quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Devassa no Instituto Lula

Devassa no Instituto Lula


A colaboração com a Lava Jato fez com que a Receita Federal decidisse fazer uma devassa no Instituto Lula, informa a Folha.
O Fisco vai verificar a origem dos recursos doados por empresas como Odebrecht e Camargo Côrrea, como o dinheiro foi gasto e se foi declarado nas duas pontas.
Recomendamos a Lula a leitura da biografia de Al Capone. Pode ser também o verbete na Wikipedia.

Dilma só tem medo da Lava Jato

Dilma só tem medo da Lava Jato


Dilma Rousseff está com pressa de votar o impeachment.
Nós sempre imaginamos que ela estivesse com pressa porque, no ano que vem, a economia vai piorar ainda mais.
Sabendo o que sabemos hoje, achamos que ela quer votar o impeachment antes que venham à tona todas as novas denúncias da Lava Jato.
Sobretudo as da Andrade Gutierrez.

Dilma Rousseff na Andrade Gutierrez

Dilma Rousseff na Andrade Gutierrez


Rodrigo Janot deu um presente de Natal a Dilma Rousseff.
E privou os brasileiros de outro presente.
Ele engavetou os depoimentos dos executivos da Andrade Gutierrez até o fim do recesso judiciário.
O Antagonista foi informado de que, nesses depoimentos, os executivos da Andrade Gutierrez delataram as pressões por dinheiro dos membros da campanha de Dilma Rousseff, em 2014.
Em particular, Edinho Silva e Giles Azevedo.
Ao engavetar esses depoimentos, Rodrigo Janot poupou Dilma Rousseff de denúncias que resultariam em seu impeachment imediato.
E lhe deu algum tempo para reagir.
A questão é: o que Rodrigo Janot pretende fazer com os depoimentos da Andrade Gutierrez?

Robin Hood às avessas

Robin Hood às avessas


A coluna Expresso informa que Cristiane Brasil, uma das sub-relatoras da CPI do BNDES, apresentará relatório acusando Lula de favorecer a Vale em Moçambique.
No documento, intitulado "Robin Hood às avessas", a filha de Roberto Jefferson diz que o ex-presidente "esteve envolvido na negociação que favorecia a empresa brasileira".
Lula "ajudou a empresa a conquistar a exploração da maior mina de carvão do mundo – a mina de Moatize, em 2012 – muito embora as autoridades moçambicanas tivessem expressado preocupação com a ‘inexperiência na exploração de carvão’ por parte da companhia brasileira".

Prisão de Bumlai evitou nova operação no BNDES

Prisão de Bumlai evitou nova operação no BNDES


A decisão do BNDES de pedir falência imediata da Usina São Fernando foi antecipadaaqui pelo Antagonista no início do mês. A Folha esqueceu de mencionar na reportagem de hoje que José Carlos Bumlai tentava aplicar um novo golpe no banco, mas acabou sendo preso.
Pois mesmo sem ter pago um centavo aos credores, o amigão de Lula apresentou ao BNDES novo plano de recuperação judicial que incluía uma cláusula matreira, pela qual devolveria ao grupo Bertin os 50% da usina adquiridos em 2011.
O Antagonista desconfia de que o BNDES aprovaria a operação sinistra, pois a decisão do banco de negar o pedido e decretar a falência imediata veio só três dias após a prisão do pecuarista.

Janot: Delcídio é "agente criminoso"

Janot: Delcídio é "agente criminoso"


Ao pedir a manutenção da prisão de Delcídio do Amaral na semana passada, Rodrigo Janot classificou o senador petista de "agente criminoso".
Segundo a Veja, ele disse: "Há de compreender que este tipo de agente criminoso, violando de forma grave as funções relevantíssimas que lhe foram confiadas pelo voto popular, não media esforços para atingir os fins ilícitos".
Para Janot, alguns petistas são mais agentes criminosos que outros.

BB adota a maquiagem nas contas

BB adota a maquiagem nas contas


Alexandre Abreu, amigo de Nelson Barbosa, é seguidor da escola petista da contabilidade criativa e irresponsável. Ignorando orientação do Banco Central, ele registrou como patrimônio líquido do Banco do Brasil uma dívida de R$ 8,1 bilhões com o Tesouro.
Como informa Claudio Humberto, é mais uma manobra para aumentar artificialmente a capacidade de conceder empréstimos.

