Procuradores repudiam ‘tentativas vis de desqualificar’ Janot
15/06/2016, 18h26
0
Todas as entidades de classe do Ministério Público declaram apoio ao procurador-geral da República, alvo de críticas de políticos depois que pediu a prisão dos cardeais do PMDB, inclusive de Renan Calheiros e Romero Jucá e tornozeleira eletrônica para Sarney
Todas as entidades de classe do Ministério Público declararam apoio nesta quarta-feira, 15, ao procurador-geral da República Rodrigo Janot. As associações que representam todos os membros do Ministério Público rechaçaram ‘as tentativas vis de desqualificar’ a atuação da instituição e, sobretudo, as dirigidas ao procurador-geral.
A manifestação ocorre um dia após o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), alvo de 12 inquéritos da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal – abertos a pedido de Janot – , anunciar que vai analisar um pedido de impeachment do procurador apresentado ao Senado por advogadas ligadas ao movimento anti-Dilma.
Ainda nesta terça, 14, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, rejeitou os pedidos de prisão preventiva de Renan, Romero Jucá e José Sarney – este em regime domiciliar, com tornozeleira eletrônica – , além de buscas nas casas dos cardeais do PMDB, ofensiva requerida pelo procurador-geral da República.
“No momento em que um membro do Ministério Público move o sistema de Justiça para responsabilizar faltosos, é natural a reação adversa dos chamados a se explicar. Isto acontece diuturnamente, é parte do trabalho do Ministério Público e ordinário na carreira de seus membros, que sempre seguem cumprindo seu dever sem temor”, segue a nota que diz ainda que Janot e o Ministério Público “agem sempre com total imparcialidade, de acordo com a lei, sem olhar a quem”.
“Certos de que o Brasil já atingiu a maturidade institucional necessária para fazer com que o País atravesse momentos de turbulência política, econômica e jurídica, os membros do Ministério Público asseguram a população de que continuarão atuando com serenidade na defesa dos direitos e garantias constitucionais”, conclui o texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário