sábado, 28 de maio de 2016

Diogo Mainardi, de "O Antagonista"

Diogo Mainardi Diogo Mainardi
Diogo Mainardi
Diogo Mainardi tornou-se um nome conhecido no Brasil nos últimos anos principalmente devido à divulgação de sua coluna semanal na revista Veja, onde tece críticas à sociedade brasileira e às tendências políticas em geral. É um crítico constante dos governos de esquerda, em particular os de Luiz Inácio Lula da Silva, sobre quem escreveu o livro Lula é minha anta, que reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão, publicadas pelo autor em Veja.
Diogo Briso Mainardi nasceu em São Paulo (SP) em 22 de setembro de 1962. É escritor, produtor, roteirista de cinema e colunista. Viveu mais de 14 anos em Veneza, na Itália. Casou-se com uma italiana, com quem hoje tem dois filhos. Depois, por causa do problema de saúde de um dos filhos, que sofre de paralisia cerebral, mudou-se para o Rio de Janeiro. Atualmente (2011) prepara-se para novamente morar em Veneza.
Antes de viver na Itália, ingressou na London School of Economics (em 1980, em Londres), mas só concluiu o primeiro ano. Segundo ele próprio, abandonou os estudos universitários para ler os livros (principalmente Graham Greene) que Ivan Lessa lhe emprestava.
Em 1982 começou a trabalhar, no Brasil, com o pai, Enio Mainardi, dono da Proeme, agência de propaganda e publicidade fundada nos anos 1970.
Como colunista de Veja, morando em Veneza, tornou-se um forte crítico do Brasil. Em seu espaço na revista, tece comentários polêmicos, a maior parte das vezes dirigidos à classe política em geral: "Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos".
No início, em 1999, seus temas principais eram de literatura e arte. Passou três anos escrevendo sobre cultura. Em 2002 abandonou o tema e passou a tratar de política e economia.
No rádio, participou da cobertura da Copa do Mundo 2010, na África do Sul, fazendo comentários na Rede Jovem Pan.
Integra a equipe de apresentadores do programa dominical Manhattan Connection, transmitido pela Globo News.
Como roteirista, escreveu para o cinema 16060 (1995) e Mater Dei (2000), filmados por seu irmão, o cineasta Vinícius Mainardi.
Publicou os livros Malthus (1989), Arquipélago (1992), Polígono das secas (1995), Contra o Brasil (1998) e A Ilusão de significado(2000), A tapas e pontapés (2004),  Lula é minha anta (2007) e A queda: as memórias de um pai em 424 passos (2012). PorMalthus, ganhou o Prêmio Jabuti de 1990. Também traduziu obras como Le Città Invisibili (As cidades invisíveis), de Ítalo Calvino;Como faço o que faço e Talvez inclusive o porquê, de Gore Vidal; e Um punhado de pó, de Evelyn Waugh.

Diogo Mainardi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Diogo Mainardi
Nascimento22 de setembro de 1962 (53 anos)
São Paulo
NacionalidadeBrasil brasileiro
OcupaçãoEscritor, produtor, roteirista
Outros prêmios
Prémio Jabuti 1990
Diogo Briso Mainardi (São Paulo22 de setembro de 1962) é um escritor, produtor, roteirista de cinema e colunista brasileiro. Nos últimos anos, tornou-se um nome conhecido no Brasil, principalmente devido à sua coluna semanal na revista Veja, onde tece críticas à sociedade brasileira e às tendências políticas em geral. É um crítico constante de governos populistas como o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sobre quem escreveu o livro Lula É minha Anta, que reúne uma coletânea de crônicas sobre o escândalo do mensalão publicadas pelo autor em Veja.[1] É irmão do cineasta Vinícius Mainardi.