Governo torra Fundo Soberano

Governo torra Fundo Soberano


Nelson Barbosa mandou retirar R$ 855 milhões do Fundo Soberano para compensar o rombo no caixa do Tesouro. O dinheiro saiu do chamado Fundo Fiscal de Investimento e Estabilização, composto basicamente por ações do Banco do Brasil.
Segundo o Valor, o Ministério da Fazenda justificou a operação devido à "necessidade de elevação das disponibilidades financeiras do Tesouro, em um contexto de contração econômica". O resgate, segundo o ministério, seria apenas de títulos públicos.
Desde que foi criado em 2007, o governo vem lançando mão do Fundo, cujo patrimônio estava em R$ 2,5 bilhões, antes deste último saque.

O STF é uma esculhambação revestida de trololó

O STF é uma esculhambação revestida de trololó


E então você se pergunta: quando Luís Roberto Barroso omitiu a parte do regimento que legitima a votação secreta para a comissão especial de impeachment, por que os outros ministros não levantaram o cartão vermelho?
Por desleixo e por bolivarianismo.
O STF se tornou uma esculhambação revestida de trololó.

Cunha sempre à frente

Cunha sempre à frente


Eduardo Cunha disse ao Globo que, para a abertura do processo de impeachment, não importa se o Congresso vai aceitar ou não o parecer de Acir Gurgacz pela aprovação das contas de Dilma Rousseff em 2014:
"Em primeiro lugar, afastei a possibilidade do ano de 2014, que é o caso que está se tratando no relatório do TCU. E sempre disse que a decisão do TCU não valeria para essa finalidade, porque o parecer do TCU é um parecer indicativo, que tem que ser referendado ou não pelo plenário do do Congresso. Então, nunca usei como argumentação que o TCU seria a base da aceitação. O que foi aceito trata-se única e exclusivamente da parte de 2015, embora falasse de 2014 e especificamente os decretos feitos em desacordo com a lei orçamentária."
Eduardo Cunha está sempre duas jogadas à frente.

O flagrante da malandragem de Barroso

O flagrante da malandragem de Barroso


O STF ultrapassou todos os limites ao anular o rito que estabeleceu a comissão especial de impeachment na Câmara. Um dos absurdos foi anular a votação secreta para a eleição dos seus integrantes.
A votação secreta de quaisquer comissões na Câmara está prevista no Regimento Interno da Casa, como não cansamos de repetir. Ao manifestar-se, Luís Roberto Barroso disse que o regimento não contemplava esse tipo de eleição. Teori Zavascki fez um aparte para afirmar que sim, perdeu-se na leitura e Barroso a continuou, omitindo a parte que legitimava a votação secreta que acabaria revogada inconstitucionalmente pelo Supremo, como se ela fosse uma decisão discricionária de Eduardo Cunha.
A malandragem de Barroso foi esmiuçada por um vídeo postado ontem, no Youtube, pelo Portal Vox.
Assistam, por favor:

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O ‘impeachment’ por culpa grave

