quarta-feira, 29 de julho de 2015

Operação Lava Jato tem 5 novos delatores, segundo MP

Operação Lava Jato tem 5 novos delatores, segundo MP
Nomes desses cinco colaboradores ainda são mantidos em sigilo pelos procuradores
29/07/2015 às 15:35 - Atualizado em 29/07/2015 às 16:21

Sede da Polícia Federal em Curitiba (PR)
Sede da Polícia Federal em Curitiba (PR)(Vagner Rosário/VEJA)

A Operação Lava Jato tem cinco novos delatores, segundo a força-tarefa do Ministério Público Federal, no Paraná, base das investigações sobre corrupção e propinas na Petrobras que agora avança para a Eletronuclear.
Os nomes desses cinco colaboradores ainda são mantidos em sigilo pelos procuradores da Lava Jato. "As defesas atacam as delações, dizem que trazem fatos inverídicos. Mas, aos poucos, elas vão confirmando o esquema e uma se encaixando na outra", afirmou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato.
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Até esta etapa da investigação, a Lava Jato - em seu 16º capítulo - contabiliza 22 delatores que firmaram acordo com a Procuradoria no Paraná.
·        Os nomes de dezessete deles são conhecidos:
·        o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e seus familiares (a mulher Marici da Silva Azevedo Costa, as filhas Shanni Azevedo Costa Bachmann e Arianna Azevedo Costa Bachmann e os genros Humberto Sampaio de Mesquita e Marcio Lewkowicz),
·        o ex-gerente da estatal Pedro Barusco,
·        o doleiro Alberto Youssef e seu ajudante Rafael Ângulo Lopez,
·        os empreiteiros que faziam parte da cúpula da Camargo Corrêa, Dalton Avancini e Eduardo Leite,
·        os lobistas Julio Camargo e Shinko Nakandakari,
·        e os empresários Augusto Ribeiro, Luccas Pace Junior e João Procópio.
·        O delator mais recente é o lobista Milton Pascowitch.
·        Em seus depoimentos, ele(Milton) cravou que o ex-ministro da Casa Civil (Governo Lula) José Dirceu recebeu propinas do esquema na Petrobras por meio de consultorias fictícias. Dirceu, por sua assessoria de imprensa, nega categoricamente recebimentos ilícitos.
·        Outros delatores, como o empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, assinaram pacto diretamente com a Procuradoria-Geral da República, perante o Supremo Tribunal Federal.
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Antes alvo de hostilidades de dez entre dez advogados de prestígio e tradição, o instituto da delação premiada praticamente tornou-se a regra no escândalo que abalou a gigante estatal e que mira em outras empresas públicas. Alguns dos principais nomes da advocacia brasileira aderiram a esse expediente para garantir a liberdade de volta a seus clientes - pela via normal do direito processual, mergulhado em petições, habeas corpus e outros recursos, a vida está bastante difícil para os clientes, que não têm perspectiva de tão cedo sair da Custódia da Polícia Federal e no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, por onde já passaram os maiores empreiteiros do país.

Paulo Roberto Costa foi o primeiro delator da Lava Jato. Desde que escancarou o esquema de corrupção e propinas na estatal, ele prestou 118 depoimentos. Suas declarações apontaram nomes de deputados, senadores e governadores que teriam recebido porcentual de propinas pagas por empreiteiras.

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