Delação de Delcídio Amaral tem repercussão imediata no meio político
Rui Falcão disse que as declarações de Delcídio não têm credibilidade.
Oposição disse que o impacto da delação é grande.
A delação do senador Delcídio do Amaral teve repercussão imediata no meio político.
Logo depois de o encontro com o ex-presidente Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, disse que as declarações de Delcídio não têm credibilidade e que o senador vai enfrentar um processo de expulsão do partido.
“Não merece nenhuma credibilidade. Porque nunca o presidente Lula fez qualquer tipo de tratativa como aquelas que são mencionadas e tão pouco a presidente da República interferiu em nomeações”, afirmou Rui Falcão, presidente PT.
No Congresso, a estratégia dos dois lados ficou muito clara. A oposição disse que o impacto da delação é grande.
“Essas delações do senador Delcídio do Amaral traz a Lava Jato para dentro do Palácio do Planalto, para o colo da Dilma e também abraça indelevelmente o ex-presidente Lula. Portanto acho de uma gravidade extrema e comparo essa delação do Delcídio Amaral como a do Pedro Collor para o ex-presidente Fernando Collor de Mello”, disse o deputado Pauderney Avelino, DEM-AM, líder do partido.
Já governistas tentaram desqualificar as palavras de Delcidio Amaral: “Delação premiada não é prova. Delação premiada por si só não significa rigorosamente nada”.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, réu na Lava Jato, disse que as acusações são graves, mas precisam ser confirmadas. E depois foi irônico.
“Só acho engraçado que eu assisti o PT ontem falar de delação premiada. Delação premiada nos olhos dos outros é pimenta. Nos olhos deles é refresco”, disse deputado Eduardo Cunha, PMDB-RJ, presidente da Câmara.
Eduardo Cunha também discutiu com aliados como usar a delação de Delcidio do Amaral. Disse que ela é um combustível, reforça o pedido de impeachment da presidente Dilma. Discutiu também qual seria a estratégia. Apresentar um novo pedido de impeachment ou acrescentar as novas acusações ao pedido que já está sendo discutido na Câmara.
Nesta reunião, senadores e deputados da oposição bateram o martelo. Querem incluir as acusações no pedido já em discussão
“Seria uma omissão imperdoável das oposições não permitir que a comissão do impeachment e o plenário da Câmara dos Deputados não se debrucem também sobre essas informações. Caberá, obviamente, às investigações, caberá, obviamente às análises que se sucederão comprovar a veracidade ou não daquilo que está hoje na revista”, disse o senador Aécio Neves, PSDB-MG, presidente do partido.
O PT reagiu. “A oposição como não tem agenda para o país, trabalha só essa pauta. Uma pauta que se esvaiu, não tem fundamento”, afirmou deputado Afonso Florence, PT-BA, líder do partido.
Fonte: Jornal Nacional Veja vídeo
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