Aloysio Nunes será o novo líder do governo no Senado
ISABELA BONFIM, CARLA ARAÚJO E JULIA LINDNER - O ESTADO DE S.PAULO
31 Maio 2016 | 10h 46 - Atualizado: 31 Maio 2016 | 11h 33
Senador tucano ainda não confirmou a informação, mas o ministro de Governo, Geddel Vieira Lima, anunciou decisão de Temer
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BRASÍLIA - O tucano Aloysio Nunes (PSDB-SP) será o novo líder do governo Temer no Senado. A informação foi confirmada pelo ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, nesta terça-feira, 31. Aloysio foi candidato à vice-presidente na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG) em 2014 e é citado no âmbito das investigações da Operação Lava Jato.
Aloysio terá uma reunião no Palácio do Planalto para que o convite seja formalizado, mas o senador negou a informação. De manhã, o presidente em exercício Michel Temer ligou para o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), para comunicar sua escolha.
Investigação. Em fevereiro, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), anexou novos fatos sobre o senador Aloysio e o ex-ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em um inquérito mantido até hoje sob sigilo na Corte. O inquérito de Aloysio não faz parte da Operação Lava Jato, mas tanto ele quanto o ex-ministro são investigados por supostos crimes eleitorais com base na delação do dono da UTC, Ricardo Pessoa, obtida no âmbito da Lava Jato.
Ao incluir as informações no inquérito de Mercadante e Aloysio, Mello atendeu um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). "O pagamento de vantagens pecuniárias indevidas a Aloysio Nunes Ferreira e Aloizio Mercadante pelo grupo empresarial UTC, em valores em espécie e inclusive sob o disfarce de doação eleitoral 'oficial' pode configurar os crimes de corrupção passiva ou de falsidade ideológica eleitoral e de lavagem de dinheiro", escreveu a vice-procuradora-geral da República, Ela Wiecko, ao STF em novembro.
Diferentemente de outros tucanos, na tarde dessa segunda-feira, 30, Aloysio evitou comentar os diálogos entre o ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira, que foi flagrado em uma situação em que dava conselhos a investigados na Lava Jato. Aloysio minimizou a questão e disse que não é possível parar a Lava Jato. Horas depois, o ministro se demitiu.
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