Só 8 das 35 prioridades do governo no Congresso devem avançar rapidamente
Textos são ligados à economia
PLs de costumes têm baixa adesão
Análise é da consultoria Metapolítica
DOUGLAS RODRIGUES
10.fev.2021 (quarta-feira) - 6h02
Fonte: Poder 360
Das 35 propostas consideradas prioritárias pelo governo de Jair Bolsonaro, em tramitação no Congresso, são 8 as que têm interesse de tramitação e aprovação rápida pelos congressistas. Há 11 com probabilidade média. E outras 16 têm pouca brecha para avançar neste ano.Essa é a análise da Metapolítica.
A consultoria leva em conta a lista de projetos entregue na semana passada por Jair Bolsonaro (sem partido) aos novos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Na avaliação da Metapolítica, a Câmara é onde há mais textos onde há chance de tramitação acelerada: 5 projetos, todos ligadas à pauta econômica. Dentro dessa lista, está o texto que dá autonomia ao Banco Central –que deve ser votado nesta 4ª feira (9.fev.2021)– e a reforma administrativa –citada como prioritária por Lira.
Ao todo, existem 19 projetos listados pelo governo Bolsonaro como de maior interesse na Casa Baixa. A seguir a lista completa e o interesse político no Congresso:
NO SENADO, 3 COM MAIS CHANCES
Há 16 projetos listados, 3 são os que possivelmente vão passar por análise, votação e aprovação e aprovados no curto prazo. Assim como na Câmara, todos relacionados à economia:
ECONOMIA LIDERA
A lista de prioridades tem 23 projetos da área econômica. Os 2 principais são a PEC Emergencial e a reforma administrativa.
PAUTA DE COSTUMES PRESENTE
Há 9 textos envolvendo segurança, educação e convívio social. Entre os temas: posse de armas de fogo, pedofilia como crime hediondo e direito à educação domiciliar.
Segundo Jorge Ramos Mizael, cientista político e diretor da Metapolítica, muitos desses textos da pauta de costumes são difíceis de serem operacionalizados no Congresso.
Na avaliação do cientista, o envio da lista com esses temas sinaliza para a base de apoio de Bolsonaro de que ele está tentando aprovar os projetos. Se der errado, ele vai jogar a culpa no Congresso, na mídia, no STF e em outros. Ao mesmo tempo, o presidente articulará nos bastidores para algo avançar. Ou seja, o jogo ideológico de Bolsonaro continua, afirma Mizael.
“A narrativa que vai ganhar lá [no Congresso] vai ser a dos grandes grupos, mais precisamente o Centrão –mas eles não entram no jogo do costumes.”
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