Biografia

Filho do publicitário Enio Mainardi, seus pais moravam num kibutz em Israel e retornaram ao Brasil pouco antes do nascimento de Diogo. Diogo viveu mais de catorze anos em Veneza, na Itália. Depois, mudou-se para o Rio de Janeiro, mas voltou a morar na Itália.
Antes de morar em Veneza, ingressou na London School of Economics, mas só concluiu o primeiro ano[2] . Em 1980, na cidade de Londres, na Inglaterra, conhece Ivan Lessa, a quem considera, ao lado de Paulo Francis, seu mentor.[3] Segundo o próprio Mainardi, ele abandonou os estudos universitários para poder ler os livros que Ivan Lessa lhe emprestava.[2] [3]
Mudou-se então para a Itália, onde se casou com uma italiana, com quem hoje tem dois filhos. O primeiro, devido a um erro médico no parto, sofre de paralisia cerebral[4] , o que obrigou Mainardi a voltar a morar no Brasil, na cidade de Rio de Janeiro.
Ainda em Veneza, ao trabalhar como colunista de Veja, tornou-se um forte crítico do governo do partido dos trabalhadores, em especial, do agora ex-presidente Lula. Em sua coluna na revista, Mainardi tece comentários polêmicos, na maior parte das vezes dirigidos à classe política em geral: "Brasil não tem partido de direita, de esquerda, de nada, tem um bando de salafrários que se reúnem pra roubar juntos."[5]
Diogo Mainardi foi citado em um telegrama diplomático americano vazado pelo WikiLeaks e intitulado "10RIODEJANEIRO32", que menciona um "almoço reservado" no dia 2 de fevereiro de 2010, onde ele teria se encontrado com o cônsul norte-americano do Rio de Janeiro. Segundo o documento, na ocasião Diogo disse que sua coluna propondo Marina Silva como a candidata ideal a vice na chapa de José Serra nas eleições presidenciais daquele ano foi baseada em um almoço entre ele e o então pré-candidato à presidência, que teria dito que Marina era sua "companheira de chapa dos sonhos".[6] [7]

Trabalho]

A coluna em Veja

No início de sua coluna semanal em Veja, em 1999, os temas principais de Mainardi eram Literatura e Arte. Passou três anos escrevendo sobre cultura. Em 2002 abandonou o tema e passou a tratar de política e economia.
O texto simbólico indicativo dessa mudança é "A cultura me deprime"[8] , um resumo de suas impressões sobre a cultura: "As páginas de cultura não forneceram um único assunto que valesse dez minutos de conversa despretensiosa, numa mesa de restaurante. O ambiente cultural se acostumou à ideia de que não tem nada de relevante para acrescentar à realidade. Esse papel passou a ser cumprido sobretudo pelos economistas, que cultivam o gosto pela polêmica e pelo paradoxo, gerando as melhores discussões na sociedade. Quanto à cultura, tornou-se um blefe."
Mainardi afirma ser ateu. Faz críticas frequentes à religião e ao misticismo em geral, apresentando-se sempre como cético.

Programa de TV]

Mainardi integra, em 2004, a equipe de apresentadores do programa dominical Manhattan Connection, transmitido pelo canal de TV por assinatura Globo News(anteriormente pelo GNT).

Roteiros para o cinema

Como roteirista, escreveu 16060 (1995) e Mater Dei (2000), filmados por seu irmão, o cineasta Vinícius Mainardi. Segundo Mainardi, seu filme não usou verba pública:Mater Dei foi custeado pelos próprios irmãos Mainardi e pelo empresário brasileiro João Paulo Diniz.[9] Os protagonistas do filme são Carolina FerrazDan Stulbach e  Gabriel Braga Nunes.

Obra bibliográfica

  • Malthus (1989), pelo qual ganhou o Prêmio Jabuti em 1990.[10] ;
  • Arquipélago (1992);
  • Polígono das Secas (1995), onde questiona os mitos sertanejos e a literatura brasileira neles baseada.
  • Contra o Brasil (1998), que traz como protagonista Pimenta Bueno, um anti-herói que percorre o livro de ponta a ponta repetindo frases de figuras históricas reais que proferiram as mais diversas imprecações contra o Brasil.
  • A Tapas e Pontapés (2004);
  • Lula É minha Anta (2007);
  • A Queda (2012). Nesse livro ele conta a história de seu filho Tito, que sofre de paralisia cerebral devido a um erro médico durante o parto.

Rádio

Mainardi participou da Cobertura da Copa do Mundo 2010, na África do Sul, fazendo comentários na Rede Jovem Pan.[11]

Internet

Desde 1º de janeiro de 2015 Mainardi se dedica a um site informativo e opinativo sobre política e economia chamado O Antagonista, fundado por ele e Mario Sabino.[12]

Estilo

Em seus textos, Mainardi tenta se utilizar da lógica elementar para unir temas aparentemente díspares a fim de enriquecer a narrativa e explicitar seus argumentos. Como, por exemplo, em "Corra, Diogo, corra!",[13] em que Mainardi combina o cantor Caetano Veloso, a bomba nuclear iraniana e o renascentista Ticiano com análises técnicas de investimentos na bolsa de valores para concluir, inesperadamente: "Se o investimento der certo, nunca mais farei um artigo. Se der errado, terei de me transformar num colunista baiano."
Mainardi é ciente da parcela de artificialidade do procedimento. Tanto que, já pelos idos de agosto de 2000, escreveu "A ilusão de significado"[14] , texto em que se utiliza escancaradamente do expediente. Logo no primeiro parágrafo, elenca os temas da crônica, aparentemente sem qualquer relação aparente: "Nem sei por onde começar: Edgar Allan Poe, hambúrgueres de frango, Mobutu, o sequestrador filipino ou embriões humanos. Talvez seja melhor começar com o senador Joseph Lieberman, candidato à vice-presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata." E, após discorrer sobre todos eles, explicitando as imprevistas relações ocultas, conclui, mas não sem a devida ironia: "O tempo todo somos bombardeados por notícias. Com um pouco de sorte, elas acabam estabelecendo conexões em nossa cabeça, o que gera uma ilusão de significado, como aconteceu comigo nesta semana. Por falta de espaço, só não consegui falar sobre o sequestrador filipino, mas juro que tinha a ver com Poe."
Voltaire e Jonathan Swift são autores recorrentes em sua obra. Sobre o segundo, já disse: "Não sei, não, mas, se me perguntassem, eu diria que é o maior escritor de todos os tempos. (…) representa o elo perdido da literatura. O caminho que esta poderia ter tomado e não tomou."[15] E, sobre o primeiro, não foi menos exaltado no título de seu texto de 1995: "Furacão libertário"[16] .
Ao descrever estes autores, Mainardi costuma ressaltar as qualidades que refletem características de seu próprio estilo. Sobre Voltaire: "A sua ironia mordaz não se reduz a inofensivas tiradas de efeito ou jogos de palavras. É muito mais cruel, (…) a destruição lógica dos mitos através da leitura atenta dos próprios mitos."[16] Sobre Swift: "O estilo paródico (…), a lógica alucinada (…), não interessa profundidade psicológica, ambiguidade de caráter e questionamento da alma humana. (…) nos considera muito mais rudimentares (…), previsíveis."[15]

Críticas

Diogo Mainardi foi citado pelo vice-presidente do PTAlberto Cantalice, como um dos "pitbulls da grande mídia". De acordo com Cantalice, as pregações desses pitbulls nos veículos de comunicação conservadores estimulam setores reacionários e exclusivistas da sociedade brasileira a maldizer os pobres e sua presença cada vez maior nos aeroportos, nos shoppings e nos restaurantes.[17]
Tal declaração foi recebida com insatisfação pelas personalidades citadas e Cantalice inclusive foi ameaçado de processo judicial por um colunista da revista Veja que classificou a crítica de Cantalice como uma suposta "lista negra".[18] A entidade Repórteres sem Fronteiras expressou sua inquietação pelas graves acusações dirigidas contra os jornalistas provenientes de um alto cargo do PT, afirmando que não ignora o contexto polarizado da mídia, que pode exagerar o descontentamento geral. No entanto, uma representante da organização afirmou que as dificuldades sentidas pelo PT "não justificam o recurso à propaganda de Estado.",[19] muito embora nenhuma instituição estatal tenha relação com a publicação do artigo.
Por outro lado, o Observatório da Imprensa publicou texto onde sustenta que todas as acusações feitas por Cantalice aos "gurus do conservadorismo midiático" são absolutamente verdadeiras, e que as personalidades citadas "posam de defensores da liberdade de expressão, mas acham ruim quando são criticados. Transformaram uma crítica política numa fictícia “lista negra”. Vestem a carapuça da vitimização, quando na verdade eles são os verdadeiros algozes".[20]
Alberto Cantalice defendeu-se afirmando que seu texto foi uma crítica, e que jamais defendeu qualquer espécie de censura. Segundo o vice-presidente do PT, as personalidades citadas não admitem receber críticas da mesma intensidade que eles costumam criticar todos os demais "se julgam intocáveis, acham que são o quarto poder, que têm o direito de achincalhar, de difamar e querem que todos abaixem a cabeça (...) Se dependesse dessa turma não haveria a internet, mas apenas as opiniões de seus patrões que eles vocalizam no rádio, na televisão e nos jornais impressos"; Cantalice também afirmou que um exemplo disso é o que está acontecendo com ele desde que a polêmica começou; "já fui chamado de Goebbels, eu é que deveria processá-los!".[21]
Além de Diogo Mainardi, outros nomes citados por Cantalice como "pitbulls" foram: Arnaldo JaborDemétrio MagnoliGuilherme FiuzaReinaldo AzevedoAugusto NunesLobão e os humoristas Danilo Gentili e Marcelo Madureira.

Ver também


Diogo Mainardi + Mario Sabino,
os antagonistas

— O ex-redator-chefe da Veja Mario Sabino e o ex-colunista da Veja Diogo Mainardi se juntam para fazer O Antagonista... Que tal?
— Em matéria de ex, só falta a Ivana Trump.
— Será que nossos leitores sabem quem é a Ivana Trump?
— Duvido.
— Dois fantasmas do jornalismo impresso tentam assombrar o jornalismo online... É melhor assim?
— Parece a trama de um desenho do Scooby Doo.
— Será que nossos leitores sabem quem é o Scooby Doo?
— Todo o mundo conhece o Scooby Doo.
— O antagonista é aquele que amola o protagonista. Nosso jornal pretende amolar os protagonistas da política, da economia, da cultura... É mais ou menos isso, não é?
— O antagonista, nas melhores histórias, tenta eliminar o protagonista. Prefiro eliminar a amolar.
— Acho que seremos eliminados antes. Não seria melhor só amolar? Quem vai patrocinar gente como nós?
— Você só pensa em dinheiro. Vamos fazer o jornal, depois arrumamos patrocinadores. O Antagonista nasceu porque tivemos uma pequena ideia.
— Uma média ideia.
— A internet tem tudo, mas precisa de um bom editor capaz de pautar, cortar, expurgar e copidescar. Concordo: é mais do que uma pequena ideia, é um caminho.
— Assim fico sentimental como um ex-tupamaro: “Caminante, no hay camino; se hace camino al andar”...
— Tupamaro? Somos de direita.
— Somos? Tinha esquecido, não podemos frustrar nossos leitores.
— Ao lado de cada matéria, sempre entrarão as melhores sacadas de quem nos acompanha.
— Nada de deixá-los só lá atrás, nas caixas de comentários.
— Lá atrás e lá embaixo.
— Vamos colocá-los em igualdade com jornalistas famosos cujas opiniões também entrarão na mesma área.
— Se a gente gostar do que esses jornalistas disseram a respeito do assunto.
— Mas, se não gostarmos, poderemos comentar a opinião do sujeito.
— Temos o direito constitucional...
— ...de escarnecer, ...
— ...de ridicularizar,...
— ...de esclarecer,...
— ... de cultivar inimigos...
— ...e influenciar pessoas.
— E se não der certo essa história de por comentários lá na frente?
— Cancelamos. O site é nosso, ora bolas.
— O Antagonista é um conceito novo na internet.
— Boa frase para propaganda.
— Você não entende nada de propaganda: é uma frase surrada.
— Mas faz sentido.
— E quem disse que boa propaganda requer sentido?
— Me perdi: quem está falando agora, o Diogo Mainardi ou o Mario Sabino?
— Tínhamos combinado que isso não importaria. Não assinaremos as matérias, dividiremos a responsabilidade. O protagonista é O Antagonista.
— Quase ia esquecendo: vamos fazer reportagens investigativas.
— Várias.
— Muitas.
— Então dividiremos também os processos. Político, especialmente, odeia reportagem investigativa.
— Será que teremos como pagar as indenizações, se formos condenados?
— Você só pensa em dinheiro.

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