Veja como funciona a tornozeleira eletrônica usada por condenados
Dispositivo que tem sido visto como uma forma de reduzir a lotação nas penitenciárias. Alguns presos da Operação Lava Jato, por exemplo, já usam o equipamento em prisão domiciliar.
O Ministério da Justiça e o Conselho Nacional de Justiça fizeram uma parceria para a compra de tornozeleiras eletrônicas. É um dispositivo que tem sido visto como uma forma de reduzir a lotação nas penitenciárias. Alguns presos da Operação Lava Jato, por exemplo, já usam o equipamento em prisão domiciliar.
Ela é um pouco mais grossa do que um celular e tem quase o mesmo peso: 128 gramas. Coberta pela calça, a tornozeleira nem chama a atenção, mas tem o poder de seguir cada passo do preso.
A tecnologia inclui um GPS para determinar a localização por satélite e um modem para transmissão de dados por sinal de celular. Todas as informações são passadas, em tempo real, para uma central de monitoramento que pode estar em qualquer lugar.
Uma delas fica em São Paulo e monitora presos de cinco estados. Alguns não podem sair de casa, estão em prisão domiciliar. Outros são proibidos de entrar em uma área definida. Por exemplo, um agressor que não pode mais se aproximar da vítima.
O monitoramento também controla o preso que trabalha, mas tem que estar em casa a partir de uma hora determinada pelo juiz. Qualquer violação gera um alarme.
O vídeo mostra um alerta real. Um preso que mora em Maceió ficou dando voltas na rua, parou em uma esquina e se atrasou para chegar em casa. É o que eles chamam de área de inclusão.
"Seu Robson, houve uma violação na área de inclusão. O senhor pode me dizer o motivo?", questiona um operador da central de monitoramento.
A explicação dele foi que errou o caminho de casa. "O senhor tem que voltar imediatamente a sua residência", avisa o operador.
A secretaria de segurança do estado também é avisada e, dependendo do tipo de violação, o condenado pode voltar para a cadeia.
Se o preso tentar sair e deixar a tornozeleira em casa, para enganar o sistema, ele não vai conseguir. Primeiro porque a cinta aqui é muito resistente. E mesmo que ele consiga cortar, dentro passa uma fibra ótica que emite um sinal o tempo todo. Se ele for interrompido, um alarme dispara na central de monitoramento.
Os sensores funcionam mesmo nos lugares que não têm sinal de celular.
"Na hora que ele sai para uma área que tenha cobertura de sinal de celular automaticamente é transmitida toda aquela informação pra central de monitoramento. O rastro dele, todo ele é capturado”, afirma Marcelo Almeida, diretor de operações.
Fonte: Jornal Nacional veja vídeo
Nenhum comentário:
Postar um comentário