quarta-feira, 27 de abril de 2016

Ministro da Justiça diz que vai adiantar recursos da PF para evitar 'chantagens políticas'

Ministro da Justiça diz que vai adiantar recursos da PF para evitar 'chantagens políticas'

 - Atualizado: 26 Abril 2016 | 22h 16

Aliados de Dilma têm difundido a ideia de que Temer irá escalar um nome para pasta que consiga colocar freio a investigações, especialmente à Lava Jato, que investiga nomes importantes do PMDB

BRASÍLIA - O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, afirmou nesta terça-feira, 26, que vai adiantar todos os recursos previstos para a Polícia Federal nesta no para que a instituição não fique “a mercê de eventuais chantagens políticas” caso o impeachment da presidente Dilma Rousseff seja aprovado no Senado.
“Nós estamos garantindo que todos os recursos da Polícia Federal para até o final do ano lhe sejam já repassados antes do dia 11 de maio. E o que significa isso? Que a Polícia Federal não ficará a mercê de eventuais chantagens políticas”, disse.
O valor total que a PF deve receber, segundo a previsão da lei orçamentária deste ano, é de R$ 160 milhões. A votação do impeachment no  plenário no Senado está previsto para acontecer justamente no dia 11.
A declaração do ministro foi uma resposta ao questionamento sobre se a aprovação do afastamento de Dilma e a consequente chegada do vice Michel Temer à Presidência ameaçaria o avanço das investigações da PF, como a Operação Lava Jato, a Zelotes e Acrônimo. “A PF simplesmente fará o que tiver que fazer porque nós daremos todos os meios para isso. Nós podemos dizer que a Polícia Federal não precisará da classe política para trabalhar”, afirmou.
Aliados de Dilma têm difundido a ideia de que Temer irá escalar um ministro da Justiça que consiga colocar um freio nessas apurações, especialmente a Lava Jato, onde nomes importantes do PMDB estão sendo investigados. Apesar das declarações, Aragão não citou o nome de Temer.
“Nós estamos cuidando para que não aconteça isso. Ao governo da presidente Dilma interessa, sobretudo, que a Justiça seja feita e o s malfeitos sejam devidamente punidos. Tanto que nós, em momento nenhum interferimos, nas investigações, muito pelo contrário”, disse.

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