A prova que faltava: livro recomendado pelo MEC ensina "gênero" nas escolas
O livro Sociologia em movimento insiste na tese marxista de que a culpa para as discriminações está na família e na Igreja
Certa vez, quando questionado a respeito da popularidade dos jornais, o escritor inglês G. K. Chesterton explicou que aquele sucesso se devia à ficção promovida por eles. "A vida é um mundo, e a vida vista nos jornais é outro", declarou.
A cobertura da imprensa sobre o debate acerca da inclusão do termo gênero nos Planos Municipais de Educação é o mais recente exemplo dessa ficção. Na maior parte das reportagens, procurou-se transmitir um retrato bastante distorcido da realidade, no qual os cristãos apareciam como Dom Quixote lutando contra moinhos de vento. Quem lesse esses jornais, logo teria a impressão de que a Igreja, movida por um repentino acesso de cólera, havia se levantado para uma cruzada pelo obscurantismo. Gênero, segundo a mídia e os ideólogos de plantão, seria uma expressão inofensiva, cujo significado se resumiria tão somente a uma luta pelo fim da discriminação.
Eis que agora nos surgem as provas cabais de que a Teoria de Gênero é exatamente aquilo tudo que havíamos denunciado aqui no site: um programa de destruição da família e da Igreja.Está nas mãos de alunos do ensino médio um livro chamado Sociologia em movimento. A obra, segundo consta, foi editada em 2013, pela Editora Moderna, de acordo com as determinações do Ministério da Educação para o Programa Nacional do Livro Didático — ou seja, antes mesmo que oPlano Nacional de Educação fosse votado.
No capítulo 14, intitulado Gênero e sexualidade, o leitor encontra uma apologia aberta ao fim da família e da lei natural, em nome de uma suposta liberdade e do que os autores entendem por "identidade de gênero", isto é, "uma construção cultural estabelecida socialmente através de símbolos e comportamentos, e não uma determinação de diferenças anatômicas entre os seres humanos" [1]. A confissão vem logo nas primeiras linhas: "As permanências da sociedade patriarcal e do androcentrismo estão entre as principais explicações para esse fenômeno (a discriminação), e serão trabalhadas ao longo do capítulo, juntamente com as evidências que apontam para a reversão desse quadro social" [2]. O objetivo do estudo, conforme as próprias palavras do texto, é "reconstruir os papéis sociais estabelecidos" [3].
Quem não está familiarizado com o linguajar revolucionário deste tipo de publicação, é facilmente induzido a trocar gato por lebre. Ocorre que, no mundo pós-moderno, como explica Padre Paulo Ricardo no curso de Filosofia da Linguagem, a guerra cultural é uma guerra de palavras. A linguagem é um dos meios mais importantes utilizados pela intelligentsia para refundar o mundo à sua imagem e semelhança.
O próprio debate sobre o uso da palavra "gênero" nos planos de educação comprova isso. Embora o texto vigente do Plano Nacional defenda a "superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação", não faltaram críticas à supressão da tal palavra. Pergunta: se se trata apenas de uma luta pelo respeito, por que não basta dizer "erradicação de todas as formas de discriminação"? Essa é uma questão que eles não respondem. Mas para a qual há uma resposta.
Filhos de Karl Marx
"Para a Sociologia", diz o livro, "a família (...) pode assumir diferentes configurações e padrões de normalidade". A pergunta é se os pais estão de acordo com essa visão subjetiva e relativista de família.
A palavra "gênero", do modo como foi pensada pelos ideólogos, representa todo um projeto de engenharia social. Como fica claro no livro, a tese tem suas raízes no pensamento de Karl Marx e Engels. Na obra A origem da família, da propriedade privada e do Estado, esses dois ídolos do pensamento esquerdista atribuem à família a máxima culpa pelas desigualdades sociais. Eles afirmam: "O primeiro antagonismo de classes que apareceu na história coincide com o desenvolvimento do antagonismo entre o homem e a mulher, na monogamia; e a primeira opressão de classes, com a opressão do sexo feminino pelo masculino" [4]. Seria preciso, portanto, para destruir o capitalismo, destruir primeiro a família. Por isso, quando se fala de luta contra a "família patriarcal" ou "família burguesa", saiba que se fala de luta contra a família natural, a saber, aquela formada por um homem, uma mulher e seus filhos. Padre Paulo Ricardo explica muito bem essa questão no vídeo Marxismo e a destruição da família.
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A resposta necessária
O livro Sociologia em movimento, nas mãos de alunos do ensino médio mesmo depois da aprovação do Plano Nacional da Educação sem referência à gênero, é um insulto à Constituição, à verdade dos fatos e ao bom senso. Mais: trata-se de uma ação orquestrada contra a família e a Igreja, que merece nosso imediato repúdio. Os pais devem, com todo o direito, unir-se em associações e pedir a retirada desse material das bibliotecas de nossas escolas, além de verificar as outras apostilas de seus filhos. É bem possível que o ninho da serpente esteja escondido lá. Estejamos atentos.
Por Equipe Christo Nihil Praeponere
Fonte: Padre Paulo Ricardo ( matéria completa )
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