sexta-feira, 1 de abril de 2016

C.H,01 DE ABRIL DE 2016

01 DE ABRIL DE 2016
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de blindar Lula do rigoroso juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, criou o precedente que o governo queria. O Palácio do Planalto trabalha há semanas em um “acordão” com setores da Justiça, para que políticos sem mandato (e sem foro privilegiado), como o ex-presidente, flagrados na gatunagem da Petrobras, sejam julgados no STF e não por Moro.
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Ministros do PT juram que o objetivo do acordão não seria livrar os políticos de condenações, mas abrir caminho à “conciliação nacional”.
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Como Lula, vários ex-deputados e ex-ministros, atualmente sem foro privilegiado, têm medo de ser julgados pelo juiz Sérgio Moro.
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Como Lula, o Planalto acha que o juiz federal criminal Sergio Moro, ao contrário dos ministros do STF, condena à prisão sem hesitações.
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O risco de precedente, pelo qual o Planalto se empenhava, aberto ontem com a blindagem de Lula, foi citado no voto do ministro Luiz Fux.
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Atingida em cheio pelas investigações da Lava Jato, a Odebrecht decidiu passar por “lipoaspiração”, diminuindo de tamanho. A empresa pretende vender, até dezembro, ativos no Brasil e no exterior que avaliados em R$ 12 bilhões. Já estão sendo oferecidos a eventuais interessados, investimentos no setor de energia, incluindo seu parque eólico, e a participação nas obras da hidrelétrica de Santo Antônio.
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A Odebrecht também quer vender suas empresas de saneamento, uma obra de uma rodovia no Peru, considerada de grande porte, e outras.
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O grupo Odebrecht tinha mais de 180 mil funcionários até 2014, mas hoje eles totalizam 128 mil. E haverá ainda mais demissões.
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O faturamento bruto da Odebrecht cresceu de R$108 bilhões em 2014 para R$ 130 bilhões em 2015, mesmo com todo o rolo da Lava Jato.
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O setor empresarial paulista está ansioso por detalhes da delação do ex-deputado mensaleiro Pedro Corrêa (PP) sobre a compra de votos para a reeleição de FHC. Ele disse que o banqueiro Olavo Setúbal distribuía “vale-dólar” à saída do plenário, para quem votava a favor.
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Ao microfone, os sindicalistas que lideravam hordas de pobres diabos, laçados nas periferias, xingavam a rede Globo e pediram até “SUS para todos”. Quase não havia faixas e bandeiras em defesa de Dilma.
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Enquanto os manifestantes lanchavam debaixo do sol escaldante de Brasília, Lula permanecia no bem-bom, do ar-condicionado do hotel de cinco estrelas Golden Tulip. Endereço, aliás, manjado na Lava Jato.
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O deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) telefonou ao ministro Marcelo Castro (Saúde) para brincar com sua aflição. “Não se preocupe, o PP não quer seu ministério. Quem não quer você é o governo”, brincou.
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Na manifestação contra o impeachment, em Brasília, entidades como CUT, CTB e MST exibiram faixas exigindo a cabeça do ministro petista Nelson Barbosa (Fazenda) contra o ajuste fiscal.
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Manifestantes pró-Dilma pararam no tempo. Boa parte das faixas na manifestação de ontem, em pleno 2016, pedia o “fim da ditadura”. Não pareciam saber que a ditadura acabou em 1984, nas eleições de 1989.
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O Planalto mandou sondar a direção do PRB para saber se admitiria retornar ao governo, mesmo após anunciar rompimento com Dilma, garantindo que seus 21 deputados votariam contra o impeachment.
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Foi uma aula a apresentação, na Câmara, de Janaína Paschoal, autora do impeachment. “Dizem que impeachment sem crime é golpe, mas temos aqui excesso de crime”, disse, para delírio da oposição.
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...Dilma passou o dia ao telefone oferecendo mundos, fundos e cargos, para tentar escapar do impeachment. Só faltou oferecer o seu.

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