terça-feira, 21 de julho de 2015

Avaliação negativa do governo Dilma sobe de 64,8% para 70,9%, diz CNT/MDA

Avaliação negativa do governo Dilma sobe de 64,8% para 70,9%, diz CNT/MDA



21/07/2015 | CNT

Resultados da 128ª Pesquisa CNT/MDA

Pesquisa aborda avaliações de governo, crise econômica, denúncias de corrupção e outros temas

Presidente Dilma durante 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul (Foto: Lula Marques/ Agência PT)

Resultados da 128ª Pesquisa CNT/MDA
​A 128ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 12 a 16 de julho de 2015 e divulgada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), mostra a avaliação dos índices de popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff.

Aborda também a expectativa da população sobre emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados sobre política, eleições, Operação Lava Jato e outros assuntos.

Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95% de nível de confiança.

AVALIAÇÃO DE GOVERNO

DESEMPENHO PESSOAL DA PRESIDENTE: A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff é positiva para 7,7% dos entrevistados, contra 70,9% de avaliação negativa. A aprovação do desempenho pessoal da presidente atinge 15,3%, contra 79,9% de desaprovação.

ESTADUAL: 3,4% avaliam o governador de seu Estado como Ótimo. 21,9% como Bom, 40,5% como Regular, 11,9% como Ruim e 15,4% como Péssimo.

MUNICIPAL: 5,9% avaliam o prefeito de sua cidade como Ótimo. 23,3% como Bom, 31,5% como Regular, 11,8% como Ruim e 26,0% como Péssimo.

EXPECTATIVA (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 15,0%, vai piorar: 55,5%, vai ficar igual: 27,5%.
Renda mensal: vai aumentar: 13,8%, vai diminuir: 33,7%, vai ficar igual: 50,2%.
Saúde: vai melhorar: 13,6%, vai piorar: 47,5%, vai ficar igual: 37,1%.
Educação: vai melhorar: 15,1%, vai piorar: 41,0%, vai ficar igual: 42,1%.
Segurança pública: vai melhorar: 12,9%, vai piorar: 46,2%, vai ficar igual: 39,2%.

CONJUNTURAIS

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2018:

1º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje

CENÁRIO 1: Aécio Neves 35,1%, Lula 22,8%, Marina Silva 15,6%,
Jair Bolsonaro 4,6%

CENÁRIO 2: Lula 24,9%, Marina Silva 23,1%, Geraldo Alckmin 21,5%,
Jair Bolsonaro 5,1%

CENÁRIO 3: Lula 25,0%, Marina Silva 23,3%, José Serra 21,2%,
Jair Bolsonaro 5,5%

2º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje

CENÁRIO 1: Aécio Neves 49,6%, Lula 28,5%

CENÁRIO 2: Geraldo Alckmin 39,9%, Lula 32,3%

CENÁRIO 3: José Serra 40,3%, Lula 31,8%

Dilma e Aécio: 44,8% acreditam que se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, o governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma Rousseff. Para 36,5%, estaria igual. 10,9% consideram que estaria pior.

LAVA JATO E CORRUPÇÃO
Responsabilidade: 78,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações que envolvem a Petrobras. Sendo que dentro desse grupo, 69,2% consideram que a presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 65,0% acham que o ex-presidente Lula é culpado.

Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram falar, 40,4% consideram que o maior culpado na operação Lava Jato é o governo, seguido de partidos políticos (34,4%), diretores ou funcionários da empresa (14,2%), construtoras (3,5%).

Denúncias e punição: Entre os que acompanham ou ouviram falar das denúncias da Lava Jato, 67,1% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. 86,8% consideram que as denúncias são prejudiciais para a economia do país. 52,5% acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção na Petrobras.

Prisões e investigação: Para 90,2% que acompanham ou já ouviram falar, não está ocorrendo exagero em relação às prisões. 37,3% disseram saber o que é delação premiada e, entre grupo, 52,8% são a favor da delação premiada nas investigações da Lava Jato.

Corrupção: 53,4% avaliam que a corrupção é um dos principais problemas do país. Para 37,1%, a corrupção é o principal problema. 7,8% consideram que a corrupção é um problema, porém não está entre os principais.

POLÍTICA, ECONOMIA E CRISE
Impeachment: 62,8% são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e 32,1% são contra. Para os que são favoráveis ao impeachment, 26,8% citaram as irregularidades nas prestações de contas do Governo (pedaladas fiscais); 25,0%, a corrupção na Petrobras; 14,2%, irregularidades nas contas da campanha para Presidente em 2014 e 44,6% consideram os três motivos como justificativa para o impeachment.

