PF vasculha a residência oficial do deputado Eduardo Cunha
Policiais também fizeram buscas na casa e no escritório dele no Rio de Janeiro. Deputado levantou suspeitas sobre motivo da ação.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é alvo de mais um inquérito da Polícia Federal. Desta vez, para saber se ele usa o cargo para atrapalhar investigações contra ele mesmo.
Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal cumpriu nesta terça-feira (14) mais de 50 mandados de busca e apreensão. Inclusive nos endereços do deputado.
O dia amanheceu e a Polícia Federal bateu à porta da residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, em Brasília. Já acordado, por volta das 6h, o próprio deputado abriu a porta.
As imagens do Globocop mostram a ação do COT, o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal. Os policiais passaram mais de cinco horas lá, em busca de documentos, computadores. Chamaram até um chaveiro para abrir um cofre.
No Congresso, a busca foi um pouco mais tarde. Policiais foram à Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. A chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, também foi alvo.
A Polícia esteve em endereços de Cunha no Rio, na casa dele Barra da Tijuca e no escritório do deputado no Centro da cidade.
As imagens do Globocop mostram a ação do COT, o Comando de Operações Táticas da Polícia Federal. Os policiais passaram mais de cinco horas lá, em busca de documentos, computadores. Chamaram até um chaveiro para abrir um cofre.
No Congresso, a busca foi um pouco mais tarde. Policiais foram à Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. A chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, também foi alvo.
A Polícia esteve em endereços de Cunha no Rio, na casa dele Barra da Tijuca e no escritório do deputado no Centro da cidade.
As buscas desta terça-feira (15) contra Eduardo Cunha estão em um novo inquérito, ainda em sigilo, o terceiro contra ele. Foi aberto para investigar se Cunha usa a condição de deputado e presidente da Câmara em benefício próprio para atrapalhar as investigações contra ele, dentro e fora da Câmara. Seria o chamado abuso ou desvio da atividade parlamentar. Investigadores suspeitam também que Cunha e aliados participaram de um esquema maior, que incluía a venda de medidas provisórias.
As ações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Cunha é investigado em outros dois inquéritos na Operação Lava Jato. A tarde, ele levantou suspeitas sobre o que motivou a operação.
As ações foram pedidas pela Procuradoria-Geral da República e autorizadas pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.
Cunha é investigado em outros dois inquéritos na Operação Lava Jato. A tarde, ele levantou suspeitas sobre o que motivou a operação.
“O dia de hoje, o dia do conselho, as vésperas da decisão do processo de impeachment, tem alguma coisa de estranha no ar, além da situação normal de investigação a qual eu não tenho nenhum problema. Volto a lhe dizer, qualquer problema com a operação de busca, pegar documento, verificar, não tenho absolutamente nada a reclamar. O que eu estranho é o contexto, o dia e os objetos, os objetivos”, disse o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara.
No total, a Polícia Federal cumpriu 53 mandados de busca e apreensão, em sete estados e noDistrito Federal. A maior parte no Rio e em São Paulo. Foram vasculhados casas, escritórios de advocacia, órgãos públicos e empresas ligadas aos parlamentares investigados.
A operação foi batizada de ‘Catilinárias’: uma série de discursos do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, que planejava derrubar o governo republicano. O objetivo dos agentes era coletar provas relacionadas a corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Aliados de Eduardo Cunha também foram alvo da operação desta terça-feira (15). Um deles: o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, do PMDB. A PF fez buscas em endereços dele em Duque de Caxias, no Rio.
Pansera, que é deputado, é um dos mais fiéis aliados de Cunha. Chegou a ser acusado pelo doleiro Alberto Youssef na CPI da Petrobras de ser um "pau mandado" de Cunha encarregado de fazer ameaça a ele e sua família. O deputado já negou as acusações.
Outro alvo das ações desta terça-feira (15) foi Fabio Cleto. Ele foi demitido pela presidente Dilma Rousseff da vice-presidência de Fundos de Governo e Loteria da Caixa na semana passada. Aliados de Cunha interpretaram a demissão como resultado da ligação de Cleto com Eduardo Cunha.
Aliados de Eduardo Cunha também foram alvo da operação desta terça-feira (15). Um deles: o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, do PMDB. A PF fez buscas em endereços dele em Duque de Caxias, no Rio.
Pansera, que é deputado, é um dos mais fiéis aliados de Cunha. Chegou a ser acusado pelo doleiro Alberto Youssef na CPI da Petrobras de ser um "pau mandado" de Cunha encarregado de fazer ameaça a ele e sua família. O deputado já negou as acusações.
Outro alvo das ações desta terça-feira (15) foi Fabio Cleto. Ele foi demitido pela presidente Dilma Rousseff da vice-presidência de Fundos de Governo e Loteria da Caixa na semana passada. Aliados de Cunha interpretaram a demissão como resultado da ligação de Cleto com Eduardo Cunha.
No Rio, houve busca e apreensão no endereço do ex-deputado e prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bournier, do PMDB. Mais um aliado do presidente da Câmara.
O funcionário de Eduardo Cunha, Altair Alves Pinto, também está na lista. Na casa de Cunha no Rio foi encontrado um táxi de Altair.
Como o Jornal Nacional revelou em outubro, o operador Fernando Soares, o Baiano, disse na delação que levou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão ao escritório de Cunha, no Rio, em outubro de 2011. Baiano disse que entregou o dinheiro a uma pessoa chamada Altair.
Baiano contou, ainda, que tinha um celular exclusivo para falar sobre valores ilícitos com Cunha. Nesta terça-feira (15), a polícia apreendeu um dos celulares do presidente da Câmara.
Como o Jornal Nacional revelou em outubro, o operador Fernando Soares, o Baiano, disse na delação que levou entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão ao escritório de Cunha, no Rio, em outubro de 2011. Baiano disse que entregou o dinheiro a uma pessoa chamada Altair.
Baiano contou, ainda, que tinha um celular exclusivo para falar sobre valores ilícitos com Cunha. Nesta terça-feira (15), a polícia apreendeu um dos celulares do presidente da Câmara.
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