Líder do PMDB no Senado diz que acordo de Temer e Renan prevê que ministros entreguem cargos
RICARDO BRITO - O ESTADO DE S.PAULO
28 Março 2016 | 19h 44 - Atualizado: 28 Março 2016 | 19h 59
Com a decisão, tomada na tarde desta segunda, cargos ocupados por peemedebistas vão ficar à disposição da presidente Dilma Rousseff; com a saída de Alves, políticos do PMDB ocupam no momento seis ministérios
Brasília - O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), afirmou no começo da noite desta segunda-feira, 28, que foi fechado um acordo entre o presidente do partido Michel Temer, vice-presidente da República, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para que os ministros do partido entreguem os cargos na convenção marcada para a tarde desta terça-feira, 29.
Eunício, que também é tesoureiro da legenda, participou do encontro dos dois realizado, na tarde desta segunda-feira, na residência oficial do presidente do Senado. O líder peemedebista ressaltou que, com a decisão, os cargos ficarão à disposição da presidente Dilma Rousseff e não poderão ser mais considerados cota do partido no governo.
Nesta segunda-feira, o ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB-RN), pediu exoneração do cargo por carta enviada à presidente Dilma. Aliado de Temer, Alves escreveu que o “diálogo” com o governo se “exauriu”.
Sem contabilizar o ministério antes ocupado por Alves, o PMDB ainda tem seis pastas na Esplanada dos Ministérios. Segundo o líder do PMDB no Senado, a tendência é que não haja qualquer prazo extra para os ministros devolverem os postos. "Se ficar (no cargo), estará na cota pessoal da presidente", explicou Eunício.
Conforme publicou mais cedo o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, a tendência é que a decisão de desembarque do governo deverá ocorrer por aclamação.
Logo depois do encontro entre Renan, Temer e Eunício, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, referendou a primeira baixa do partido ao pedir exoneração do cargo. Segundo informações de bastidores, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Saúde, Marcelo Castro, são os dois que mais resistem a devolver os cargos.
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