quinta-feira, 28 de abril de 2016

Moreira Franco considera como 'vandalismo' possível boicote do governo em eventual transição

Moreira Franco considera como 'vandalismo' possível boicote do governo em eventual transição

 - Atualizado: 28 Abril 2016 | 14h 05

Braço direito de Temer, ex-ministro disse não acreditar que presidente Dilma permita a não transmissão de informações a um novo governo

BRASÍLIA - Braço direito do vice-presidente da República, Michel Temer, o ex-ministro Moreira Franco considerou como uma "atitude vândala" a possibilidade de integrantes da atual gestão boicotar a transição para o próximo governo, caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada no processo de impeachment.
"Não acredito que a presidente da República vai permitir que a equipe vá ter uma atitude tão vândala, porque isso é vandalismo. É agredir o próprio interesse do País. Esses papéis, a estrutura funcional, todas as informações, os programas que estão em andamento, os dados orçamentários, os dados fiscais, não são de A de B ou nem de C. Não é de um partido. Isso é de um País, de uma Nação", afirmou Moreira ao deixar a vice-presidência da República. "Eu acredito que o sentido da responsabilidade com o povo brasileiro vai estar presente, e a presidente da República vai orientar para que essa atitude vândala não ocorra", emendou.
Moreira Franco, ex-ministro e braço direito de Temer 
Moreira Franco, ex-ministro e braço direito de Temer 
Em reunião nesta quarta-feira, 27, com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, deputados federais do PT traçaram uma estratégia de reação a uma eventual gestão de Michel Temer e decidiram que não farão qualquer tipo de transição de governo. A ordem do Palácio do Planalto é deixar o vice-presidente "à míngua", sem informações sobre a gestão, e acelerar os programas em andamento pela presidente Dilma Rousseff. 
Um dos participantes da reunião da quarta - que contou com a presença de 45 dos 57 deputados petistas e ocorreu na sede do PT - afirmou que não haverá transição de governo, procedimento para transmissão de informações sobre cada pasta e sobre andamento das políticas públicas. "Transição é quando há um governo eleito, com legitimidade. Não é este o caso", argumentou o parlamentar.

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