Uma presidente sem o respeito do povo
Enquanto a Folha de S. Paulo iguala Dilma Rousseff a Michel Temer, corroborando a tese canalha dos petistas de que todos os partidos roubam da mesma maneira, o Estadão denuncia o troca-troca pornográfico conduzido abertamente pela ORCRIM:
“Para salvar o mandato, a presidente Dilma Rousseff e os operadores que agem em seu nome, mormente o chefão Luiz Inácio Lula da Silva, acionaram as engrenagens do Estado, que a petista ainda institucionalmente controla, para comprar o apoio do baixíssimo clero da Câmara (…)
Como resultado dessa infame manobra, Dilma pode, contrariando o direito e a razão, conseguir os votos necessários para barrar sua destituição – afinal, de um Congresso dominado pelo vale-tudo, que tem em seu comando políticos sobre os quais pairam sólidas acusações de corrupção e que é constituído por vários partidos que deram apoio ao governo em troca de participação no butim da Petrobrás, pode-se esperar qualquer coisa (…)
O perfil do governo Dilma, caso a presidente escape do impeachment, já está sendo traçado nos subterrâneos da Câmara. No momento em que o País afunda no descontrole das contas públicas e nos sucessivos erros de gestão, fruto do voluntarismo tatibitate de Dilma e de sua reconhecida incompetência, a administração será entregue não a pessoas capazes de colocar a casa em ordem, mas a apaniguados indicados por partidos de aluguel, cujos donos foram cooptados na bacia das almas, na base do puro e simples toma lá dá cá (…)
O que se vê não tem paralelo na história política nacional. Dilma está sendo obrigada, por seus erros e sua infinita arrogância, a franquear o governo a partidos como PHS, PTN, PSL e PT do B, cuja representatividade é praticamente nula – só dispõem de algumas cadeiras na Câmara graças ao esdrúxulo sistema político brasileiro (…)
Considerando-se que mais de 80% dos brasileiros desaprovam o governo de Dilma, e a maioria também já se manifestou claramente a favor do impeachment, ninguém em seu juízo perfeito pode esperar que haja paz e tranquilidade no dia seguinte a uma eventual vitória da presidente no processo que pede sua destituição. Ao contrário: o previsível sentimento de decepção que tomará o País fará do Palácio do Planalto uma cidadela moralmente sitiada, dentro da qual Dilma, com seus aliados de ocasião e seu raivoso exército de adversários da democracia, exercerá um triste papel – o de presidente sem o respeito do povo”.
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