O ‘impeachment’ por culpa grave

IVES GANDRA DA SILVA MARTINS*
22 Dezembro 2015 | 02h 55
Está em pleno andamento a discussão sobre o impeachment da presidente no Congresso Nacional, com o governo contratando juristas e liberando verbas para deputados que o apoiam. Creio que o governo objetiva, exclusivamente, manter-se no poder, pouco importando não ter credibilidade popular para qualquer iniciativa e ter gerado a pior crise econômica e política da história nacional. Por essa razão, volto a relembrar os fundamentos jurídicos de meu parecer de janeiro de 2015 sobre o impeachment.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ), em dois acórdãos (RE n.º 816.193-MG e AgRg no Agravo de Instrumento n.º 1.375.364-MG), decidiu que a culpa grave pode caracterizar improbidade administrativa. No primeiro, de relatoria do ministro Castro Meira, lê-se que: “Doutrina e jurisprudência pátrias afirmam que os tipos previstos no art. 10 e incisos (improbidade por lesão ao erário público) preveem a realização de ato de improbidade administrativa por ação ou omissão, dolosa ou culposa. Portanto, há previsão expressa da modalidade culposa no referido dispositivo”.
E, no segundo, de relatoria do ministro Humberto Martins, há a afirmação de que: “A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça reconhece que o ato de improbidade administrativa não exige a ocorrência de enriquecimento ilícito, sendo a forma culposa apta a configurá-lo”.
Desta forma, a culpa configura ato contra a probidade da administração (omissão, imperícia, imprudência ou negligência).
Apesar de, a cada dia que passa, ficar mais evidente que havia uma rede de corrupção monitorada pelos altos escalões do governo e por figuras do partido da presidente, quero apenas lembrar que o impeachment já poderia ter sido declarado apenas por culpa da primeira mandatária.
Basta analisar o artigo 85, inciso V, da Constituição (impeachment por atos contra a probidade da administração), além do artigos 37, § 6.º (responsabilidade do Estado por lesão ao cidadão e à sociedade) e § 5.º (imprescritibilidade das ações de ressarcimento que o Estado tem contra o agente público que gerou a lesão por culpa ou dolo, única hipótese em que não prescreve a responsabilidade do agente público pelo dano causado) para que essa conclusão se imponha.
Ora, o artigo 9.º, inciso III, da Lei n.º 1.079/50, com as modificações da Lei n.º 10.028/00, determina: “São crimes de responsabilidade contra a probidade de administração: (...) 3 – não tornar efetiva a responsabilidade de seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição”.
Se acrescentarmos os artigos 138, 139 e 142 da Lei das S/As, que impõem responsabilidade dos conselhos de administração na fiscalização da gestão de seus diretores, com amplitude absoluta deste poder fiscalizatório, percebe-se ter incorrido S. Exa. em crime administrativo por culpa.
Há, ainda, a considerar o § 4.º do artigo 37 da Constituição federal, que cuida da improbidade administrativa (os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda de função pública, a indisponibilidade de bens e o ressarcimento do Estado), e o artigo 11 da Lei n.º 8.429/92, que declara: “Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições” (grifo meu).
Ao interpretar o conjunto dos dispositivos citados, entendo que a culpa é a hipótese de improbidade administrativa a que se refere o artigo 85, inciso V, da Lei Suprema.
Ora, tal omissão da presidente Dilma Rousseff nos anos de gestão como presidente do conselho da Petrobrás e como presidente da República permitiu a destruição da Petrobrás, ao deixar de combater a corrupção ou concussão, durante oito anos, gerando desfalque de bilhões de reais, por dinheiro ilicitamente desviado e por operações administrativas desastrosas.
Como ela mesma declarou, que, se tivesse melhores informações, não teria aprovado o negócio de quase US$ 2 bilhões da Refinaria de Pasadena, à evidência, restou demonstrada ou omissão, ou imperícia, ou imprudência, ou negligência ao avaliar o milionário negócio. E a insistência, no seu primeiro mandato e início do segundo, em manter a mesma presidente da estatal caracteriza improbidade, por culpa continuada, de um mandato ao outro.
À luz deste raciocínio, entendo – independentemente das apurações dos desvios que estão sendo realizadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público (hipótese de dolo) – que há fundamentação jurídica para o pedido de impeachment (hipótese de culpa). E esta configura-se, também, nas pedaladas fiscais detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que levaram à rejeição das contas de 2014. Neste caso, a gravidade é maior, pois foi o governo alertado por técnicos do Tesouro Nacional da violação e dos riscos que o País correria, inclusive do rebaixamento do grau de investimento, sem nada ter feito, pois objetivou iludir o eleitorado em 2014.
Não deixo, todavia, de esclarecer que o julgamento do impeachment pelo Congresso Nacional é mais político que jurídico, lembrando o caso do presidente Collor, que, afastado da Presidência pelo Congresso, foi absolvido pela Suprema Corte.
O certo é que analistas brasileiros e estrangeiros, hoje, estão convencidos de que, se não houver o impeachment, o Brasil continuará afundando, como mensalmente os índices econômicos estão a sinalizar, numa pátria de 9 milhões de desempregados, da alta inflação, de PIB negativo, de juros estratosféricos, da falta de diálogo da presidente com empresários, trabalhadores, estudantes e políticos, sem perspectivas para 2016 e com a primeira mandatária com apenas 10% de credibilidade da população. O poço continua sem fundo, nesta queda livre.
* IVES GANDRA DA SILVA MARTINS É PROFESSOR EMÉRITO DAS UNIVERSIDADES MACKENZIE, UNIP, UNIFIEO E UNIFMU, DO CIEE/‘O ESTADO DE S. PAULO’, DA ECEME, DA ESG E DA ESCOLA DA MAGISTRATURA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL-1ª REGIÃO

