Agenda
da semana:
- Petistas na cadeia,
- ação penal contra Dilma,
- pedido de impeachment,
- delação do homem-bomba
As novas vaias recebidas pelo ex-ministro e rei das pedaladas Guido Mantega no sábado, ao sair de um restaurante italiano em São Paulo, onde havia jantado com sua mulher, foram o prenúncio de uma semana que promete ser divertida. Eis uma página da agenda:
Segunda-feira: 25/5
Dia da chegada a Brasília do empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, amigo de Lula e homem-bomba para o PT.
Disposto a apontar, em acordo de delação premiada,
- os políticos envolvidos no esquema de pagamento de propina sobre contratos firmados com a Petrobras,
- ele já antecipou que pagou despesas pessoais do ex-ministro José Dirceu e
- deu 30 milhões de reais, em 2014, a candidaturas do PT, sendo 7,5 milhões de reais à campanha de Dilma Rousseff temendo sofrer represálias do partido.
Kabum!
Terça-feira: 26/5
a) Dia da transferência do tesoureiro petista João Vaccari Neto e dos deputados André Vargas, do PT, Luiz Argôlo, do Solidariedade, e Pedro Corrêa, do PP, da carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR) para o Complexo Médico-Penal do Paraná – um presídio em Pinhais, com capacidade para 350 detentos, 346 dos quais terão de tomar cuidado para não serem roubados pelos calouros.
Boa sorte a todos.
b) Dia, também, em que o PSDB protocola na Procuradoria Geral da República um pedido de abertura de ação penal contra Dilma Rousseff pelas “peladadas fiscais” em desobediência à Lei de Responsabilidade Fiscal.
A pressão pelo impeachment está tão grande sobre os tucanos que até o senador Aloysio Nunes Ferreira, que dizia não ser este o seu “objetivo estratégico”, divulgou um vídeo para explicar que o partido não desistiu do pedido, apenas “procurou um outro caminho”, solicitando uma investigação por crime comum.
Ele só esqueceu de explicar:
- Por que não o PSDB seguiu por ambas as vias (criminal e política) ao mesmo tempo, já que os dois processos, se abertos, acabariam no Congresso;
- Por que o PSDB prefere culpar Rodrigo Janot pela eventual recusa da ação penal a Eduardo Cunha pela do impeachment;
- Por que o PSDB só funciona – e muito mal – à base de pressão.
Aloysio Nunes explica PSDB optar por ação penal, não impeachment
Quarta-feira: 27/5
Dia em que o Movimento Brasil Livre - MBL - que deixou São Paulo no dia 24 de abril na chamada Marcha Pela Liberdade e chegou a Brasília neste domingo, 24 de maio - protocola no Congresso Nacional o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, para atazanar petistas e tucanos.
A semana no Congresso:
No Senado, as medidas provisórias do ajuste fiscal tendem a sofrer mais mudanças, o que vai reduzir a economia prevista pelo governo.
Na Câmara, como mostrou o site de VEJA, deverá avançar a minirreforma política,
- que traz pontos divergentes aos defendidos pelo PT, como o sistema eleitoral no modelo distritão e
- a permissão de doações empresariais durante as campanhas eleitorais.
E a “agenda positiva” do PT?
Essa só vêm a partir de junho com o anúncio do Plano Safra, programa nacional de investimentos em infraestrutura, e a terceira fase do Minha Casa Minha Vida, que está atrasada graças à roubalheiras e à má gestão petistas. Novos planos de exportações e concessões também são aguardados pela cúpula do suposto partido, que quer acreditar no potencial de reduzir os danos à imagem do desgoverno de Dilma Rousseff.
Para o Brasil, como se sabe, “agenda positiva” é petista preso ou “impichado”.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário