sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Dilma teme Cunha porque ela “não tem gerência” sobre Janot. Ah não, é?

Dilma teme Cunha porque ela “não tem gerência” sobre Janot. Ah não, é?

Presidente da Câmara já ameaçou acelerar impeachment caso PGR peça seu afastamento


Por: Felipe Moura Brasil  
Dilma teme o que chama de “imprevisibilidade” nas ações de Eduardo Cunha, segundo a Folha.
Cunha, como mostrei aqui, já fez chegar ao Palácio do Planalto recados de que, caso Rodrigo Janot peça seu afastamento da presidência da Câmara, ele vai deferir o pedido de impeachment contra Dilma.
Diz o jornal:
“O governo acredita que a situação ‘está mais calma’, porém, ‘imprevisível’, até porque, argumenta Dilma, ela ‘não tem gerência’ sobre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.”
Ah não, é? Sei.
O procurador, segundo a Folha, reúne indícios para provar que Cunha utilizou o cargo para atrapalhar a Operação Lava Jato, que investiga o petrolão do qual ele teria sido beneficiário.
Caso consiga comprovar a tese de interferência nas investigações, a Procuradoria deve pedir o afastamento de Cunha do cargo.
“No Planalto, a ordem é monitorar os movimentos de Cunha e recorrer ao STF caso ele autorize a abertura de um processo de impeachment contra Dilma.”
Dilma, na verdade, quer é que Janot colabore tanto quanto Teori Zavascki, do STF, que poderá estender em 30 dias o prazo para Cunha apresentar sua defesa das acusações de corrupção e lavagem de dinheiro, o que só tornaria possível uma denúncia contra ele em 2016.
Quanto mais tempo todos ganharem, melhor para Dilma.
Os opositores que contavam com a denúncia contra Cunha ainda neste ano para tentar substituí-lo por alguém capaz de acelerar o impeachment agora teriam de contar apenas com o PGR.
Mas eles, certamente, “não tem gerência” sobre Rodrigo Janot.

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