terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Oposição vai ao STF para defender processo de impeachment na Câmara

Oposição vai ao STF para defender processo de impeachment na Câmara

Líder tucano, Carlos Sampaio, disse que não admite a tese de que caberia ao Senado decidir ou não pela continuidade do processo

BRASÍLIA - Uma comissão de líderes da oposição esteve nesta terça-feira, 15, no gabinete do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), para defender o trâmite do pedido impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara. O líder tucano, Carlos Sampaio, disse que não admite a tese de que caberia ao Senado decidir ou não pela continuidade do processo.
Carlos Sampaio, lider do PSDB na Câmara dos Deputados
Carlos Sampaio, lider do PSDB na Câmara dos Deputados
Também compareceram à reunião os deputados Pauderney Avelino (DEM-AM), Mendonça Filho (DEM-PE), Bruno Araújo (PSDB-PE), Paulinho da Força (SD-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR).
De acordo com Sampaio, o trâmite do processo é suficiente para garantir a legitimidade da decisão da Câmara sobre o pedido. “Nós temos uma comissão processante; temos um juízo de admissibilidade, com provas e defesa apresentada pela presidente; e depois, o processo é aprovado por 2/3 da Câmara. Para, ao final, essa decisão não valer nada e o presidente do senado simplesmente arquivar aquilo que foi aprovado? Isso não teria o menor sentido, a legislação seria incoerente se for aceito esse argumento”, defende Sampaio.
Bueno disse que a decisão do STF sobre o rito do impeachment não pode interferir no processo político. De acordo com o deputado, o ministro Fachin garantiu que irá distribuir ainda hoje aos colegas o teor do voto que será apresentado ao plenário amanhã.
A intenção do ministro é evitar um pedido de vista e, com isso, suspender o julgamento sobre o caso. Apenas o ministro Marco Aurélio Mello não teria aceitado receber o documento antes do julgamento.
Lava Jato. O deputado Paulinho da Força comentou a operação da Polícia Federal que cumpre 52 mandados de busca e apreensão no âmbito da Lava Jato, inclusive na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB - RJ). A operação ocorre na véspera do julgamento no STF que pode suspender o encaminhamento dado por Cunha ao processo.
De acordo com Paulinho, a operação desta terça foi "uma armação feita em Curitiba". "Estamos numa guerra, mas o impeachment (de Dilma) continua mais forte do que nunca"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022     IBGE passará a notificar condomínios e cogita recorrer a medidas judiciai...