segunda-feira, 13 de junho de 2016

PAINEL

Ministério da Educação precisa de mais R$ 75 mi para conseguir realizar provas do Enem

POR PAINEL
Estica e puxa A nova administração do Ministério da Educação fez as contas e concluiu: falta dinheiro para realizar o Enem. Cálculos iniciais indicam que seria necessária a liberação de cerca de R$ 75 milhões além do já separado pela pasta para a realização das provas. Para conseguir o aval do Planejamento para os recursos, o ministério terá de “oferecer” em troca cortes em outros gastos — de preferência da mesma monta. A equipe de Mendonça Filho debruça-se sobre as despesas administrativas.
Vai dar tudo certo A cúpula do ministério, ainda assim, está confiante de que as coisas se acertarão. Diz que há “garantia política” de que os recursos necessários para a prova serão assegurados e que o remanejamento deve resolver a situação do exame.
Dívida pra década O MEC também negocia o aumento no limite de gastos com restos a pagar do FNDE, fundo de desenvolvimento da educação. Há R$ 10 bilhões em compromissos, mas a autorização de desembolso de 2016 é de cerca de R$ 1 bilhão.
Haja promessa Boa parte do montante refere-se a construções e obras em escolas e creches. A ideia é analisar e separar o que é prioritário do que pode ser adiado.
Joga pedra No retorno dos trabalhos do Conselho de Ética, a defesa de Eduardo Cunha vai dizer que houve um “linchamento” público do peemedebista. O advogado Marcelo Nobre deve direcionar críticas ao relator e ao presidente do colegiado.
Pense bem Apesar da instabilidade que Waldir Maranhão (PP-MA) leva à Câmara, nem todo o governo se anima com a possibilidade de nova eleição. O desgaste que a mediação da disputa causaria no Planalto pode ser maior do que as crises pontuais criadas pelo presidente interino.
Na fila Depois do adiamento das reuniões que governadores farão com Henrique Meirelles e Michel Temer, a ordem dos encontros pode se alterar. O presidente deve recebê-los antes ou junto do ministro, e não depois dele.
Há vagas Peemedebistas, mesmo fora do governo, têm recebido demandas de emprego inusitadas. Outro dia, um deputado atendeu o telefone e ouviu o seguinte: “Sou Jorge, amigo de um ator, e queria a Funarte”. Por via das dúvidas, pediu ao interlocutor que enviasse o currículo.
Cara nova Os retratos de Dilma Rousseff que ainda estão pendurados nos gabinetes em Brasília não são o único motivo pelo qual Michel Temer quer aprovar logo o impeachment no Senado. A ansiedade para deixar de ser interino tem razão econômica.
No bolso Para o Planalto, a confirmação de Temer no cargo é ingrediente necessário para que empresários, principalmente os pequenos e médios, abandonem a desconfiança e destravem investimentos — essencial para girar a economia e sair da crise.
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‌Sete erros O Planalto quer patrocinar um “media training” para alguns de seus ministros — principalmente os ligados à Olimpíada. Ainda acha necessário treiná-los para evitar derrapagens.
Serão Temer e ministros de seu núcleo duro, como Eliseu Padilha, têm feito hora extra: chegam ao Planalto por volta das 8h e, não raro, saem do palácio já de madrugada.
Escapou? Símbolo do projeto lulista de recriação da indústria naval, o Estaleiro Atlântico Sul está “fora de perigo”, sustentam executivos.
Tô fora Apesar da dívida bilionária e do prejuízo causado às empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, o risco de recuperação judicial está, por ora, afastado.
Tecla SAP Mais de 40 embaixadores estrangeiros se inscreveram em evento semestral da Confederação Nacional da Indústria, que tentará explicar o cenário político do Brasil — um recorde. No total, 96 países participarão.

TIROTEIO
CUT e PT foram para as ruas na sexta, mas se esqueceram de ‘combinar com os russos’ — neste caso, os trabalhadores do país inteiro.
DE JOÃO CARLOS GONÇALVES, secretário-geral da Força Sindical, sobre os atos organizados pela central e pelo PT contra o presidente interino Michel Temer.

CONTRAPONTO
Se te faz feliz
Ao chegar no Palácio do Jaburu para encontro dos sindicalistas com o presidente interino, o deputado Paulinho da Força (SD-SP) notou que as mesas postas para o almoço estavam enfeitadas com girassóis. A flor é a mesma que aparece na logomarca da Força Sindical, central presidida pelo parlamentar.
Feliz com a coincidência, Paulinho se aproximou de Michel Temer e questionou:
— As flores são para agradar e criar um clima positivo?
Diante do comentário, o peemedebista esboçou um sorriso e respondeu:
— Já que você notou… Pode ser!

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