Como um ladrão na noite: conheça a Lava Jato que chega no Corinthians
Por Claudio Tognolli | Claudio Tognolli – qua, 29 de jul de 2015
Vamos colocar alguns números: o estádio do Corinthians custou R$ 1.150 bilhão. O estádio do Palmeiras R$ 550 milhões.
Custo por assento: estádio do Corinthians R$ 23.958,33. Estádio do Palmeiras R$ 12.613,81.
Por quê tão mais barata a arena palmeirense? Porque era grana privada.
Por que o do Curingão custou o dobro?
Porque era a grana da viúva e porque tínhamos as mãos de Lula e Odebrecht no negócio.
Lembrem-se: a Caixa só financiou o Curingão a pedido pessoal de Lula.
Lembrem-se: havia uma tubulação da Petrobras sob a Arena Corinthians. Quem retirou os tubos, a pedido do Lula, foi a empresa Sacs, com intermediação do doleiro Alberto Yousseff. Este disse aos investigadores da Lava Jato que levou R$ 1,3 milhão para intermediar esse negócio
Para a construção do estádio, o Corinthians conseguiu um financiamento público de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) por meio de repasses da Caixa Econômica Federal. Tudo por lobby de Lula.
Vou te lembrar alguns dados.
Em 2011 o executivo Alexandrino Alencar, diretor da Odebrecht, acompanhou o ex-presidente Lula numa viagem à África., quando Lula foi designado representante oficial do Brasil numa missão à Guiné Equatorial e incluiu Alencar em sua comitiva.
Na era Lula, a Odebrecht foi a empresa que mais cresceu e assumiu operações importantes, como a base para o submarino nuclear, no Rio, uma usina do Rio Madeira, e também passou a construir plataformas de petróleo para a Petrobras.
Em fevereiro de 2013, 3 construtoras com histórico de doações para campanhas petistas e de execução de obras do governo federal custearam a viagem de seis dias do ex-presidente Lula para a África, encerradas a 9 de março daquele ano Durante a visita ao continente, o político fez duas palestras. A primeira foi paga em conjunto pela Odebrecht e pela Queiroz Galvão, além de uma empresa de seguros local. A segunda foi bancada pela construtora Andrade Gutierrez, que doou mais de R$ 2 milhões à campanha de reeleição do ex-presidente, em 2006, quando a Odebrecht injetou cerca de R$ 200 mil
Em abril de 2014 Andrés Sanchez, ex-presidente do Corinthians e responsável pelas obras do Itaquerão, feito pela Odebrecht, falou algo seminal ao canal ESPN. Sanchez disse que Lula agilizou pessoalmente junto a Odebrecht as burocracias envolvendo as obras. Lula também ajudou em algumas negociações, como no caso dos dutos da Petrobras, encontrados no solo de Itaquera, e que atrapalhariam as obras do Itaquerão, relatou Sanchez.
“O Lula foi importante, é óbvio que um presidente da República, conselheiro do Corinthians, amigo meu, em muitas coisas que eu demoraria um mês para ser atendido, eu fui atendido no dia seguinte. Os próprios dutos da Petrobras, eu fui duas vezes lá e não me atendiam. Eu disse ‘chefe’, e virou o que virou, é o que a gente estava falando. Então, um dia, essa história toda vai ser contada e eu espero que não esteja nem eu nem ele aqui para que se fale a dificuldade que há nesse pais para se fazer as coisas bem feita”, afirmou Andrés.
Segundo o ex-presidente do Corinthians, o estádio “se livrou de preços absurdos por causa de boas negociações”.
Entendeu por que logo mais a casa de Lula no Itaquerão vai cair?
Fonte: Claudio Tognolli
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