Dívida pública cai 3,01% em abril, para R$ 2,79 trilhões, diz Tesouro
RACHEL GAMARSKI E EDUARDO RODRIGUES - O ESTADO DE S.PAULO
27 Maio 2016 | 11h 24 - Atualizado: 27 Maio 2016 | 11h 25
Queda no estoque ocorreu em função do grande vencimento de títulos públicos; estrangeiros aumentaram participação na dívida interna no mês passado
BRASÍLIA - O estoque da dívida pública federal brasileira, que inclui o endividamento interno e externo, caiu 3,01% em abril, para R$ 2,799 trilhões, divulgou nesta sexta-feira o Tesouro Nacional. Em março, o estoque estava em R$ 2,886 trilhões.
A correção de juros no estoque da dívida foi de R$ 21,69 bilhões no mês passado. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna caiu 3,03% e fechou o mês em R$ 2,670 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa ficou 2,7% menor, somando R$ 129,6 bilhões no mês passado.
O coordenador-geral de operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Leandro Secunho, avaliou que o resgate líquido de R$ 108,60 bilhões em abril já era “amplamente” esperado, devido ao grande vencimento de papéis programado para o primeiro dia do mês. Em abril, as emissões de títulos somaram R$ 52,72 bilhões, enquanto os resgates chegaram a R$ 161,33 bilhões.
Essa foi a principal razão para o primeiro recuo do estoque da dívida pública desde janeiro. “A queda no estoque ocorreu em função do grande vencimento de LTNs no primeiro dia de abril”, comentou.
Já a redução de 2,70% no estoque dívida pública externa ocorreu devido à variação do real em relação a outras moedas. “Não houve uma movimentação significativa de títulos da dívida externa em abril”, afirmou.
Com a queda da dívida em abril, o estoque ficou ainda mais distante do intervalo previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2016, que vai de R$ 3,1 trilhões a R$ 3,3 trilhões. “Temos emissões programadas para os próximos meses. E com expectativa de novas apropriações de juros, esperamos encerrar o exercício no intervalo”, acrescentou Secunho.
Estrangeiros. Os estrangeiros aumentaram a aquisição de títulos do Tesouro Nacional em abril. A participação dos investidores não-residentes no Brasil no estoque da dívida interna subiu de 16,73% em março para 17,39% em abril, somando R$ 464,29 bilhões. Em março, o estoque nas mãos de estrangeiros estava em R$ 460,73 bilhões.
A parcela das instituições financeiras no estoque teve queda de 24,28% em março para 21,86% em abril. Os Fundos de Investimentos reduziram a fatia de 20,96% para 20,87%. Já as seguradores tiveram crescimento na participação de 4,55% para 4,71%.
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