domingo, 10 de abril de 2016

Presidiários erguem 'muro' do impeachment em Brasília

Presidiários erguem 'muro' do impeachment em Brasília

 - Atualizado: 10 Abril 2016 | 17h 56

Estrutura de ferro separará grupos pró e contra Dilma Rousseff durante as manifestações nos dias de votação do afastamento

Brasília - Um grupo de presidiários foi escalado para erguer o muro de ferro que, até o próximo fim de semana, vai dividir a Esplanada dos Ministérios pelo meio. Monitorados por policiais militares, os presidiários usavam camisetas brancas sobre a cabeça para se proteger do sol forte. 
O muro, já usado pelo governo no dia 7 de setembro do ano passado para aplacar as manifestações contrárias à presidente Dilma Rousseff durante o aniversário da Independência do Brasil, volta agora a ser erguido para tentar evitar o confronto dos manifestantes. 
Detentos montam muro de ferro que será usado durante as manifestações no final de semana
Detentos montam muro de ferro que será usado durante as manifestações no final de semana
Do lado direito da Esplanada, ficarão os manifestantes que pedem o impeachment de Dilma. Do lado esquerdo, estarão aqueles que defendem a continuidade do governo. O muro do impeachment só deverá ser desmontado no fim da votação pela Câmara. O processo deverá ocorrer entre os dias 15 e 17 de abril. 
Em meio aos turistas que sempre visitam a Esplanada dos Ministérios nos fins de semana, os presidiários avançam com o muro, que deverá chegar até a rodoviária de Brasília, no fim da Esplanada. 
No ponto mais próximo do Congresso Nacional, do lado direito, o movimento Vem Pra Rua montou um placar do impeachment, fincando placas de madeira com o rosto de cada um dos 513 deputados. Os parlamentares foram separados entre os favoráveis, indecisos e contrários ao impedimento da presidente. 
Na manhã deste domingo, um homem ateou fogo no próprio corpo em frente à rampa do Palácio do Planalto. Socorrido pelo Corpo de Bombeiros, chegou ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com 90% da superfície corporal queimada. Identificado pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal apenas como J.M.G, o rapaz está em estado grave, internado na unidade de queimados do Hran. Nascido em 1976, ele é de São Leopoldo (RS).
"Eu estava aqui vendendo minhas coisas, quando vi o homem gritando, pegando fogo e se batendo na grade em frente à rampa", diz o vendedor de artesanato Gil Rodrigues, que há 16 anos trabalha na Praça dos Três Poderes. 
Um forte esquema de policiamento foi montado para a próxima semana, com um contingente que poderá chegar a até 4 mil policiais.  O trânsito também será desviado e terá operações especiais nos próximos dias. Por conta do clima de tensão, agentes policiais e do corpo de bombeiros já foram deslocados para o entorno do Congresso e do Palácio do Planalto. 

PM e DF montam 'Operação Esplanada' para manifestações do impeachment

 - Atualizado: 09 Abril 2016 | 17h 34

Plano de segurança será executado na Esplanada dos Ministérios durante os três dias de votação do impedimento da presidente

Brasília - A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e a Polícia Militarorganizaram um plano de segurança específico para atuação na Esplanada dos Ministérios durante os três dias de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. A chamada "Operação Esplanada", que reúne agentes da Polícia Militar, Polícia Civil, Detran e Corpo de Bombeiros, ocorrerá durante os dias 15, 16 e 17 de abril.
Nessas datas, as áreas do entorno doCongresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, bem como de toda a Praça dos Três Poderes, ficarão restritas para acesso. Não haverá circulação de manifestantes nesses espaços que, tradicionalmente, foram ocupados pelas pessoas nas manifestações anteriores. 
Os atos contra o impeachment de Dilma Rousseff em Brasília
Os atos contra o impeachment de Dilma Rousseff em Brasília
A operação formará uma área exclusiva ao longo da região central de toda a esplanada. O grupo a favor do impeachment será concentrado do lado direito da Esplanada. A população contra o impeachment ficará do lado esquerdo. Haverá alambrados para separar os manifestantes. A barreira vai impedir que os grupos se vejam durante os atos.
Todo acesso será monitorado pela Polícia Militar. Cada manifestante que seguir para a Esplanada será abordado por um policial para ter acesso à área. 
Foram autorizadas as entradas de apenas dois carros de som para cada grupo de manifestantes. Esses carros não poderão incitar os manifestantes com palavras de ordem. A polícia definiu que só serão permitidas informações para orientar a população.
O estacionamento dos manifestantes favoráveis ao impeachment será no Parque da Cidade, também do lado direito de quem segue para a Esplanada. Os manifestantes contrários à saída da presidente deverão estacionar do lado esquerdo, no entorno do estádio Mané Garrincha.
Estão proibidas as entradas de garrafas e objetos de vidro, fogos de artifício, suportes de bandeiras, máscaras e megafones. Quem chegar ao local com algum desses objetivos, terá o item recolhido pela polícia. Os bonecos infláveis, de qualquer tamanho, também foram proibidos. O objetivo, segundo a polícia, é evitar provocações entre os manifestantes.
Milhares de manifestantes fizeram ato pedindo a saída de Dilma Rousseff em frente ao Palácio do Planalto
Milhares de manifestantes fizeram ato pedindo a saída de Dilma Rousseff em frente ao Palácio do Planalto
O bloqueio de parte das vias terá início à meia-noite do dia 14, quinta-feira. "Todo o trabalho é para que as pessoas possam se manifestar livremente sem por em risco a segurança própria e de outros", disse secretária de Estado da Segurança Pública e da Paz Social, Márcia de Alencar. "Estamos tranquilos, preparados e integrados.
Quatro mil policiais. O efetivo policial organizado para fazer a segurança das manifestações no próximo fim de semana, quando deverá ser votado o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, deverá chegar a cerca de 4 mil agentes. 
A Polícia Militar prevê que 3 mil homens atuem diariamente na "Operação Esplanada" entre os dias 15 e 17 de abril. A Polícia Civil deverá deslocar 700 agentes por dia para a região. O Corpo de Bombeiros escalou cerca de 500 agentes, enquanto o Detran dará apoio com mais 50 servidores.
Cada uma das instituições estará em alerta para ampliar seus contingentes, se necessário. A PM conta com um efetivo de 13,8 mil agentes no Distrito Federal. A Polícia Civil, com 4,7 mil servidores.
A montagem de alambrados ao longo da Esplanada já começou e os agentes policiais começaram a monitorar toda a região central de Brasília.

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