Desemprego: 50,0% temem ficar desempregados pelo desaquecimento da economia brasileira. 69,9% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses. 51,0% não aceitariam redução salarial para manter o emprego.

Crise: Para 61,7%, em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se encontra. 84,6% consideram que a presidente Dilma Rousseff não está sabendo lidar com a crise econômica. Para 61,5%, os cortes fiscais não ajudam a economia. 60,4% consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica e 36,2% consideram que é a crise política.

Reeleição: 67,5% são a favor do fim da reeleição para cargos eletivos públicos.

Doação para campanhas: 78,1% são contra doações de empresas para campanhas políticas.

CUSTO DE VIDA
Para 75,9%, em 2015, o custo de vida vai aumentar ou aumentar muito. 18,7% consideram que vai ficar igual. 86,9% disseram que reduziram muito ou moderadamente as suas despesas por causa da atual situação econômica.

CONTAS ATRASADAS
53,9% têm alguma dívida vencida ou a vencer. Entre esses que possuem dívidas vencidas ou a vencer, para 47,5% o valor é até R$ 1.000,00. E para 23,3%, o valor vai de R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00.

28,2% possuem alguma conta ou prestação em atraso. Entre eles, as mais comuns são: cartão de crédito (42,1%), crediário em loja (24,2%), luz (23,7%), água (15,4%), telefone (11,0%), veículo (8,7%), aluguel (7,3%), casa própria (3,0%), plano de saúde (1,8%), mensalidade escolar (1,2%).

PREVIDÊNCIA
Como se preparou para a aposentadoria em relação à renda: aposentadoria oficial – INSS (60,0%), aposentadoria privada, (5,1%), renda proveniente de empresa ou negócio próprio (3,3%). 26,2% não se preparam ou não se prepararam. 49,5% acreditam que o INSS pagará os benefícios de sua aposentadoria.

MAIORIDADE PENAL E VIOLÊNCIA
A favor ou contra: 70,1% são a favor da redução de 18 para 16 anos para qualquer tipo de crime. 18,0% são a favor somente para crimes mais graves, como homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). 10,2% não são a favor em hipótese nenhuma.

Redução da violência: 40,2% acreditam que a redução da maioridade penal contribuirá parcialmente para reduzir a violência no país. 37,4% consideram que reduzirá muito. E 20,6% acham que não reduzirá. Para 92,6%, o fato de o menor saber que não pode ser preso facilita o cometimento de crimes.

Medidas mais adequadas para reduzir violência:
- investimento em educação de crianças e adolescentes: 68,3%
- policiamento nas cidades: 36,8%
- redução da maioridade penal de 18 para 16 anos: 34,9%
- mais investigação dos crimes e prisão dos culpados: 26,4%
- construção de presídios: 10,6%.

AVALIAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
Confiança nas instituições

Igreja: 43,0% confiam sempre e 11,7% não confiam nunca
Forças Armadas: 19,2% confiam sempre e 17,2% não confiam nunca
Imprensa: 13,2% confiam sempre e 21,2% não confiam nunca
Justiça: 10,5% confiam sempre e 24,8% não confiam nunca
Polícia: 8,9% confiam sempre e 23,5% não confiam nunca
Governo: 2,0% confiam sempre e 56,2% não confiam nunca
Congresso Nacional: 1,6% confia sempre e 51,6% não confiam nunca
Partidos políticos: 1,0% confia sempre e 73,4% não confiam nunca

Instituição que mais confia:
1º - Igreja (53,5%)
2º - Forças Armadas (15,5%)
3º - Justiça (10,1%)
4º - Polícia (5,0%)
5º - Imprensa (4,8%)
6º - Governo (1,1%)
7º - Congresso Nacional (0,8%)
8º - Partidos políticos (0,1%)

CONCLUSÃO
A 128ª Pesquisa CNT/MDA mostra resultados muito negativos para a presidente Dilma Rousseff em todas as variáveis pesquisadas. A avaliação da atuação do seu Governo e o índice de aprovação pessoal atingem os piores níveis da série histórica das pesquisas de opinião da CNT, desde julho de 1998 (8,0% para Fernando Henrique Cardoso em setembro de 1999).

Na avaliação da CNT, a conclusão final da pesquisa mostra uma elevação do pessimismo do brasileiro em consequência da alta do custo de vida, do aumento da inflação, do crescimento do desemprego e da forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em resolvê-la.

Clique aqui para acessar todos os relatórios.
Agência CNT de Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022

SP lidera taxa de recusa a atender recenseadores do Censo 2022     IBGE passará a notificar condomínios e cogita recorrer a medidas judiciai...