Diogo Mainardi na ilha do desespero
O manual jacobino
“Aumento dramático de brancos, nulos e indecisos.”
A frase está estampada em meu WhatsApp. O autor é um amigo que consulta diariamente as tabelas dos pesquisadores. Eu queria saber qual havia sido o efeito dos arranjos partidários em torno dos candidatos presidenciais. A resposta foi aquela ali.
Um aumento dos votos brancos, nulos e indecisos pode indicar duas coisas: o eleitorado está migrando de um candidato para o outro ou ele simplesmente desistiu de votar.
A hipótese que mais me anima é a segunda, claro. O eleitorado deve se acomodar durante a campanha, escolhendo – com o nariz devidamente tapado – um idiota qualquer para o Palácio do Planalto.
Neste momento, porém, o sentimento predominante é de asco. E o asco pelos próprios governantes é o primeiro item do manual jacobino.
O Brasil está congelado na Nova República – aquela que foi erguida trinta anos atrás, depois do regime militar. Lula, Geraldo Alckmin, Jair Bolsonaro, Marina Silva, Ciro Gomes: todos eles representam um passado apodrecido que a sociedade quer enterrar.
O imobilismo gera desespero no eleitorado – um desespero exacerbado pela certeza de que nada vai mudar. Mas meu WhatsApp mostra que uma reviravolta está prestes a ocorrer.
O imobilismo gera desespero no eleitorado – um desespero exacerbado pela certeza de que nada vai mudar. Mas meu WhatsApp mostra que uma reviravolta está prestes a ocorrer.
Com um tantinho de sorte, ela será pacata.
Com um tantinho de azar, violenta.
O único fato seguro é que, independentemente do resultado eleitoral, aquele Brasil acabou.
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