"O poço continua sem fundo"

"O poço continua sem fundo"


Em janeiro, Ives Gandra da Silva Martins foi o primeiro jurista a formular um pedido de impeachment de Dilma Rousseff, suficientemente embasado apenas no que seria a omissão da petista em relação à destruição da Petrobras.
Hoje, ele assina um artigo no Estadão, elencando, além da Petrobras, os outros crimes de Dilma Rousseff mo Planalto.
Ao final, Ives Gandra resume o contexto que não cansamos de enfatizar:
"O certo é que analistas brasileiros e estrangeiros, hoje, estão convencidos de que, se não houver o impeachment, o Brasil continuará afundando, como mensalmente os índices econômicos estão a sinalizar, numa pátria de 9 milhões de desempregados, da alta inflação, de PIB negativo, de juros estratosféricos, da falta de diálogo da presidente com empresários, trabalhadores, estudantes e políticos, sem perspectivas para 2016 e com a primeira mandatária com apenas 10% de credibilidade da população. O poço continua sem fundo, nesta queda livre."

sábado, 19 de dezembro de 2015

STF quebra sigilo de Renan Calheiros

STF quebra sigilo de Renan Calheiros

Além de ser alvo de uma devassa bancária e fiscal, o presidente do Senado tem afilhados investigados por desvio de dinheiro público da Petrobras e do Postalis

