DELATOR: CUNHA RECEBEU PROPINA NO URUGUAI, DURANTE O GOVERNO DILMA
EX-VICE DA CAIXA DIZ QUE CUNHA RECEBEU PROPINA NO URUGUAI
Publicado: 10 de junho de 2016 às 11:23 - Atualizado às 12:29
O aliado de Cunha fez acordo de delação premiada ainda pendente de homologação pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro também terá de decidir sobre a decretação da prisão do parlamentar, solicitada pela Procuradoria Geral da República. A delação complica ainda mais a situação de Cunha e do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado por Cleto como um dos operadores da propina destinado durante anos.
O deputado é acusado ainda de usar a Câmara para atender interesses de Funaro contra o Grupo Schahin, num negócio de R$ 1 bilhão.
Cleto conhece bem as relações entre Cunha e Funaro, a quem era ligado até decidir fazer acordo de delação. Cunha foi o responsável pela indicação de Cleto para uma das vice-presidências da Caixa.
Na delação, Cleto disse que o dinheiro destinado ao deputado passou por contas em vários países, entre eles Suíça e Uruguai.
Cleto também confirmou as denúncias dos empresários Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, donos da Carioca Engenharia. Depois de fazerem acordo de delação premiada, os dois confessaram o pagamento de R$ 52 milhões em propina para Cunha, em troca da liberação de recursos do FI do FGTS para financiar obras imobiliárias de OAS, Odebrecht e Carioca Engenharia no Porto Maravilha, no Rio.
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