Cancelamento da viagem de Dilma faz diplomata japonês ficar em saia-justa
Ficou um climão ontem num almoço em Brasília promovido pela Embaixada do Japão para jornalistas brasileiros, às vésperas da viagem de Dilma ao Oriente — cancelada bem enquanto acontecia o almoço, devido ao apagão geral do governo.
A ideia da embaixada ao organizar o convescote era colocar o encarregado de Negócios, Kazuhiro Fujimura, para fazer um resumo sobre como seria a agenda de Dilma. O embaixador Kunio Umeda já está em Tóquio há dias para organizar tudo.
O almoço começou bem. Fujimura discorria empolgado sobre a agenda de Dilma: começaria no dia 3, com Dilma sendo recebida pelo primeiro-ministro Shinzō Abenum suntuoso almoço. Depois, quase emocionado, o diplomata contou que, no dia seguinte, "Sua Majestade o imperador Akihito" receberia Dilma no Palácio Imperial. Uma honra sonhada por qualquer japonês.
Eis que, pouco antes de servir o tempura, Fujimura sacou o celular. Era uma mensagem avisando que Dilma havia cancelado tudo.
Considerando que, naquela hora, por volta das 13h, era madrugada no Japão e que o embaixador já estava em Tóquio para a viagem, foi provavelmente naquele instante que ele e seu país foram oficialmente avisados.
O diplomata levantou-se, despediu-se dos jornalistas e saiu do restaurante.
Coube ao adido de imprensa pagar a conta. E fingir que não começava ali um tremendo de um incidente diplomático.
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