Lula deve ser investigado por formação de quadrilha
PGR está prestes a incluir ex-presidente no inquérito principal sobre desvios na Petrobras
A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) que Lula seja investigado no principal procedimento da Operação Lava Jato na Corte, o inquérito-mãe que apura crime de formação de quadrilha no esquema de desvios de recursos da Petrobras.
A informação é do Globo.
O pedido que está sendo preparado é baseado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), já homologada pelo STF.
Lula é o político mais citado na delação de Delcídio: são, ao todo, oito acusações ao ex-presidente.
Fontes próximas às investigações ouvidas pelo jornal consideram “provável” tanto o pedido de remessa de acusações ao inquérito-mãe quanto solicitações de novos inquéritos.
“Esta possibilidade já existia antes da delação de Delcídio. Investigações em curso apontavam para uma conexão de Lula — sem foro privilegiado — a irregularidades associadas a autoridades com foro, o que motivaria uma apuração em conjunto no STF”, segundo O Globo.
A reportagem destaca as seguintes acusações de Delcídio contra o petista:
1) Lula foi um “grande ‘sponsor’ (patrocinador) dos negócios do BTG”;
2) Lula é o mandante da tentativa (pela qual Delcídio foi preso) de evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver;
3) “Lula já tinha o nome de Cerveró” para a Diretoria da Área Internacional da Petrobras, com cota de indicação atribuída ao PMDB;
4) As “participações de Lula e (do ex-ministro Antonio) Palocci na compra do silêncio de Marcos Valério no mensalão”.
Até o ministro Teori “Da Conspiração” Zavascki, que vem segurando as investigações de Lula no STF, disse, segundo a IstoÉ, que a situação judicial do ex-presidente está “muito complicada”.
“Não só por conta do tríplex do Guarujá e do sítio em Atibaia. Mas também porque os investigadores estão puxando o fio da meada nas contratações de palestras de Lula por meio da L.I.L.S.”, empresa do ex-presidente, nomeada com suas iniciais, que recebeu repasses de empreiteiras do petrolão.
Para completar, Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, recorreu ao STF para tentar anular a 27ª fase da Lava Jato, batizada de Carbono 14, alegando que a operação seria “conexa” aos demais inquéritos contra Lula e deveria ter sido remetida ao Supremo, onde eles se encontram atualmente.
É uma confissão do envolvimento de Lula na morte de Celso Daniel? Não sei.
Mas todos os caminhos levam ao “chefe” e talvez nem Teori consiga mais salvá-lo.
Felipe Moura Brasil ⎯ http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
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