocci contou que procurou, em busca de dinheiro para o projeto, os notórios Marcelo Odebrecht, Léo Pinheiro e Carlos Alberto Oliveira Andrade, da montadora Caoa.
Lula é onipresente nos depoimentos de Palocci. Ele é acusado de receber propina e de participar diretamente do acerto de caixa dois para campanhas do PT. Em um dos depoimentos, o ex-ministro relatou que Lula não tinha “o menor constrangimento” ao tratar de negociatas no governo. Palocci relata entregas de dinheiro vivo ao ex-presidente em situações curiosas, para dizer o mínimo. Em uma ocasião, diz ele, uma caixa de uísque foi usada para acomodar as cédulas de reais. Até o avião presidencial foi usado, de acordo com o ex-ministro, para transportar propina.
Muitas das revelações, é verdade, não chegaram acompanhadas de provas materiais. Mas, nas situações em que as declarações careciam dos chamados elementos de corroboração, a Polícia Federal tomou o cuidado de ouvir outras testemunhas. O próprio Palocci indicou duas pessoas que poderiam contribuir com detalhes sobre as operações de entrega de propina. Carlos Alberto Pocente, o motorista que o levava para encontros encontros públicos e secretos, citou inúmeras visitas a banqueiros. Um deles chama a atenção. Era um almoço no banco Safra. O motorista disse que Palocci chegou com sua maleta vazia, voltou com ela cheia e depois partiu para o Instituto Lula. Há outros nomes. Como Crusoé revelou, o banqueiro André Esteves é personagem central de um capítulo especial na delação de Palocci. Ele diz que Esteves atuou em operações que beneficiaram pessoalmente o PT e ex-presidente.
Em outra frente, Palocci contribui para a investigação sobre a roubalheira derivada do projeto de construção da usina de Belo Monte. A obra, com orçamento multibilionário, tornou-se uma espécie de consórcio da corrupção encabeçado pelo PT e pelo MDB. Segundo Palocci, era tudo na ponta do lápis: 1% da obra virava propina, e a propina era dividida meio a meio. O ex-ministro contou ainda que o mecanismo era avalizado pelo Palácio do Planalto. Ele cita nominalmente Erenice Guerra, ex-braço-direito de Dilma, como uma das articuladoras do esquema.
Dessa fonte de propina, diz Palocci, saía dinheiro para a família de Lula. O ex-ministro relatou aos investigadores que houve uma disputa por propinas de 30 milhões de reais do esquema de Belo Monte. A certa altura, José Carlos Bumlai, amigo pessoal de Lula, entrou no negócio. Era para participar do rateio do dinheiro. Segundo ele, com uma missão especial: Bumlai era a garantia de que parte da bolada iria para os parentes de Lula. Palocci também cita Paulo Okamotto, outro amigo do peito do ex-presidente, como um dos responsáveis por sujar as mãos na hora de pegar dinheiro que, no final, era destinado à família de Lula.
Os depoimentos prestados por Palocci à Lava Jato de Curitiba são apenas um pedaço da delação. Há uma frente paralela, baseada em Brasília, que combina PT, propina, fundos de pensão e investimentos podres. É parte da Operação Greenfield, com a qual o ex-ministro tem colaborado. Essa investigação já alvejou grandes nomes como Joesley Batista, da JBS, que depois virou delator. Agora, com o auxílio de Palocci, a Polícia Federal e o Ministério Público têm a oportunidade de avançar sobre grandes empresas e empresários do capitalismo à brasileira que prosperaram durante a era petista. Ainda há muito por vir.
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