THIAGO BRONZATTO E FILIPE COUTINHO
18/12/2015 - 23h02 - Atualizado 18/12/2015 23h29
Renan Calheiros  (Foto: Alan Marques/Folhapress)
O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, foi poupado do constrangimento de ser acordado por agentes da Polícia Federal batendo a sua porta na terça-feira, quando foi deflagrada aOperação Catilinárias. Mas duas operações diferentes, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Alagoas, chegaram perto de sua soleira, por investigar afilhados seus suspeitos de desviar dinheiro público. Um deles é Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária daPetrobras, que assinou contrato com empresas que fizeram doações para o PMDB alagoano – do qual Renan é dono. O outro é Fabrizio Neves, sócio da gestora de recursos Atlântica, acusado de fazer negócios irregulares que causaram prejuízos ao Postalis, o fundo de pensão dos Correios, feudo do PMDB do Senado. ÉPOCA descobriu mais um fato que perturba Renan: o Supremo Tribunal Federal autorizou, no último dia 9, a quebra de seu sigilo bancário e fiscal no período de 2010 e 2014.
As evidências contra Renan são cada vez mais consistentes e graves. Não por acaso, na semana passada, após o susto de terça-feira, ele se posicionou ao lado da presidente Dilma Rousseff. Para demonstrar apoio, Renan fez duras críticas ao vice-presidente, Michel Temer, que acaba de romper com Dilma. Apesar de Renan estar encurralado por denúncias, seu apoio é valioso para Dilma, especialmente agora que o Senado ganhou poderes para arquivar o processo deimpeachment. Em troca, Renan quer proteção.
petrolão é o escândalo que mais o assusta. Renan sustentou Sérgio Machado na Transpetro por 12 anos. De acordo com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, por meio de Machado, Renan recebia propina pelos contratos da Transpetro. Segundo despacho do ministro Teori Zavascki que autorizou a quebra do sigilo de Renan, obtido por ÉPOCA, um dos pagamentos veio do contrato de R$ 240 milhões para a construção de 20 comboios de barcaças. A licitação foi vencida em agosto de 2010 pelo consórcio Rio Maguari, formado pelo Estaleiro Rio Maguari, pela SS Administração e pela Estre Petróleo. Ao longo da concorrência, as empresas que viriam a vencer a disputa fizeram doações para a direção estadual do PMDB de Alagoas, cujo responsável é Renan. Em seguida, o diretório repassava o dinheiro para a campanha de Renan. “Constata-se que em 19 de julho de 2010 ocorreram duas transferências para a campanha de José Renan Vasconcelos Calheiros, ambas no valor de R$ 200 mil perfazendo-se o total de R$ 400 mil correspondentes aos valores depositados pelas empresas que fraudulentamente venceriam a licitação em comento”, diz o documento do ministro Teori.
Trechos da decisão do Supremo sobre a quebra de sigilo de Renan (Foto: Reprodução)
Um dia após a Catilinárias, estourou a Operação Positus, que investiga o Postalis, fundo de pensão dos Correios com deficit de R$ 5,5 bilhões. No centro dessa investigação está Fabrizio Neves. Conforme ÉPOCA revelou em maio de 2014, ele era ligado ao PMDB e aproveitava sua conexão política com Renan para desviar recursos do fundo de pensão para contas bancárias de empresas sediadas em paraísos fiscais De acordo com novos documentos
obtidos por ÉPOCA, foram realizadas ao menos cinco operações irregulares que geraram um prejuízo de R$ 61 milhões para o Postalis. Fabrizio colocou até a sogra na trapaça. Uma dessas transações foi feita por meio da empresa River Consulting, registrada nas Ilhas Virgens em nome de Mercedes Serruya Monteiro, que embolsou quase R$ 9 milhões, em valores atuais.
O esquema consistia em comprar no mercado papéis da dívida externa brasileira e revendê-los, em seguida, por um preço até 62% maior para o Postalis, segundo investigação da procuradora da República Karen Louise Kahn. Entre os que se deram bem também estão Adilson Florêncio da Costa, ex-diretor financeiro do Postalis, outro apaniguado de Renan, e Alexej Predtechensky, ex-presidente do fundo de pensão dos Correios ligado a Renan e ao senador Edison Lobão (PMDB-MA). Predtechensky, como revelou ÉPOCA, tinha até conta em paraíso fiscal para receber propina.
Procurado, o presidente do Senado, Renan Calheiros, diz que “suas relações com empresas públicas e privadas nunca ultrapassaram os limites institucionais” e que “já prestou as informações que lhe foram solicitadas e está à disposição para quaisquer novos esclarecimentos”. O senador ainda afirma que “jamais credenciou, autorizou ou consentiu que seu nome fosse utilizado por terceiros em quaisquer circunstâncias”. O Postalis disse, em nota, que está “à disposição das autoridades e tem todo o interesse de que os fatos investigados pela PF sejam esclarecidos com celeridade”. Fabrizio Neves está foragido e não foi localizado. Ele é procurado pela Interpol. Sérgio Machado diz por meio de sua assessoria de imprensa que foi indicado para a presidência da Transpetro pela direção nacional do PMDB e que sua permanência se deu em virtude dos bons resultados apresentados pela empresa. “Sobre a licitação, a equipe técnica do Tribunal de Contas da União atestou a lisura do procedimento licitatório e afirmou não haver ‘indícios de restrição ao caráter competitivo da licitação’”, diz.
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Lula atribui a Dirceu indicação de diretores para a Petrobrás

Lula atribui a Dirceu indicação de diretores para a Petrobrás

POR BEATRIZ BULLA E GUSTAVO AGUIAR
18/12/2015, 22h40
40
À Polícia Federal, ex-presidente afirmou que 'processo de escolha não contava com sua participação'
O ex-ministro José Dirceu, que está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ex-ministro José Dirceu está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ex-presidente Lula atribuiu a José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil do seu governo, responsabilidade pela indicação de diretores da Petrobrás. Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira, 16, Lula disse que “cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada”.

Documento

Dirceu chefiou a Casa Civil durante parte do primeiro mandato do petista, entre 2003 e 2005, quando estourou o escândalo do mensalão – Dirceu foi condenado a 7 anos e onze meses de prisão no mensalão e está preso desde 3 de agosto como alvo da Operação Lava Jato, que desmontou esquema de propinas na estatal petrolífera.
depoimentoluladirceu
Investigadores já suspeitavam que Dirceu havia indicado o engenheiro Renato Duque – preso da Lava Jato desde março – para a Diretoria de Serviços da estatal petrolífera. Mas Dirceu sempre negou. “Que o nome de Renato Duque foi levado à Casa Civil da Presidência da República, à época chefiada por José Dirceu”, disse Lula à PF.

