Vaccari, o
Moch, será investigado como operador do PT
Mesmo sem
foro privilegiado, tesoureiro petista e lobista ligado ao PMDB, Fernando
Baiano, viram alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal
Por: Gabriel Castro, de Brasília06/03/2015 às 23:59 - Atualizado
em 07/03/2015 às 00:07
CODINOME MOCH - João Vaccari: homem de confiança do ex-presidente Lula, o tesoureiro era o elo financeiro entre os corruptos e os corruptores que atuavam na Petrobras (VEJA.com/VEJA)
Apesar
de não possuir foro privilegiado, o tesoureiro nacional do PT, João Vaccari
Neto, será investigado pela Procuradoria-Geral da República em um inquérito que
tramitará no Supremo Tribunal Federal (STF), assim como deputados e senadores
envolvidos no petrolão. O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu que ele e
Fernando Baiano, lobista ligado ao PMDB, figurassem como investigados na Corte.
O ministro Teori Zavascki aceitou.
"É
essencial a presença também de João Vaccari Neto e de Fernando Baiano nesta investigação,
objetivando-se essencialmente apurar a relação destes operadores com os demais
investigados no que tange a estes fatos", justificou Janot em sua petição.
Para
sustentar seu pedido, Janot citou depoimentos do doleiro Alberto Youssef, do
ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e do ex-gerente de
Serviços da companhia Pedro Barusco. Os três mencionaram Vaccari como
responsável por receber propina em nome do PT. Barusco disse que o petista
recebeu aproximadamente 50 milhões de dólares desviados entre 2003 e 2013, e
que o valor desviado para o PT, também com a participação do tesoureiro, chegou
a 200 milhões de dólares.
Também
foi Barusco quem decifrou para os investigadores o significado da palavra
"Moch", que aparecia nas planilhas detalhando a divisão do dinheiro.
Era uma menção ao apelido de Vaccari - "mochila", um acessório que
ele sempre carrega nas costas.
Paulo
Roberto Costa, por sua vez, disse que da propina recolhida em sua diretoria (de
3% sobre os contratos), dois terços ficavam com o PT, arrecadados justamente
pelo tesoureiro do partido.
"Todo
o esquema só pôde ser viabilizado com a essencial participação dos três
operadores mencionados: Alberto Youssef, Fernando Baiano e João Vaccari",
diz a petição assinada por Rodrigo Janot.
Em
nota divulgada nesta sexta-feira, o PT voltou a afirmar que todas as doações de
campanha obtidas pelo partido foram declaradas à Justiça Eleitoral.
Fonte: Veja - Brasil Governo
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