Veja o roteiro do impeachment, acertado pela oposição
“Nó tático” no governo de Dilma Rousseff
Por: Felipe Moura Brasil
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
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Felipe Moura Brasil é colunista de VEJA desde 2 de dezembro de 2013, quando estreou seu blog diário no site da revista: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil.
Fernando Rodrigues, do UOL, confirmou a retomada do roteiro de impeachment de Dilma Rousseff, de que falei aqui no início do mês.
O “nó tático” de Eduardo Cunha e da oposição contra o governo do PT foi acertado ontem (quinta, 20), após a denúncia contra o presidente da Câmara.
1) Para não parecer que está retaliando, Cunha arquivará todos os pedidos de impeachment;
2) Um deputado anti-Dilma apresentará um recurso contra o arquivamento;
3) O recurso será levado ao plenário;
4) Bastará maioria simples dos presentes para aprovar o recurso: 257 dos 513 deputados;
5) Com apenas 129 votos, portanto, terá início o processo de impeachment.
Detalhe: a oposição deseja que o recurso seja apresentado já na semana que vem, mas, antes, haverá uma reunião, que contará com parlamentares do PMDB e deverá resultar em declaração de união em torno da saída de Dilma.
Na avaliação dos técnicos da Câmara, 2 ou 3 pedidos de impeachment entre os já apresentados atendem a todos os requisitos técnicos, de modo que um deles será escolhido para ser debatido no plenário.
Quando o impeachment for de fato apreciado, serão necessários então 342 votos: dois terços dos votos dos 513 deputados para que Dilma seja impedida –afastada do cargo até que o Senado julgue o processo em definitivo.
Repito o que escrevi no início do mês, antes dos protestos de 16 de agosto:
“Para que o teatro de Eduardo ‘Não Fui Eu’ Cunha funcione, convém à população brasileira pressionar os deputados amarelões.
Se tudo correr bem, cada manifestante poderá gritar: ‘Fui eu!'”
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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