O ex-presidente disse que “não sabe se foi o PT ou outro partido politico que indicou Renato Duque para assumir a Diretoria de Serviços”. Afirmou que “não conhecia Renato Duque e que não participou do processo de escolha do nome de Renato Duque”.
Sobre o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, que também foi preso na Lava Jato e já está condenado a 17 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente disse. “Que acha que Nestor Cerveró foi uma indicação politica do PMDB; que Nestor Cerveró era um funcionário de carreira da Petrobrás.”
Lula eximiu-se de qualquer responsabilidade na indicação dos diretores da Petrobrás. Ele afirmou que “o processo de escolha dos nomes dos diretores não contava com sua participação”.
“Que o declarante recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados; que este processo de acordos políticos era feito normalmente pela ministro da área, pelo coordenador politico do Governo e pelo partido interessado na nomeação; que teve vários coordenadores políticos ao longo de seus oito anos de mandato; que pode citar Tardo Genro, Jacques Wagner, Alexandre Padilha, Aldo Rebelo, etc; que não se recorda qual destes articuladores políticos tratou das nomeações de Renato Duque e também de Nestor Cerveró.”
Sobre outro ex-diretor que a Lava Jato pegou – Paulo Roberto Costa (Abastecimento) -, o ex-presidente disse que ‘seu nome foi apresentado pelo Partido Progressista’. “Como nos demais, o nome de Paulo Roberto Costa foi levado à Casa Civil para deliberação e posterior e posterior nomeação pelo declarante; que os nomes dos indicados pelos partidos não eram levados diretamente ao declarante; quecomo explicado, o processo de • escolha passava pela discussão com os diversos envolvidos no aspecto politico e não somente com o ministro-chefe da Casa Civil; que, ao final deste processo, o declarante concordava ou não com o nome apresentado, a partir dos critérios técnicos que credenciavam o indicado.”
A PF quis saber de Lula se ele conversou com o ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) sobre a indicação de Paulo Roberto Costa para assumir a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás – Janene é apontado como o mentor do esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás. O ex-presidente disse que ‘nunca conversou’ com Janene ‘a respeito de qualquer assunto’.
Lula também afirmou que nunca tratou com os deputados Pedro Henry e Pedro Corrêa sobre a indicação de Paulo Roberto Costa. “Nunca tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a indicação de algum nome para cargo da administração pública; que os nomes eram apresentados pelo Governo, ou seja, pelos articuladores políticos que levavam O nome à Casa Civil da Presidência.”
Lula disse que ‘nunca se sentiu pressionado pela Partido Progressista a fim de que Paulo Roberto Costa fosse nomeado diretor de Abastecimento da Petrobrás’. Ele declarou que o PMDB ‘nunca ofereceu apoio político ao Governo a fim de manter Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de Abastecimento, e se ofereceu tai apoio isto não chegou ao conhecimento do declarante’.
A PF indagou de Lula sobre quais diretores da Petrobrás foram indicados pela PT. “O declarante afirma que talvez Renato Duque tenha sido uma indicação do PT.”
Ele saiu em defesa do ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli. Neste caso disse que ‘foi uma indicação pessoal sua’. “Que indicou José Sérgio Gabrielli para  ser diretor financeiro da Petrobrás em razão do mesmo ser um economista altamente capacitado e por ser alguém de sua confiança; queda mesma forma, a indicação de José Sérgio Gabrielli para assumir a presidência da companhia foi uma escolha do declarante.”

