Júlio Marcelo e as pedaladas de Dilma: "Uma fraude se caracteriza justamente pela dissimulação"
Os peritos do Senado não encontraram participação de Dilma Rousseff nas pedaladas fiscais. Fomos ouvir, então, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira sobre a conclusão da perícia encomendada pelos defensores da petista:
"Evidente que a perícia não iria encontrar um ato da Presidente na 'pedalada' junto ao Banco do Brasil. Isso já havia sido até dito e explicado. Os motivos que levaram o TCU a repudiar os empréstimos ilegais feitos de maneira forçada junto ao Banco do Brasil, BNDES e Caixa não foram atos ostensivamente praticados pela presidente ou seus auxiliares, mas a falta de atos, justamente a omissão de pagamentos devidos aos bancos federais. Uma fraude se caracteriza justamente pela dissimulação, pela obtenção de efeitos proibidos sem a prática ostensiva do ato que produziria tal efeito. Exatamente por configurar uma fraude, com maquiagem das estatísticas fiscais, em escala bilionária, não se poderia imaginar que tamanha manobra pudesse ocorrer sem o conhecimento pleno e anuência de sua principal beneficiária. Essa foi a convicção que levou os ministros do TCU a, de forma unânime, emitirem um parecer pela rejeição das contas em 2014, por irregularidades que, em essência, se repetiram em 2015."
Júlio Marcelo de Oliveira é cristalino, para desespero dos bandidos da política, não importa o partido a que pertençam.
Pedaladas: Dilma foi omissa e omissão é crime
A interpretação da conclusão da perícia do Senado sobre a não participação direta ou indireta de Dilma Rousseff nas pedaladas fiscais é simplesmente ridícula.
Dilma Rousseff foi omissa em relação aos empréstimos ilegais de bancos estatais ao Tesouro.
Omissão também configura crime de responsabilidade.
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