sexta-feira, 3 de junho de 2016

De costas para a sociedade

De costas para a sociedade


Michel Temer prometeu cortar o gasto do Estado. Por enquanto, porém, o rombo só aumentou.
Ele se tornou cúmplice dos desvarios aprovados pelo Congresso Nacional. Esse é o aspecto mais deletério de seu governo até agora.
O editorial da Folha de S. Paulo tratou do assunto:
“Com um Estado inchado e ineficiente, o país precisa caminhar para outra direção e rediscutir sua estrutura administrativa.
Num mundo que exige mais produtividade, é indefensável, por exemplo, a estabilidade quase irrestrita no emprego público. É ainda menos aceitável que aos generosos rendimentos dos altos escalões se acrescentem marcadores de fidalguia: carros oficiais, auxílios disso e daquilo, pródigas verbas de gabinete etc.
Provavelmente a opção de Michel Temer lhe renderá dias de tranquilidade com o funcionalismo, mas evidencia o quanto se põe de costas para a sociedade”.

O teto solar de Temer


Michel Temer já está voltando atrás na melhor coisa que fez até agora: o projeto que fixa um teto para o gasto público.
Diz o Valor:
“A equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer nem sequer mandou ao Congresso o projeto que estabelece o teto de gastos públicos – tendo como limite a inflação do ano anterior – e já admite ‘flexibilizar’ a medida considerada o principal ponto do pacote fiscal.
Seguindo orientação do presidente, o ministro interino do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse que serão preservados os recursos da Saúde e da Educação. No anúncio do pacote, o ministro Henrique Meirelles, reforçou que as duas áreas seguiriam o teto que deve ser estipulado”.

O melhor que temos

A fraqueza de Michel Temer vai custar caro para o Brasil.
Mas é claro que a volta de Dilma Rousseff custaria cem vezes mais.
O Antagonista repete todos os dias o bordão do Estadão:
“Ruim com ele, pior sem ele”.

Tarcísio Godoy deixa a secretaria executiva


O Ministério da Fazenda acaba de anunciar uma mudança na secretaria executiva.
Sai Tarcísio Godoy, entra Eduardo Refinetti Guardia.
Em nota, o governo não dá detalhes da troca e diz que Godoy "vai desempenhar função relevante".

"Sempre tranquilo"

De um parlamentar que esteve ontem com Michel Temer a O Antagonista:
"Michel está tranquilo. Michel está sempre tranquilo."

Compensação, não criação


Após encontro com Michel Temer, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, soltou uma nota sobre a farra dos 14 mil cargos federais. Segundo ele, "não houve criação de novos cargos na administração federal, que gerasse aumento de despesas".
"O que houve foi a compensação com a extinção de outros cargos equivalentes."
Cola?

Vete, Temer

É preocupante que integrantes do governo comecem a justificar a criação de 14 mil cargos federais, via contrabando em projeto de lei.
Michel Temer tem de vetar essa vergonha, como havia prometido.

Reajuste desagradou Tarcísio Godoy


O Ministério da Fazenda anunciou, mais cedo, que Tarcísio Godoy não é mais secretário executivo da pasta.
O Antagonista soube agora que Godoy foi voto vencido na equipe econômica ao se posicionar contra o reajuste de salários dos servidores em meio ao discurso de arrocho fiscal.

TARCÍSIO VAI PARA O IRB


O Antagonista soube que Tarcísio Godoy vai para o Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), função bem menos relevante do que a sugerida pelo Ministério da Fazenda na nota de sua demissão.
Mais cedo, informamos que Godoy foi demitido por ter se posicionado contra o reajuste dos servidores. Mas não foi só isso. A relação com Henrique Meirelles se esgarçou em pouco tempo.
Em reuniões da equipe econômica, era comum o ministro interromper Godoy em suas explanações.
Godoy tem experiência na área de seguros, tendo trabalhado na Bradesco Seguros e na BrasilPrev.

Meirelles avisado

O PSDB avisou Henrique Meirelles que não votará a favor de aumento de imposto.
O aviso foi duro.

A imaginação de Mágino


Mágino Alves Barbosa Filho, novo secretário de Segurança de São Paulo, promete fazer a alegria da imprensa.
Em entrevista ao Estadão, ele relacionou o número de estupros à crise econômica:
Estadão: Qual a relação da violência sexual com a situação econômica do País?
Mágino: O camarada perdeu o emprego. Ele começa a se desesperar, começa a beber. Um monte de gente, que nunca cometeria qualquer tipo de crime, hoje está praticando o pequeno ilícito e, às vezes, até esses crimes mais graves. O crime de estupro atualmente é um tipo mais aberto – aquele beijo forçado, uma situação de uma carícia imprópria configura o crime de estupro.
Estadão: Pode deixar mais clara a conexão entre a crise e o estupro?
Mágino: Muita gente cai em depressão porque perdeu emprego e começa a beber. E aí termina perdendo a cabeça e praticando esse tipo de delito. Não estou falando que é a principal causa, mas uma das causas com certeza é essa aí.
Mágino é um sujeito cheio de imaginação.

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