POR BEATRIZ BULLA E GUSTAVO AGUIAR
18/12/2015, 22h40
40
À Polícia Federal, ex-presidente afirmou que 'processo de escolha não contava com sua participação'
O ex-ministro José Dirceu, que está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ex-ministro José Dirceu está preso preventivamente em Curitiba. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo
O ex-presidente Lula atribuiu a José Dirceu, ex-ministro chefe da Casa Civil do seu governo, responsabilidade pela indicação de diretores da Petrobrás. Em depoimento à Polícia Federal na quarta-feira, 16, Lula disse que “cabia à Casa Civil receber as indicações partidárias e escolher a pessoa que seria nomeada”.
Dirceu chefiou a Casa Civil durante parte do primeiro mandato do petista, entre 2003 e 2005, quando estourou o escândalo do mensalão – Dirceu foi condenado a 7 anos e onze meses de prisão no mensalão e está preso desde 3 de agosto como alvo da Operação Lava Jato, que desmontou esquema de propinas na estatal petrolífera.
depoimentoluladirceu
Investigadores já suspeitavam que Dirceu havia indicado o engenheiro Renato Duque – preso da Lava Jato desde março – para a Diretoria de Serviços da estatal petrolífera. Mas Dirceu sempre negou. “Que o nome de Renato Duque foi levado à Casa Civil da Presidência da República, à época chefiada por José Dirceu”, disse Lula à PF.
O ex-presidente disse que “não sabe se foi o PT ou outro partido politico que indicou Renato Duque para assumir a Diretoria de Serviços”. Afirmou que “não conhecia Renato Duque e que não participou do processo de escolha do nome de Renato Duque”.
Sobre o ex-diretor da Área Internacional da Petrobrás, Nestor Cerveró, que também foi preso na Lava Jato e já está condenado a 17 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, o ex-presidente disse. “Que acha que Nestor Cerveró foi uma indicação politica do PMDB; que Nestor Cerveró era um funcionário de carreira da Petrobrás.”
Lula eximiu-se de qualquer responsabilidade na indicação dos diretores da Petrobrás. Ele afirmou que “o processo de escolha dos nomes dos diretores não contava com sua participação”.
“Que o declarante recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados; que este processo de acordos políticos era feito normalmente pela ministro da área, pelo coordenador politico do Governo e pelo partido interessado na nomeação; que teve vários coordenadores políticos ao longo de seus oito anos de mandato; que pode citar Tardo Genro, Jacques Wagner, Alexandre Padilha, Aldo Rebelo, etc; que não se recorda qual destes articuladores políticos tratou das nomeações de Renato Duque e também de Nestor Cerveró.”
Sobre outro ex-diretor que a Lava Jato pegou – Paulo Roberto Costa (Abastecimento) -, o ex-presidente disse que ‘seu nome foi apresentado pelo Partido Progressista’. “Como nos demais, o nome de Paulo Roberto Costa foi levado à Casa Civil para deliberação e posterior e posterior nomeação pelo declarante; que os nomes dos indicados pelos partidos não eram levados diretamente ao declarante; quecomo explicado, o processo de • escolha passava pela discussão com os diversos envolvidos no aspecto politico e não somente com o ministro-chefe da Casa Civil; que, ao final deste processo, o declarante concordava ou não com o nome apresentado, a partir dos critérios técnicos que credenciavam o indicado.”
A PF quis saber de Lula se ele conversou com o ex-deputado José Janene (PP/PR, morto em 2010) sobre a indicação de Paulo Roberto Costa para assumir a Diretoria de Abastecimento da Petrobrás – Janene é apontado como o mentor do esquema de corrupção que se instalou na Petrobrás. O ex-presidente disse que ‘nunca conversou’ com Janene ‘a respeito de qualquer assunto’.
Lula também afirmou que nunca tratou com os deputados Pedro Henry e Pedro Corrêa sobre a indicação de Paulo Roberto Costa. “Nunca tratou com qualquer liderança de qualquer partido sobre a indicação de algum nome para cargo da administração pública; que os nomes eram apresentados pelo Governo, ou seja, pelos articuladores políticos que levavam O nome à Casa Civil da Presidência.”
Lula disse que ‘nunca se sentiu pressionado pela Partido Progressista a fim de que Paulo Roberto Costa fosse nomeado diretor de Abastecimento da Petrobrás’. Ele declarou que o PMDB ‘nunca ofereceu apoio político ao Governo a fim de manter Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de Abastecimento, e se ofereceu tai apoio isto não chegou ao conhecimento do declarante’.
A PF indagou de Lula sobre quais diretores da Petrobrás foram indicados pela PT. “O declarante afirma que talvez Renato Duque tenha sido uma indicação do PT.”
Ele saiu em defesa do ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli. Neste caso disse que ‘foi uma indicação pessoal sua’. “Que indicou José Sérgio Gabrielli para  ser diretor financeiro da Petrobrás em razão do mesmo ser um economista altamente capacitado e por ser alguém de sua confiança; queda mesma forma, a indicação de José Sérgio Gabrielli para assumir a presidência da companhia foi uma escolha do declarante.”

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022

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