quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Diário do poder 27 DE AGOSTO DE 2015

27 DE AGOSTO DE 2015
Forte candidato a extinção na reforma ministerial da crise, o Ministério da Pesca e Aquicultura tem cadastrados quase 1,2 milhão de pescadores artesanais que já receberam mais de R$ 8,3 bilhões desde 2011. O curioso é que em 2003 eram 230 mil pescadores no Brasil, em 2009 o número já havia pulado para 730 mil, volume que quase dobrou nos últimos seis anos. Mas a produção da pesca tem tendência a cair.
A Transparência do governo mostra pescadores que receberam, em 2013, dinheiro relativo ao período do defeso observado em 1999.
Em 2013, o Brasil produziu 2 milhões de toneladas de peixe, com o crescimento da produção estagnado e dependente da aquicultura.
Alvo de fraudes constantes, o MPA chamou 24 mil beneficiários para recadastramento só no Maranhão, estado da família Sarney, do PMDB.
Nos extremos, há pescadores que receberam R$ 30 mil desde 2011 e outros tiveram que restituir mais de R$ 10 mil recebidos indevidamente.
PUBLICIDADE
Por ora, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pode respirar aliviado. Ao menos sete partidos declinam da ideia de oficializar o pedido de afastamento dele da Presidência da Câmara dos Deputados. A orientação é esperar o Supremo Tribunal Federal decidir se aceita ou não a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Lava Jato.
PSDB, DEM, SD e PSC estão fechados com Cunha. A oposição conta com o deputado para manter o “sangramento” do governo Dilma.
O PDT se reuniu nesta terça para deliberar sobre o assunto. Rachado, o partido ainda não deve formalizar apoio pelo afastamento.
Nem o PT vai oficializar nada antes de o STF se pronunciar. A ordem veio de Lula e foi repassada pelo presidente do partido, Rui Falcão.
O deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) afirma que o impeachment de Dilma retirou os restaurantes de Brasília da crise econômica. “Nunca os deputados e senadores se reuniram tanto para conspirar”, ironiza.
Na Comissão Mista de Orçamento, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA) arrancou risadas ao oferecer lenço para a presidente do colegiado, Rose de Freitas (PMDB-ES): “(Porque) a senhora chora demais”.
A presidente Dilma escolheu a dedo quem não iria anunciar o corte na Esplanada. O ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) pulou fora: ele já é detestado o bastante para ter que dar a (má) notícia aos aliados.
Cotado para ser demitido na reforma, o ministro Henrique Alves (Turismo) foi apelidado na Esplanada de “prefeito de Natal”: ele vive na capital potiguar distribuindo ações e benesses com ajuda do ministério.
John Pierson e John Lopes, diretores da Lockheed Martin, maior empresa de defesa e inovação do mundo, confirmaram investimentos no Brasil aos ministros Armando Monteiro (Desenvolvimento) e Jaques Wagner (Defesa), incluindo um centro de tecnologia em Pernambuco.
O PDT do Senado está rachado: Acir Gurgacz (PR), Telmário Mota (RR) e Zezé Perrella (MG) sempre votam com o Planalto. Reguffe (DF), Cristovam Buarque (DF) e Lasier Martins (RS) são contra o governo.
Contradizendo o vice-presidente Michel Temer, José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, diz que o peemedebista segue na articulação política. Na segunda-feira, Temer anunciou que não vai mais se meter nas negociações sobre as emendas parlamentares.
Quem sorri para as paredes é o ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil). Ele acha que o afastamento de Michel Temer da articulação política é uma vitória pessoal dele, cuja atuação boicotou todo o tempo.
...Dilma deveria ser inserida no cadastro de proteção ao crédito: ainda está devendo tudo que prometeu durante a campanha.
P

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022     IBGE passará a notificar condomínios e cogita recorrer a medidas judiciai...