quarta-feira, 27 de abril de 2016

Cunha indica quatro testemunhas de defesa para serem ouvidas no Conselho de Ética

Cunha indica quatro testemunhas de defesa para serem ouvidas no Conselho de Ética

 - Atualizado: 26 Abril 2016 | 22h 07

Presidente da Câmara abriu mão de levar ao colegiado os oito depoentes aos quais tinha direito em processo por quebra de decoro parlamentar contra ele

BRASÍLIA - Com o fim das oitivas das testemunhas de acusação no processo por quebra de decoro parlamentar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o Conselho de Ética se dedicará agora aos depoimentos de quatro testemunhas arroladas pela defesa do peemedebista.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
A fase de instrução do processo disciplinar acabará no dia 19 de maio. Cunha abriu mão de levar ao colegiado as oito testemunhas de defesa às que tinha direito, escolhendo apenas seu advogado Antônio Fernando de Souza, o professor de Direito Tadeu de Chiara e os advogados suíços Didier de Montmollin e Lúcio Velo.
O conselho ofereceu o período de 25 a 29 de abril e 2 a 6 de maio para ouvir as testemunhas da defesa, mas até o momento nenhum dos arrolados confirmou presença. Nesta terça-feira, 26, foi ouvida a segunda e a última testemunha de acusação, o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano.
Até esta terça, apenas o lobista Leonardo Meirelles havia prestado depoimento. Preso no Paraná, o ex-dirigente da BR Distribuidora, João Augusto Henriques, que poderia falar sobre os depósitos fora do País, desistiu de depor nesta quarta-feira, 27. Para o relator Marcos Rogério (DEM-RO), Henriques era a principal testemunha da acusação, uma vez que em seu acordo de delação premiada faz referência a depósitos diretos na conta de Cunha.
No entanto, o relator disse já possuir informações suficientes para compor seu parecer final com os documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Após o término da fase de instrução, o relator terá 10 dias para entregar seu relatório final. Rogério acredita que poderá colocar o parecer em votação no final de maio.

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